Wednesday, December 31, 2008

Feliz ano velho.


Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa.
E corre quando quer.
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano.
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga.

Heart and Soul.


Give me love.
Give me love.
Give me peace on Earth.
Give me light.
Give me life.
Keep me free from birth.

Give me hope.
Help me cope
With this heavy load.
Trying to touch you, reach you
With heart and soul.

My love,
Please, take hold of my hand
That i might understand you.
Won't you please, oh won't you?
Para embaixo da sombra, guarda-sol.

De ontem em diante.

De ontem em diante serei o que sou no instante agora.
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa.
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada
são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho.
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho,
Do versículo e da profecia.
Quem surgiu primeiro? O antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro.
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!

O último dia.

Bom dia, novo dia!
Bom ano, bom-bom,
boa e bela estadia.
Por risos e festas,
novas vidas, nossos braços.
Petit-gâteau e beijos.
Desejos de esperança,
desejos de mudança.
Vida, louvor e até...
Obama!
Perigo que afaste-se,
pois perco o juízo.
Também, quem me dera
começar o ano
com tantos risos.

Tuesday, December 30, 2008

Quanto?

Meus amigos essa noite eu tive uma alucinação.
Sonhei com um bando de número invadindo o meu sertão.
E de tanta coincidência que eu fiz essa canção.

-Falar do número um.
Falar do número um não é preciso muito estudo,
Só se casa uma vez e foi um Deus que criou tudo,
Uma vida só se vive, só se usa um sobretudo.

-Agora o doze.
E só de pensar no doze eu então quase desisto,
São doze meses do ano, doze apóstolos de Cristo,
Doze hora é meio-dia, haja dito e haja visto.

-Agora o sete.
Sete dias da semana, sete notas musicais,
Sete cores do arco-íris nas regiões divinais,
E se pintar tanto sete, eu já não agüento mais.

-Dois.
E no dois o homem luta entre coisas diferente,
Bem e mal, amor e guerra, preto e branco, bicho e gente
Rico e pobre, claro e escuro, noite e dia, corpo e mente.

-Agora o quatro.
E o quatro é importante, quatro ponto cardeal,
Quatro estação do ano, quatro pé tem um animal,
Quatro perna tem a mesa, quatro dia o carnaval.

- Pra encerrar.
Eu falei de tanto número, talvez esqueci algum,
Mas as coisas que eu disse não são lá muito comum,
Quem souber que conte outra, ou que fique sem nenhum.

Raul Seixas.
Go away from my window,
Leave at your own chosen speed.
I'm not the one you want, babe,
I'm not the one you need.
You say you're looking for someone
Who's never weak but always strong,
To protect you and defend you
Whether you are right or wrong.
Someone to open each and every door,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for.

Viva!

Monday, December 29, 2008

Sonhos Disparates.

A Karol me ligou. Era madrugada, 5 da manhã. Iríamos nos encontrar à tarde para comer no restaurante indiano que ela amava. Isso tudo é apenas pura verdade que apareceu em meu sonho. Na vida real, tínhamos marcado para uma da tarde. Por isso Karol me ligava, para mudar o horário. "Às 2:30, então, Bru?". E eu dizia: pode ser. "Que tal às 4?". E eu dizia que poderia ser também. "Então marcado, às quatro. E daí podemos tomar um chopp de vinho. O melhor horário pra tomar chopp de vinho é esse, né?". "É, Karol, é o melhor horário.".

Friday, December 26, 2008

Aonde amarro minha rede.

Esse coqueiro que dá côco. Oi! Onde amarro minha rede nas noites claras de luar.
Por essas fontes murmurantes, aonde eu mato a minha sede e onde a lua vem brincar.
Esse Brasil lindo e trigueiro, é o meu Brasil Brasileiro, terra de samba e pandeiro.
De onde encontro cores, 
paralelepípedos.
Cores antigas e camadas novas.
De cidade, de amores, de vida, suspiro.
Permaço então em mim,
por estar aqui, no canto.
Observar, te perceber, viver absurdamente.
Sem algum pingo de vergonha, pudor ou insegurança.
Apenas estar. E estar.

Não permita Deus que eu morra, sem que eu volte para lá.


"Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores."

Wednesday, December 24, 2008

Brasil.

Vim, cheio de saudade.
Cheio de coisas lindas pra dizer.
Vim porque sentia
Que nada existia fora de você.
Nem a poesia, amor
Na sua ausência quis me receber.
Vim banhado em pranto.
Eu te amo tanto.
Vem, vem aos braços meus.
Sem mais adeus.
Oh, vem.

Tuesday, December 23, 2008

De volta ao samba.

Pensou que eu não vinha mais, pensou.
Cansou de esperar por mim.
Acenda o refletor,
apure o tamborim.
Aqui é o meu lugar.
Eu vim.

Sunday, December 21, 2008

Mami! Dani!

