Tuesday, March 31, 2009

'Till there was you.

There were bells on the hill
But I never heard them ringing,
No, I never heard them at all
Till there was you.

There were birds in the sky
But I never saw them winging
No, I never saw them at all
Till there was you.

And there was music,
And there were wonderful roses, 
They tell me,
In sweet fragrant meadows of dawn, and dew.

There was love all around
But I never heard it singing
No, I never heard it at all
Till there was you!

Which Grease character are you?



Frenchy!
You are a well loved person who is always willing to have a laugh. You have the best fashion sense out of all your friends and dont care what people think. You will knuckle down and do your work, but you will pass from one job to the other. You have the best laugh and have the looks of a little girl. You always smile and have many friends, you don't hide away in the corner and are not afraid to be yourself. You have many talents such as, piecering ears or smoking a cigarette in a special way. You are very supportive and a shoulder to cry on. All your family and friends think you are a WOMBABLUBA AWOMBAMBOO.

Which Shakespearean character are you?


Hamlet.

Intelligent, educated, and prone to over-thinking, you are torn by your own conflicting philosophies and fears. Given a questionable task, you question every aspect of your quest. Should you just play a part or direct the action? Whom should you believe? Whom can you trust? Is it even worth it?

What dog are you?

Jack Russell.
You are extremely hyper and always running around. Your friends adore you, but at the same time, if they get too much of you they will become very irritated.

How many kids will you have?

You will have 2 kids, 1 Boy and 1 Girl. Lucky Mummy got one of each!!

One a day.

Earl MacPherson.

Who were you in a past life?


Pablo Picasso.
In your past life you were Pablo Picasso. In this life you continue to be revolutionary, stubborn, an active lover, enjoy breaking the rules, and reactly poorly to heartbreak.

Dois anos e uma vida.


Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: te amo secretamente, entre a sombra e a alma.


Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, e graças à teu amor, vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascende da terra.


Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira.


Se não assim deste modo em que não sou nem és tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Exatamente dele pra mim, e recíproco, há dois anos atrás, com rosas colombianas no meio de beijos e lágrimas.



Quero apenas cinco coisas...

Primeiro é o amor sem fim.

A segunda é ver o outono.

A terceira é o grave inverno.

Em quarto lugar o verão.

A quinta coisa são teus olhos.

Não quero dormir sem teus olhos.

Não quero ser... sem que me olhes.

Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Mas se amo
os teus pés,
é só porque
andaram sobre
a terra e sobre
o vento e sobre
a água, até me
encontrarem.

Her morning elegance.



Achado no blog da minha irmã, Olívia.
Coisa pra se ver mais de uma vez. Lindo.

Monday, March 30, 2009

Which cinema director are you?


David Lynch.
Surrealism is your stuff, you love the strange nightmarish and dreamlike sequences where narrative doesn't really matter much. Your friends definitely don't watch the films you recommend.

One a day.

Donald Rust.

Nude Gala.

Amor surreal.

Reading one more time.


By far, the bezoomiest book. And my second favorite. Makes my gulliver go round and round and round. Anthony Burgess and his little brothers.

Sunday, March 29, 2009

Deixe estar.

When I find myself in times of trouble, 
Mother Mary comes to me, 
Speaking words of wisdom, let it be. 
And in my hour of darkness 
She is standing right in front of me, 
Speaking words of wisdom, let it be. 

Let it be, 
Let it be, 
Let it be, 
Let it be. 
Whisper words of wisdom, 
Let it be. 

And when the broken hearted people 
Living in the world agree, 
There will be an answer, let it be. 
For though they may be parted 
There is still a chance that they will see, 
there will be an answer. 
Let it be. 

Let it be, 
Let it be, 
Let it be, 
Let it be. 
Whisper words of wisdom, 
Let it be. 

