Eu vou te esperar.
No aeroporto, naquela fuzarca, como você mesma costumava falar.
Vou dar um sorriso de criança ao te ver passar pela porta automática e sentir meus olhos lacrimejar assim como lacrimejam ao escrever sobre ti.
Vou te abraçar, matar as saudades e te contar sobre como minha vida mudou e como as coisas se ajeitaram.
Vou te mostrar inconscientemente como amadureci e a mulher que me tornei. Você, efetivamente, verá que tenho um piercing novo, um corte de cabelo diferente e uma sutil diferença no meu corpo, antigamente menos desenvolvido.
Me dará, então, mil beijinhos e cheirinhos e eu não desgrudarei do seu pescoço.
Ao chegar em casa, me lembrarei do seu cozido e pedirei para prepará-lo com o avental na barriga, me contando sobre seus namoradinhos de infância. Eu escutarei com muito interesse, sentada no sofá com os olhos arregalados e pernas de índio, me balançando pra lá e pra cá.
Quero ouvir sobre a lambisgóia da Rita roubando a carne que você deixou descongelando em cima da pia. Quero ouvir sobre a baiuca do vô dez mil vezes e lembrar de como era deitar nos milhos do sítio enquanto você colhia amoras da amoreira pra gente comer à tarde. Quero até que você raspe uma maçãzinha pra eu comer, como fazia antes de eu ir para o colégio na terceira série.
Quero deitar então no seu colo e dormir enquanto mexes no meu cabelo e fala sobre o passado.
Te espero com ansiedade e choro de alegrias por sentir que tudo isso está perto de se realizar.
Te amo.
Thursday, June 26, 2008
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