Mami e Dani: Resolvi mandar a carta pelo meu blog pois não consigo mandar e-mails pelo meu computador, então aqui vai! 
Obrigada por tudo isso que vocês estão ajudando a me proporcionar. Tenham certeza absoluta que isso ficará guardado comigo pra sempre, pois é uma das viagens mais impotantes da minha vida... voltar ao meu próprio país depois de um longo tempo trás uma alegria imensa e eu nunca fiquei tão entusiasmada e ansiosa assim. Estou muito feliz mesmo e queria que vocês também pudessem ir comigo pra gente festar mais ainda, mas quem sabe em junho/julho estaremos juntos na viagem, né? Se não, vocês irão, o que me fará muito feliz, pois tenho certeza que vocês vão se sentir tão felizes quanto eu estou agora. O Brasil, apesar dos pesares, é o nosso país, né? E ele dá muita saudade, vez em vez. Tenho certeza que vocês sentem isso e que vão se sentir bem felizes quando voltarem pra lá para visitar. Eu estou radiante! Vocês são maravilhosos, obrigada de volta. AHHHHH! AHHHHH!!! AHHHHH!!! Dá pra acreditar? Amo muito vocês! Muitos beijos e feliz natal!
Ps: Tirem foto se viajarem, se não viajarem, igualmente. Me mandem também as fotos porque quero ver como vocês estão e ficar feliz de ver que estão bonitos como sempre. Aproveitem bem o tempo juntos e não esqueçam da Luli e do Magneto! Vão em shows, peças, óperas e curtam a nossa TV e sofá novos em casa. E pode deixar que todas as suas recomendações serão tomadas. Sobre Neide, Klaus, família e amigos. No resto, eu sei que todos estaremos bem felizes, né?

Saturday, December 20, 2008

Thursday, December 18, 2008

Ando como gato.

Por que são os sonhos, figuras tão misteriosas?
Me intriga saber sobre minhas dúvidas mais internas quando fecho os olhos e me vêm à psique, memórias do passado e desejos para o futuro. É como um livro de história em quadrinhos que eu desenho ao meu bel-prazer. Não posso, porém, apagar os capítulos pertubadores, os chamados "pesadelos". Que maus sonhos são esses que aparecem na minha noite tranquila? Seriam a parte suja da minha subconsciência? Seriam invasores da pureza? Posso então, atirá-los entre cores e beleza e dar um basta, para sempre em peitos bufantes e corpos suados? Quero sorrisos e espreguiços de manhã. Acordar lembrando do amor e suspirando corações.

Me encontre em um quadro de Dalí.


...e o farfalhar das folhas de outono arrepiava-lhe a nuca...

Wednesday, December 17, 2008

Sonhos Disparates.

Me encontrava na minha cidade natal, na rua onde vivi a maior parte da minha curta vida. Carlos de Carvalho. O sol estava alto e o calor era forte. Precisava tomar algo, mas estava confusa pois havia muito tempo que não passava por ali. Fui procurar um bar, um lugar para sentar e contemplar aquela rua em que eu andava de bicicleta e levava a Kawaii para passear. Vi um bar que tinha aberto há pouco tempo e entrei. Lá, tinham todas as coisas mais brasileiras possíveis. Coxinhas, empadas, sucos de todos os tipos. Pedi um risóles de carne, uma Bohemia e me sentei. Estava só, mas muito feliz. De repente, surge minha amiga, Olívia. Ela me olha, eu olho pra ela e depois de lembrar que faziam quase dois anos que não nos víamos, as lágrimas rolaram sem ao menos pedir licença. Ela correu à minha direção e me deu aquele abraço que ela sempre dá, com os braços por cima do pescoço, mesmo sendo mais alta. Ficamos abraçadas falando "não acredito, não acredito" por minutos que pareceram segundos. Enchi-a de beijinhos na bochecha e engolimos várias lágrimas, uma da outra. Os cabelos se bagunçavam e as mãos então se encontraram. Nos afastamos e ela me falou sobre a vida dela, sentada na cadeira à minha frente. Ríamos, nos tocávamos. Como se fosse necessidade tocar, pois faziam dois anos que não tínhamos o toque, uma da outra. Me falou sobre suas aventuras e desventuras e vice-versa. Chorei ao contar o quanto sentia falta da nossa infância juntas e dos nossos amigos. Ela chorou junto quando ouviu e concordou. Em um momento, durante nossa conversa animada, apareceu o Alexandre Dana, louco, com uma fatia de laranja grudada na testa. Nos abraçamos, os três. "Mas que que você...?" perguntei. "Ah, isso é um método de tatuagem muito antigo que usávamos para pintar a cara. Fica muito interessante, veja." As duas riram e deram um leve tapinha nele, sem acreditar no que ouviam. O Alexandre precisava ir. Se despediu com um monte de beijinhos, disse que morria de saudades de nós e foi-se embora. Então a Olívia me contou: Bru, minha mãe está grávida! Eu a abraçei, emocionada e falei "Que máximo, Oli! Agora você terá mais uma irmãzinha!". Ela disse que sua irmã se chamaria Bruna, pois a menina era eu, a irmã dela, a Bruna. Ela decidiu o nome e a mãe gostou. Chorei como uma pateta e nos abraçamos mais ainda, como que quase nos sufocando. Falei: "Que bom, agora não preciso mais ter inveja da Betina... agora você é literalmente minha irmã, né?"

Ma Petite Amie.

Il y a mon amie. Elle est très belle, mon amie. Que'st que ton amie as? Elle a moi et autre copains. Mais mon amie, mon belle amie, a mon coeur! Ma intélligente, tendre, très belle copine s'appelle Camille, dans le français.
J'aime beaucoup Camila!

Para a aula de francês.

Assuntos de Cinéfilo.

Milk.



Eu sempre pensei no Sean Penn como o macho dos filmes. Sabe aqueles atores que você simplesmente não consegue engolir porque, apesar de fazer filmes bons, atua sempre o mesmo papel? Bom, esse filme foi revolucionário para Penn, em questão de atuação e movimento ativista. Ele faz o papel do primeiro homossexual eleito político nos Estados Unidos, Harvey Milk. E fez bem. Muito bem. O filme é sobre a história da Castro Street, como se tornou a rua mais "gay" de San Francisco - e provavelmente do mundo inteiro - e a procura de direitos dos gays nos anos 70. Emociona, choca e faz o espectador torcer pelos gays. Quando saí do cinema, meus olhos estavam vermelhos por não acreditar quanta discriminação padece no mundo. As pessoas complicam muito mais o que deveria ser simples e aceito. Raças, opção sexual, religião, sexo. Todos esses assuntos, considerados polêmicos, são citados no filme, afinal, o Estados Unidos nos anos 70 era uma bomba de busca à liberdade e strikes implorando por um pedaço de compreensão e paz. O filme é de chorar e Sean Penn está melhor que nunca. Assistam. Mais de uma vez.