And when the night is cloudy, 
There is still a light, that shines on me. 
Shine until tomorrow, let it be. 
I wake up to the sound of music,
Mother Mary comes to me, 
Speaking words of wisdom, let it be. 

In case I don't see you...

Good morning, good afternoon and good evening.

Clap Clap Clap.

Temporada Festival de Teatro de Curitiba.
Foto de Guilherme Weber em Thom Pain e Lady Grey, com Fernanda Farah e direção de Felipe Hirsch. Uma das melhores peças que assisti no Festival de Teatro de Curitiba. Peça para atores, não para a platéia.

One a day.



A dog doesn't care if you're rich or poor, educated or illiterate, clever or dull. Give him your heart and he will give you his.
Considere toda hostilidade que há da porta pra lá.

Guilhermina.


Lembro do teu sorriso cansado ao chegar à porta de minha casa andando desde o centro. Tínhamos saído da Praça Osório às quatro da tarde e levado o nosso caminho pela Carlos de Carvalho, sempre dizendo que pegaríamos um ônibus na próxima parada. Não precisávamos de ônibus, nossos pés, juntos, pareciam comer a cidade inteira, como se dominássemos facilmente todos os cantos, todas as paredes cheias de lambs e todos os bazares escondidos pelo caminho. Tinha descoberto algo sobre mim mesma e sobre alguém. Gostávamos de andar na companhia um do outro. Não entendo, até hoje, quanta empatia existia entre nós que chegávamos a passar tardes e noites juntos, apenas papeando, andando e descobrindo Curitiba. De tudo que já passamos juntos, fotos esverdeadas, doces em padarias caras, amigos em comum, vídeos que me trouxeram tesourinhos, me ver chorar desesperadamente, me abraçar e perguntar se eu não queria parar de chorar, me dirigir como atriz, invadir o Guaíra e andar pelo backstage, descobrindo manequins e cortinas vermelhas, girar no Barigui às quatro da manhã e cair no chão pra reparar nas estrelas, rir simultâneamente vendo a luta entre Borat e o gordão pelados, dar tchau com um abraço caloroso, o que ele normalmente não é no dia inteiro, correr por um estacionamento fechado e tirar fotos do meu dedão com forma de Cheetos, ouvir o Budny falar besteira e ficar quieto, apenas trocando olhares de desaprovação mas divertimento ao mesmo tempo e lavar a alma no teu coração, sabendo que tem um lugar meu ali, assim como tem um dele no meu. Sinto falta dos binóculos na cobertura da casa da minha avó e sinto falta de sorrir ao mesmo tempo. E até das dúvidas e das brigas, onde eu me exaltava e saía de perto... aquele menino metido que sempre soube de tudo e que no fundo eu sempre tive orgulho, por ser quem é, assim, simplesmente assim. E a inteligência, junto com a espontaneidade, me faziam tirar os pés do mundo, me fazendo parecer uma gigante que dominava a cidade quando dava a mão para ele. Era só fechar os olhos e caminhar pelas estrelas. Não cansava, pois flutuávamos por tudo que era nosso. O nosso amor, amor de amigo gigante.

Saturday, March 28, 2009

De meus seis anos.


"Tem carinho especial, Senhor, com as pessoas muito lógicas, muito práticas, muito realistas, que se irritam com quem crê no cavalinho azul".

O amigo de todas as horas, companheiro de viagem, e sempre falante Cavalinho azul!
"...o sentimento de liberdade de quem se quer ser, aquele que faz o peito urfar. Mergulha-se em um mar de vivências tiradas de si mesmo, sem influências, sem ter um porto. E quando chega a solidão, ela se veste de plena e bela independência..."

Friday, March 27, 2009

Bonde do dom.

Novo dia,
Sigo pensando em você.
Fico to leve que não levo padecer.
Trabalho em samba e não posso reclamar.
Vivo cantando só para te tocar.
Todo dia,
Vivo pensando em casar.
Juntar as rimas como um pobre popular.
Subir na vida com você em meu altar.
Sigo tocando só para te cantar.
I get high with a little help from my friends.

One a day.

Linda Olivia Newton-John.


Linda de arrepiar essa voz.

I wanna be loved by you!

Thursday, March 26, 2009

Memories in colors.

Sitting in my backyard, flowers surround me and birds fly over my long hair. The lights from the ceiling of my house wave me goodbye while their colors fade into the marine blue sky. The sun goes down making shades of the trees and the seven-color wind flipper. My lips open in an smile as I see butterflies around me and one of them arrives in my yellow pencil. It is multi-colored: red, purple, yellow and blue. It flips its wings and flies slowly, playing with my nose and dancing with my fingers. It flies away carrying a little piece of happiness from me. I see tulips and smell jasmines. My eyes close and I lay in the green green grass that matches with my lime green shirt. The aubourn hair bounced into the floor, mixturing red with green and emphasizing the white skin beneath my shirt. While I open 'em, pieces of colors invade my brain, bringing me memories of you.

Julia.


Her hair of floating, sky is shimmering, glimmering in the sun.

Der Krieger und die Kaiserin.


"Der Krieger und die Kaiserin" (student audio remake) from Andy Ngo on Vimeo.

Quando a maré encher.

I don't believe there's nothing left.

No kidding, no sin. 
No running, no win. 
No angels, no girls.
No memories, no Gods. 
No rockets, no heat. 
No chocolate, no sweet. 
No feeling, no secrets.

I don't believe in trouble.

Mankind, probably the most mysterious species on our planet. A mystery of open questions. Who are we? Where do we come from? Where are we going? How do we know what we believe to know? Why do we believe anything at all? Innumerable questions looking for an answer, an answer which will raise the next question and the following answer will raise a following question and so on and so forth. But in the end, isn't it always the same question and always the same answer? 
Seus lábios cereja e sua pele branca se destacavam entre os cabelos negros e lisos.
Andou pela borda do mezanino enquanto lágrimas negras caíam de seus olhos.
Fechou-os por fim, lavando a alma de todos seus pecados.
Lembrou-se de seu rosto quando criança e se impulsionou para frente.
Sentiu o ar, a sensação boa de alívio e sentiu-se quente e vermelha.
Não abriu os olhos, apenas caminhou. 

Wednesday, March 25, 2009

Nunca.

Nunca tive um gato.
Nunca nadei pelada em um lago.
Nunca experimentei cogumelos.
Nunca lavei a cabeça com shampoo de jabuticaba.
Nunca pintei minhas unhas de verde.
Nunca bebi até vomitar.
Nunca xinguei um professor.
Nunca fiz bungee jump.
Nunca comi steak tartar.
Nunca falei um francês chulo com um francês.
Nunca consegui pular muito alto.
Nunca quebrei um osso.
Nunca tive um Furby.
Nunca viajei pra Fernando de Noronha.
Nunca tive lábio leporino.
Nunca dei comida à vacas.

E nunca viajei de balão.

Descompasso compassado.

Eu te conheci em um dia de outono.
Lembro das folhas amarelas inundando o chão com cores ácidas e vivas e lembro-me que elas abriam-me um caminho à sua direção. O chão feito de pedra fazia contornos e formas que pareciam quadrados mal contados. Começei a pular, de um em um, sem tocar as folhas secas. Nas pontas dos pés, eu vacilava entre os mais verdes e os mais vermelhos, não podendo esbarrar nas sequinhas. Foi quando ouvi o "crécti" e parei, como uma criança para de pular amarelinha quando vê que o amigo pisou no quadrado errado. Meus cabelos longos e ruivos esvoaçaram com um vento que parecia ter vindo de propósito. Era gelado. Vestia um sobretudo preto estilo europeu e uma bota amarela de chuva. Você me olhou de perto, pisando nas folhas e quebrando todas as regras.
-Amarelinha?
-Você entrou no meu caminho! A regra é não pisar nas folhas secas...
Desajeitado, pulou para a pista onde se encontravam apenas os paralelepípidos retângulares. Atrás de mim, me acompanhou até a ponta do parque. Ríamos como crianças, eu de mão dada com um perfeito estranho. 
-Acabou, aqui o caminho se fecha pra folhas secas, apenas.
-Então voltamos ou quebramos as regras, né?