Over men and horses,
 hoops and garters
Lastly through a 
hogshead of real fire!

Tuesday, December 16, 2008

The Three Graces.

Antônio Canova.

My love.


I cheated myself
Like I knew I would.
I told you I was trouble.
You know that I'm no good.

Que te esfria, pelo corpo.
Padecem os olhos, em close.
Os lábios, as pernas. Brancas, delicadas.
Em foto e real.

Nando, pra Marisa.

Sonhos disparates.

Me encontrava em um jardim no estilo Alice no País das Maravilhas, com cores em sépia. Vestia um vestido branco e óculos escuros. Meu cabelo estava bagunçado e jogado para o lado. Se encontravam a minha volta alguns amigos de velho tempo. Olhei para frente e no jardim, tinha uma montanha russa gigantesca e com a aparência muito antiga. Manchas de ferrugem cobriam a mesma e me faziam sentir vontade de dar uma volta em seus carrinhos amarelos e numerosos. Entramos, eu e meus amigos. Ríamos, nos divertíamos. Por um instante, senti uma sensação ruim mas confiei, pois o estilo da montanha russa era quase que Tim Burton de tão misteriosa e assim, não desistiria. Começamos a rodar e o frio na barriga tomou conta. Jogava as mãos para cima mas não me sentia segura no banco. Então, quando atravessando a parte baixa da montanha russa, o carro desalinhou-se do carrilho e jogou todos para fora. Uma parte do trem ficou, a nossa foi devastada. Caída no chão, sentia o sangue descer pela testa. Levantei e dei risada de desespero, vendo sangue por todos os lados. Todos tinham sumido. Fui procurar com a sensação de que alguém me observava. E estava certa. Uma floresta tinha se erguido em volta, com estátuas de meninas chorando. Algumas estavam ajoelhadas, outras, acocoradas e outras, deitadas. Tinham inúmeras, em todos os lugares. As evitava quando via que uma ou outra chegavam mais perto, sem se mexer. Comecei a correr e quando olhei para a montanha russa novamente, os carrinhos estavam lá em cima, pendurados. O lugar estava deserto. Vi um cachorro, ao longe. A floresta tinha sumido e agora via-se limo e porteiras pelo lugar. Corri atrás do cachorro e ele me atacou. Ao ponto de perceber que meu corpo já não respondia mais aos meus comandos, um outro cão atacou o importuno. Me lambeu e sarou minhas feridas. Levou-me até uma casa, onde se encontravam meus amigos, sentados à frente de uma lareira, acomodados à poltronas macias e confortáveis.
-O que aconteceu com vocês?

Monday, December 15, 2008


Muito mais vivo
de vida, mais vivida
dividida pra lá
e pra cá.

Assuntos de Cinéfilo.

Shakespeare's Romeo and Juliet.

Adorei o estilo moderno com a língua antiga. A idéia é ótima porque soa estranho mas bonito com a nova e suja Verona. As cores, a cidade, os carros e as roupas foram idéias muito boas que acabaram caindo muito bem. Leonardo fez bem seu papel romântico, mas Claire Danes é muito fraca, na minha opinião. Achei que a sua interpretação poderia ser mais apaixonada, não estabafada e desesperada. Julieta sabia o que queria e ela se mostrou em um papel um pouco indeciso, que podia ser uma escolha dela, depois de estudar Shakespeare, mas se foi isso, não achei que caiu muito bem.
A história não precisa comentar, não é? Shakespeare é Shakespeare e pronto.
The two houses and one love.

Vitoriamario.


Eu, pequenininha e dona Matilde com a faca.

What's in a name?

JULIET:
O Romeo, Romeo! Wherefore art thou Romeo?
Deny thy father and refuse thy name;
Or, if thou wilt not, be but sworn my love,
And I'll no longer be a Capulet.

ROMEO [Aside.]:
Shall I hear more, or shall I speak at this?

JULIET:
'Tis but thy name that is my enemy.
Thou art thyself, though not a Montague.
What's Montague? It is nor hand, nor foot,
Nor arm, nor face. O, be some other name
Belonging to a man.
What's in a name? That which we call a rose
By any other word would smell as sweet.
So Romeo would, were he not Romeo called,
Retain that dear perfection which he owes
Without that title. Romeo, doff thy name;
And for thy name, which is no part of thee,
Take all myself.

ROMEO:
I take thee at thy word.
Call me but love, and I'll be new baptized;
Henceforth I never will be Romeo.
Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão.
E vamos botar água no feijão!
Mas quem tem coragem de ouvir?
Amanheceu o pensamento que vai mudar o mundo com seus moinhos de vento.

Dois mil e oito.

-Tive uma máquina de lavar louças que faz barulho bem baixinho e lava os pratos muito bem.
-Aprendi a fazer braceletes de todas as cores, com várias formas e tranças diferentes.
-Repirei o ar de várias cidades diferentes, em estados diferentes do país.
-Cortei meu cabelo bem curtinho e não gostei.
-Ganhei uma tatuagem de aniversário, a mais linda que já vi.
-Fiz dezoito anos e vi que como todos os outros anos, isso não muda nada.
-Guardei inúmeros quarters para lavar roupas na lavanderia com cheiro de lavanda.
-Aprendi a ser mais individualista com meu próprio computador, minhas próprias roupas, meus próprios cadernos e meu próprio copo de cerveja.
-Não dividi nada com ninguém nem ninguém dividiu comigo.
-Dei muitos apertos de mão. Muitos mesmo.
-Tomei vinhos da Califórnia.
-Fiquei bêbada, pedi pra parar e descobri que sou o estilo de bêbada chata, não tagarela ou alegre. Chata mesmo.
-Começei a usar lentes de contato e me adaptei muito bem.
-Vivi um grande amor que continua a me surpreender.
-Aprendi a ser mulher e me virar sozinha nas horas complicadas.
-Tive uma conta no banco e percebi que virar adulto é uma merda.
-Tive meus primeiros peixes com nomes não muito interessantes, mas escolhidos pela cara e jeito deles. 
-Conheci pessoas do mundo inteiro e fiz amizades com estrangeiros.
-Fui em festas de despedida e de aniversário.
-Vi a diversidade na cantina do colégio, com as mesas separadas entre rótulos. Patricinhas, nerds, modelos, palhaços, putas, loucos, estudiosos, anti-drogas, drogados, rockeiros.
-Fumei maconha pela primeira vez e achei muito mais forte do que imaginava.
-Fui barrada em bares e decidi arranjar uma identidade falsa.
-A identidade deu super certo e agora não sou mais barrada.
-Acordei com a pessoa que amo do meu lado, todos os dias, sem precisar levantar às três da manhã para ser levada para casa.
-Dividi casa com pessoas porquinhas e ouvi muita reclamação pra não esquecer de apagar a luz pra economizar e ajudar o meio-ambiente.
-Montei uma parede de fotos PB de amigos e amores que olho todos os dias e beijo, lembrando de bons momentos.
-Comprei uma caixa bonita com detalhes bem francêses para coletar cartas de amados.
-Ajudei a montar o jardim mais lindo da vizinhança, com rosas e margaridas.
-Casei.
-Vi pessoas peladas na rua, dei risada e acenei.
-Andei de barco embaixo da Golden Gate Bridge, sentindo o vento do Pacífico mexer com meus cabelos.
-Chorei litros ao ver Fantasma da Opera na Broadway.
-Vivi em San Francisco e não fui a Alcatraz.
-Comi caranguejo no Fisherman's Wharf e contrariei todos dizendo que nem é tão bom assim.
-Comi muito McDonald's, Denny's, Jack in The Box, Carl's Jr., Taco Bell.
-Vi "hippies" na Haight Street, com seus cabelos sujos e idéias limpas.
-Abraçei as árvores do Muir Woods e senti o quão centenárias elas eram.
-Andei em montanhas russas gigantescas e gritei meus pulmões pra fora. Até hoje não sei onde estão.
-Encontrei meus pulmões voando no céu quando fiz Sky Diving, mas os perdi novamente em seguida.
-Vi o sol se pôr no mar abraçada ao Klaus e confirmei o quão bonita a natureza realmente é.
-Vi a lua ao contrário e me perguntei porque, mas nunca achei a resposta.
-Vi também a água rodar na pia para o lado contrário porque aqui é Hemisfério Norte.
-Aprendi cantigas de ninar em inglês.
-Dei beijos e abraços na minha mãe quando sentia falta do Brasil.
-Tive uma crise de estresse por um dia por causa de colégio, teatro, amigos, família e chorei até secar.
-Descobri que minha teoria sobre a TPM estava errada e que mulheres tem sim, tensão pré-mesntrual. Inclusive eu tenho!
-Comi muito sushi barato no mercado e em restaurantes e fiquei muito feliz por isso.
-Viajei com o grupo do teatro para Ashland e me diverti horrores com muita cultura.
-Fiz peças em outra língua e morri de medo, mas no fim, deu tudo certo e continuará dando.
-Falei inglês quase que como uma das conterrâneas californianas.
-Assisti The Hills e não gostei.
-Li as revistas-matadouros  nas platereiras do mercado sobre Britney Spears, Angelina Jolie e Brad Pitt enquanto o Klaus pegava um vinho ou uma cerveja pra tomar com foundue.
-Expliquei para muitos americanos sobre a cultura brasileira e muitos não acreditaram que nós realmente temos carros.
-Vi quadros de Frida Kahlo, Salvador Dali, Miró, Picasso, Andy Wahrol e inúmeros outros pintores maravilhosos que me fizeram lacrimejar ao ver suas obras de perto.
-Sofri quando tive que abrir mão de certas coisas para no futuro, não precisar improvisar.
-Sonhei em ir para outros lugares porque tem muito para eu conhecer.
-Não gostei de nenhum doce americano a não ser Häagen Dazs, por isso ia na loja brasileira comer um dois amores sempre que podia.
-Trabalhei em uma joalheria, em um bistrô, e em uma sorveteria.
-Fui no prom, aqueles bailes de filme mesmo, com vestido chique e depois de muita maquiagem e escova no cabelo, vi que não valeu a pena ver todo mundo "transando" na pista de dança e ouvir só Hip Hop tocando.
-Engordei uns quilinhos, porém, bem menos que eu imaginava engordar.
-Tive crises terríveis de ter que ir ao banheiro correndo que nunca tive antes.
-Comi ceaser salad, kit kats e hamburguers.
-Comprei e ganhei tanta roupa que meu armário explodiu.
-Fui em inúmeros shows de bandas que idolatro muito.
-Vi, conversei e tirei fotos com um dos meus artistas favoritos na face da Terra.
-Vi cultura e vivi meu eu, com toda a intensidade.


Agora quero outras coisas. Pode ser?

Sunday, December 14, 2008

Misread.

Branca, preta ou amarela
A ariana zela.
Tem caráter dominador
Mas pode ser convencida
E ai, então, fica uma flor:
Cordata...e nada convencida.
Porque o seu dominador
É o amor.
Eu cá por mim não tenho nenhum
Preconceito racial:
Mas sou ariano!

O que é que brilha sem
Ser ouro? – A mulher de Touro!
É a companheira perfeita
Quando levanta ou quando deita.
Mas é mulher exclusivista
Se não tem tudo, faz a pista.
Depois, que dona-de-casa...
E a noite ainda manda brasa.
Sua virtude: a paciência
Seu dia bom: a sexta-feira
Sua cor propícia: o verde
As flores dos seus pendores:
Rosa, flor de macieira.

A mulher de Gêmeos
Não sabe o que quer
Mas tirante isso
É boa mulher.
A mulher de Gêmeos
Não sabe o que diz
Mas tirante isso
Faz o homem feliz.
A mulher de Gêmeos
Não sabe o que faz
Mas por isso mesmo
É boa demais...

Você nunca avance
Em mulher de Câncer.
Seu planeta é a Lua
E a Lua, é sabido
Só vive na sua.
É muito apegada
E quando pegada
Pega da pesada.
É mulher que ama
Com muito saber
No tocante a cama
Não sei lhe dizer...

A mulher de Leão
Brilha na escuridão.
A mulher de Leão, mesmo sem fome
Pega, mate e come.
A mulher de Leão não tem perdão.
As mulheres de Leão
Leoas são.
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de Leão!
São ciumentas e antagônicas
Solares e dominicais
igneas, áureas e sadônicas
E muito, muito liberais.

Se Florence Nightingale era Virgem
Não sei... mas o mal é de origem.
A mulher de Virgem aceita a amante
Isto é: desde que não a suplante.
Sexo de consumo, pães-de-minuto
Nada disso lhe há de faltar
O condomínio é absoluto
A virgem é mulher do lar.
Opala, safira, turquesa
São suas pedras astrais
Na cuca, muita esperteza
Na existência, muita paz

A mulher de Libra
Não tem muita fibra
Mas vibra.
Quer ver uma libriana contente?
Dê-lhe um presente.
Quando o marido a trai
A mulher de Libra
balança mas não cai.
Se você a paparica
Ela fica.
Com librium ou sem librium
Salve, venusina
Que guarda o equilíbrio
Na corda mais fina.

Mulher de Escorpião
Comigo não!
É a Abelha Mestra
É a Viúva Negra
Só vai de vedete
Nunca de extra.
Cria o chamado conflito
de personalidades.
É mãe tirana
Mulher tirana
Irmã tirana
Filha tirana
Neta tirana.
Agora, de cama diz
que é boa paca.

As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas.
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violenta.
Aí, o homem que se cuide...
– Também, quem gosta de censura!

A capricorniana é capricornial
Como a cabra de João Cabral.
Eu amo a mulher de Capricórnio
Porque ela nunca lhe põe os próprios.
A capricorniana é tão ciumenta
Que até os ciúmes ela inventa.
Mulher fiel está aí: é cabra
Só que com muito abracadabra.
Suas flores: a papoula e o cânhamo
De onde vêm o ópio e a maconha
Ela é uma curtição medonha
Por isso nos capricorniamos.

Se o que se quer é a boa esposa
A aquariana pousa.
Se o que se quer é uma outra coisa
A aquariana ousa.
Se o que se quer é muito amor
A aquariana
É mulher macho sim senhor.
Porém não são possessivas
Nem procuram dominar
Ou são meigas e passivas
Ou botam para quebrar.

Mulher de Peixe...peixe é
Em águas paradas não dá pé
Porque desliza como a enguia
Sempre que entra numa fria.
Na superfície é sinhazinha
E festiva como a sardinha
Mas quando fisga um namorado
Ele está frito, escabechado.
É uma mulher tão envolvente
Que na questão do Paraíso
Há quem suspeite seriamente
Que ela era a mulher e a serpente.
Seu Id: aparentar juízo
Seu Ego: a omissão, o orgulho
Sua pedra astral: a ametista
Seu bem: nunca ser bagulho
Sua cor: o amarelo brilhante
Seu fim: dar sempre na vista

Vinícius de Moraes
Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar... ai, que bom que isso é, meu Deus, que frio que me dá o encontro desse olhar. Mas se a luz dos olhos teus resiste aos olhos meus só pra me provocar, meu amor juro por Deus, me sinto incendiar. Meu amor, juro por Deus que a luz dos olhos meus já não pode esperar. Quero a luz dos olhos meus na luz dos olhos teus sem mais lararara. Pela luz dos olhos teus, eu acho meu amor que só se pode achar que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Moraes.

Volver.

Assuntos de Cinéfilo.

Volver.

O quê que eu vou falar sobre esse filme? Espanhol, de Almodóvar, com Penélope Cruz e com toda a beleza feminina possível em si. É a segunda vez que assisto e posso dizer que cada vez que você assiste novamente, melhor fica. Os detalhes, as cores, a língua, os atores, a arte que esse homem faz! Deus... é simplesmente sem palavras. Almodóvar acertou novamente, para variar. Vamos esperar pelo próximo, sim? Ansiosa!

Assuntos de Cinéfilo.

Ghost Town.

De cair no chão, babar no chão e rir até ficar com câimbra no abdômen. Sinceramente, muito engraçado. Ricky Gervais faz um dentista muito Londrino, extremamente enjôado e fresco que, depois de uma operação, começa a ver espíritos. Sua atuação é ótima, bem acurada e apurada. Pra dar risada é um bom filme, realmente.

Assuntos de Cinéfilo.

Definitely, maybe.

Um bom água com açúcar cheio de gente bonita.
Três mulheres, um pai, uma filhota linda e uma história em comum.
Abigail, novamente, mostra-se uma atriz poderosa, com poucos anos de idade e muito consciência artística. Impressionante como ela parece se sentir confortável na frente da câmera. Adam Brooks e as outras meninas como Elizabeth Banks, Isla Fisher(linda!) e Rachel Weisz(que inclusive fez a protagonista de um dos melhores filmes qe já vi, "O Jardineiro Fiel"), mandaram bem em seus papéis. Um filme calmo, para assistir e ficar com o coração em paz.

Saturday, December 13, 2008

Entertain us.

Jack's Mannequin.

Abrindo show para Franz, Bloc, Death Cab e Killers, Jack's Mannequin pareceu banda de colégio. Pra falar a verdade, nunca tinha ouvido antes, mas não gostei muito ao vivo. Talvez baixar o cd não faça mal, mas o som dos caras ficou muito emocional, virado pro melancólico. E o que me deixou mais puta foi o vocalista querendo ser o Chris Martin. Rs. Comum, mas não o comum que eu gosto. Mas pra estarem abrindo pra bandas como as que tocaram, têm que ter um bom status, não? Então parabéns, Chris Martin junior. Rs.

Entertain us.

Franz Ferdinand.

Tenho orgulho de dizer que fui em dois shows da minha banda favorita.
Franz Ferdinand é simplesmente arrasador. Me emocionei do começo ao fim, cantei desafinadamente todas as músicas e pulei muito com a galera quando tocaram os hits. Eles são muito fodas, parecem que nasceram com toda a "cooldade" que têm. Foi, pela segunda vez, impressionante e acho que junto com Coldplay, foi o melhor show que já vi na vida. Franz é simplesmente a banda.

Friday, December 12, 2008

Uma alegria fugaz.

Vai passar nessa avenida um samba popular. Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar. Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais, que aqui sangraram pelos nossos pés, que aqui sambaram nossos ancestrais.

Num tempo, página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória das nossas novas gerações. Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações.

Seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes erguendo estranhas catedrais. E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz, uma ofegante epidemia que se chamava carnaval.

Palmas pra ala dos barões famintos.
O bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do Boulevard.
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar.
A evolução da liberdade até o dia clarear.

Ai que vida boa, o lelê, ai que vida boa, o lalá.
O estandarte do sanatório geral vai passar.
Ai que vida boa, o lelê, ai que vida boa, o lalá.
O estandarte do sanatório geral vai passar.
Quem descobrir se tem um show do Faichecleres em dezembro em Curita, ganha um beijo na testa de brinde.

Pros velhos tempos.

Ela diz que não quer se casar.
Que não nasceu pra tomar conta do lar.
Não quer ficar à beira de um fogão,
Nem passar roupas ou lavar o chão.

Ela só quer um cara pra sair.
Quer viver sua vida sem ter que pedir.
Gozar a noite e se divertiiiiiiir!
Eu fico triste, paro pra pensar
Que ela não quer e nem pensa em namorar.
Ela só quer me ter e nada mais!

Diz que precisa de mim
E eu não sei por quê!
Ela me quer só pra me teeeer...

O que ela quer é um cara "não enrola".
É quase dia, eu tô caindo fora.
Não quero amores tipo demodê,
Mas sim do tipo de a gente se vê.

Ela só quer um cara pra sair.
Quer viver sua vida sem ter que pedir.
Gozar a noite e se divertiiiiiiir!
Eu fico triste, paro pra pensar
Que ela não quer e nem pensa em namorar.
Ela só quer me ter e nada mais!

Diz que precisa de mim
E eu não sei por quê!
Ela me quer só pra me teeeer...

Bom com uma cerveja gelada na mão, a cara suada de tanto pular e o coração alegre.

Thursday, December 11, 2008

Cat man do.

Amanhã.

It's always better on holiday.
So much better on holiday.
That's why we only work when
We need the money.

Wednesday, December 10, 2008

Borat.

-What is the best gun to defend from a jew?
-Hello, my name is Borat and I like sex. It's nice.
-But don't you know that women has smaller brains then men? Like squirrel brains...?
-Do you mean the man that tried to put a rubber fist in my anus was homosexual?
-In Kazakhstan, they would go crazy for these two... not as much...
-My brother Bilo has a really funny retardation.
-This suit is black not. This suit is not black. This suit is black......................................................not.
-My son is 17 centimeter long.
-May George Bush drink the blood of every men, women and child from Iraq!
-This my friend Lanel. She's a prostitute.
-Tshhhh(to the cow).
-I would like very much to pay you for sex.
-Hmmmm... very good! How much?
-Goooo live your life(To the chicken)!
-Does Jesus love my neighbor Yusutan? -Yes! -But nobody likes my neighbor Yusutan.

Tuesday, December 9, 2008

De Gas.


Meu francês favorito.

Toons.




O Brasil em podridão.


O famoso "rir pra não chorar".

Quando o orkut dá a louca.

Today's fortune: What we think, we become (please don't think you are a superhero and try to fly).

Cazuza.

Agora eu vou cantar pros miseráveis
que vagam pelo mundo, derrotados.
Dessas sementes mal plantadas
que já nascem com caras de abortadas;

Pras pessoas de alma bem pequena,
remoendo pequenos problemas.
Querendo sempre aquilo que não têm;

Pra quem vê a luz,
mas não ilumina suas mini-certezas.
Vive contando dinheiro
e não muda quando é lua cheia;

Pra quem não sabe amar,
fica esperando alguém
que caiba no seu sonho.
Como varizes que vão aumentando,
como insetos em volta da lâmpada.

Vamos pedir piedade.
Senhor, piedade.
Pra essa gente careta e covarde.
Vamos pedir piedade.
Senhor, piedade.
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem.

Quero cantar só para as pessoas fracas
que tão no mundo e perderam a viagem;
Quero cantar os blues
com o pastor e o bumbo na praça.

Vamos pedir piedade,
pois há um incêndio sob a chuva rala.
Somos iguais em desgraça;
Vamos cantar o blues da piedade.

Monday, December 8, 2008

Manda um I will Survive, guria.


First I was afraid,
I was petrified.
Kept thinking I could never live
without you by my side.
But I spent so many nights
thinking how you did me wrong.
I grew strong.
I learned how to carry on.
And so you're back
from outer space.
I just walked in to find you here
with that sad look upon your face.
I should have changed my stupid lock.
I should have made you leave your key.
If I had known for just one second
you'd be back to bother me.

Go on now go, walk out the door.
Just turn around now.
'cause you're not welcome anymore.
weren't you the one who tried to hurt me with goodbye?
You think I'd crumble.
You think I'd lay down and die.
Oh no, not I!
I will survive.
As long as i know how to love
I know I will stay alive.
I've got all my life to live.
I've got all my love to give.
And I'll survive,
I will survive.

It took all the strength I had
not to fall apart.
Kept trying hard to mend
the pieces of my broken heart.
And I spent oh so many nights
just feeling sorry for myself.
I used to cry.
Now I hold my head up high.
And you see me,
somebody new.
I'm not that chained up little person
still in love with you.
And so you felt like dropping in
and just expect me to be free.
Now I'm saving all my loving
for someone who's loving me.

Go on now go, walk out the door.
Just turn around now.
'cause you're not welcome anymore.
weren't you the one who tried to hurt me with goodbye?
You think I'd crumble.
You think I'd lay down and die.
Oh no, not I!
I will survive.
As long as i know how to love
I know I will stay alive.
I've got all my life to live.
I've got all my love to give.
And I'll survive,
I will survive.

Just a little bit of Aretha Franklin.


R-E-S-P-E-C-T.
"Sure, she's got everything."

do Lat. labyrintu < Gr. labyrinthos

s. m.,
edifício composto de múltiplas divisões dispostas confusamente, pelo que é difícil encontrar-lhes a saída;

fig.,
questão complicada, obscura;

Anat.,
conjunto das cavidades sinuosas do ouvido.
  1. Eu não tenho esse peito.
  2. Nem tenho essa intrepidez.

Teatro Curitibano.

E digam pra mim aonde dói.


Copio, plageio, transcrevo, imito, reproduzo, arremedo, falsifico, procrio, repito.

Espirro quando espirram. Soluço quando soluçam. Bocejo quando bocejam.
Meu mal fatal, meu bem geral.

Livro Aberto.

Me chicoteio com os cabos da emulação.
Abre a boca, Bruna.
Leva mais um.

Ditados Transparentes.

Não existem complicações para palavras ou pensamentos.
São como um jogo,
de bola, de passo.
Como corda bamba de circo, pé em ponta de bailarina.

As palavras e as frases vêm e ficam. Outras se perdem por aí.
Quantas frases transparentes já ditas cambalearam-se por mim?

Engoli, respirei, tomei com as mãos e guardei no bolso.
eu escondo o que não sei.
o que sei, canonizo.
a sabedoria dói, mas basta.

Red Velvet.


Calúnias da beleza.

A beleza, em si,
Sem o raciocínio,
é então, 
sem beleza.
Torpe, disforme.

Sunday, December 7, 2008

Latrine.

Por flores,
cintura,
escorre pura.
Água,
leve e límpida.
Em sépia,
em vermelho,
o branco,
todo o preto,
e ponto.

Pensamentos Funestos.

Olheiras caíram aos meus olhos quando te vi atravessando o portão de embarque. Me jogou um olhar de sobressalto, atirou um sorriso que eu assistia todos os dias da minha vida desde que você nasceu. E me abraçou.
"O que você acha do meu cabelo?"  
Você teve a coragem de me perguntar qualquer pergunta leviana, como esta.
"Tens um cigarro?"
Continuei te olhando, como se as olheiras piorassem com as luzes se intensificando e como se a tua culpa sobre tudo o que aconteceu comigo por quinze anos se amaciassem extremamente.
Merda. Chegou minha hora. 
"Eu tenho que ir. Ele está me esperando."
Minha voz rouca atravessa meu esôfago com intensidade, finalmente. Meus lábios estão rachados e brancos, como se fossem o chão do sertão, sem água, lascados, rachados.
Sinto necessidade de algo, sem saber o que é. 
Você me entende? Não. Eu sei que não. Não faço questão de perguntar oralmente. Você sabe o que eu penso, não sabe? Sabe o que eu penso sobre você e seu sorriso jubiloso, tua face impermeada de angústia, coberta de maquiagem.
Tuas olheiras não são como as minhas. As tuas são de cansaço, de estresse, no trabalho, no casamento, coisas comuns, reais. Teus lábios são carnudos, vermelhos, saudáveis. Eles dizem que os lábios dizem muito sobre a vida sexual de alguém.
Aposto como você se deita relaxada na banheira, não deita?
Eu não. Eu me encolho, como uma semente. A água quente que desmoraliza qualquer transtorno do dia-a-dia te fazem fechar os olhos e sentir-se como uma flor tomando água nas raízes. Os meus transtornos germinaram comigo, há quinze anos atrás. Eles estão aqui. Eles vão ficar. Na banheira, no aeroporto. Em mim. Pra sempre.

A inspiração escassa, o batimento débil.
Pulso pouco atilado, sem nenhuma ou uma licensa de vivacidade.
Penar, padecer. 
Pelo menos uma luz ao fim do túnel.

De cunhada à amor de vida.

"De um jardim cheio de rosas vermelhas, cor-de-rosa e amarelas, só uma era uma rosa.
Pois as rosas, de todo seu clichê e buquês mal-remendados, sobra a beleza.
E a mais bela rosa desse jardim não era necessariamente a mais bela, ou a mais pura.
Era a mais cheia de cheiro, e de espinhos.''
Isabela Fuchs.

Trainspotting.

Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?

Mister Tambourine Man.

O róque ên rôu.

Friday, December 5, 2008

Coisas que eu amo.


Thaís, rosa vermelha, casa de passarinho, Camila, flores de jardim, grama verdinha, Letícia, cerca de madeira, margaridas e bocas de leão, Maíra, colares, brincos de argola, óculos vermelhos, Jéssica, blusas femininas, caras, bocas, mãos dadas, Olívia, língua para fora, horta, joelhos dobrados, Maíra, sorrisos sinceros, rostos colados, braços compridos, Bruna, céu que cega, quintal, Casa Lilás, amor.

Da minha.

"Escrevo.
E pronto, Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada haver com isso. Escrevo porque amanhece, e as estrelas lá no céu lembram letras no papel, quando o poema anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê?"

Thursday, December 4, 2008

Complexo do olho azul.

-You cannot say, dear teacher, that we are all the same. Mexicans, Brazilians, Cubans. We are different. Our cultures are not the same.
-You all look alike. You live in South and Central America. Therefore, you are the same. Same languages, same gestures, same purposes.
-Yeah, Americans and Canadians are also the same.

Um dia na minha vida não vivida.

Uma menina me ensinou quase tudo que eu sei. Era quase escravidão mas ela me tratava como um rei. Ela fazia muitos planos. Eu só queria estar ali. Sempre ao lado dela, eu não tinha aonde ir. Mas, egoísta que eu sou, me esqueci de ajudar a ela como ela me ajudou e não quis me separar. Ela também estava perdida e por isso se agarrava a mim também. Eu me agarrava a ela porque eu não tinha mais ninguém.
E eu dizia: - Ainda é cedo
Sei que ela terminou o que eu não comecei. E o que ela descobriu eu aprendi também, eu sei. Ela falou: - Você tem medo. Aí eu disse: - Quem tem medo é você. Falamos o que não devia nunca ser dito por ninguém. Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu sinto por você. Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê. Aí eu disse: - Ainda é cedo.

cedo,
cedo,
cedo,
cedo.

Toscamente divertido.


Um dia eu ainda escrevo uma peça sobre essa música.

Wednesday, December 3, 2008

Como Hamlet.
Nas cinzas,
No oco,
Na vala.
Tomada por meus
medos, temores,
vidas passadas.
Por pior 
ou por melhor,
não me deixo
segurar crânios,
ou adagas de ferro, 
com puro e fatal
veneno vivo.
Escolho solitude à solidão.

Pela primeira vez.


Bonitão!

Fita Amarela.

Quando eu morrer,
não quero choro,
nem vela.
Quero uma fita amarela
gravada com o nome dela.

Se existe alma,
Se há outra encarnação,
Eu queria que a mulata
sapateasse no meu caixão.

Não quero flores,
Nem coroa com espinho.
Só quero choro de flauta,
violão e cavaquinho.

Fico contente,
Consolado por saber
Que as morenas tão formosas
a terra um dia há de comer.

Não tenho herdeiros,
Não possuo um só vintém.
Eu vivi devendo a todos
mas não paguei ninguém.

Meus inimigos,
Que hoje falam mal de mim,
Vão dizer que nunca viram
uma pessoa tão boa assim.

Aracy.

Coisa mais linda.


Nunca gostei de Gal, mas essa música(que por um acaso não é dela)...

Au Revoir.

Eu nunca soube dizer adeus.
Abanar as mãos, como alguém que diz ''até logo'', mas pensa, ''até quando?''.
Sempre evitei aeroportos em horas de partidas, no portão de embarque, quando famílias e amigos se abraçam e choram de saudade antecipada.
Sempre evitei rodoviárias em horas de despedidas, onde os olhares se separam por uma janela de ônibus, que dá vontade de quebrar ao ver a tristeza nos olhos dos que vão e dos que ficam.
Evitava o peito apertado, aflito e incerto.
E também lágrimas de dor e tempestade, que só paravam de rolar assim que um outro corpo encurvado me apertava contra o dele, falando que tudo ficará bem.
Evito partidas, pelo bem do meu pobre coração.

Nina.

um beijo formoso
em flores, jardins
sem pontuações
ou fontes, enfim
só para dizer
um amor de vestidos
e amizade fraterna
pra todo e todo
o todo do sempre
que nunca tem fim

Alice.

Alice tinha bonecas, gomas de mascar vindas diretamente dos Estados Unidos, trazidas pela sua tia, Betina e muitas cartas de namorados distantes. Uns tinham ido para a guerra, outros, desapareceram no mundo. Porém, vivia com um belo sorriso. Nunca ligou para homens, por isso preferia escrever cartas, imaginando outros cavalheiros. Ou damas. Pintava as unhas mas não preenchia todo o espaço. Gostava de ver as unhas curtas e mal-feitas. Era sua mania de imperfeição.

Betina.

Betina era casada com o prefeito da cidade. Pintava os cabelos, fumava Camels e usava salto alto. Tinha mil e um amantes e todos sabiam. Usava saias rodadas, decotes de renda e batons vermelhos vivos. Vivia a imaginar o homem perfeito, mas não o encontrava em suas tentativas frustadas. Pedia esmola para o amor ao esconder suas olheiras.