Vermelho nos olhos.
Ah, tchau, bondade.
Virei Kiddo, indo atrás de Bill.

Tuesday, March 24, 2009

Mary Jane and Penny Lane.

                    Ruiva, ruiva, ruivinha.

Tulipas no quintal.

Eu queria morar numa casinha no campo com você. Com uma horta atrás e do lado de um campo de flores, uma macieira e um lago. E a vila mais próxima teriam uns 40 habitantes, um mercadinho e uma livraria bem legal. Nossa casa seria feita de pedra e madeira, toda rústica mas quente e confortável. Eu trabalharia lavando as roupas no lago e vendo as flores balançando e você traria peixe pro jantar. A nossa diversão seria fazer pique niques, nadar no lago e jogar água um na cara do outro e quem sabe ter muitos animais, pra cuidar. E quem sabe um dia as coisas aumentássem. Mas por enquanto eu gosto de pensar na gente assim, só dois. Só dois e uma horta com muitos verdes e água de poço.

Inspirado em um livro de Caroline Winkelmann, Meu Anjo.
Toda a beleza se reconhece nela.

Em uma astronave de papel...
Porque eu já
tô de saco cheio.
Bem mais que o tempo

Que nós perdemos,

Ficou prá trás

Também o que nos juntou.

Ainda lembro

O que eu estava lendo,

Só prá saber

O que você achou

Dos versos que eu fiz

E ainda espero

Resposta.

Desfaz o vento,

O que há por dentro

Desse lugar

Que ninguém mais pisou.

Você está vendo

O que está acontecendo.

Nesse caderno

Sei que ainda estão

Os versos seus,

Tão meus que peço.

Nos versos meus,

Tão seus que espero

Que os aceite

Em paz eu digo que eu sou

O antigo do que vai adiante.

Sem mais, eu fico onde estou.

Prefiro continuar distante.

Monday, March 23, 2009

Before I leave the land of the freedom.

-Pegar um carro, dirigir até Oregon pela costa e ter como ponto de chegada, Vancouver, Canadá em agosto, pra poder encontrar com o Ber lá.
-Comprar uma passagem de avião para Cancun, México, de preferência no meu aniversário de namoro de 2 anos(Dinheiro, dinheiro! Trabalho, trabalho! É pra já!).
-Comprar um pacote bem básico pra Orlando, Miami. Disney faz bem pro coração.
-Viva Las Vegas, pra onde só fui com 6 aninhos e agora tenho que repetir. Cassinos, Cirque du Soleil e David Copperfield. Quem sabe até mais! Luzes, muitas luzes!
-New York. Klaus precisa conhecer e saber o que é pisar na cidade que nunca dorme, na Big Apple. E claro, muito importante: ver a Sierra Boggess e tirar foto com ela depois da apresentação da Little Mermaid. Broadway, Broadway, Broaway!
-Pegar um carro e viajar até o Grand Canyon, fazendo a rota que a mami fez com o Dani por Utah, onde no sul tem praia, no norte tem deserto, no leste tem neve nos topos das montanhas e no oeste tem campos de flores.
-Ir pra Lake Tahoe esquiar só mais uma vez(juro! só mais uma!), porque é DE-MA-IS.
-Acompanhar a Kora até Santa Cruz, seu novo lar! Ajudá-la a montar a casa nova e ficar batendo papo na cidade que é o Rio de Janeiro americano, pelo que dizem. Tenho certeza que vou adorar.
-Ir à um jogo de baseball com um balde de pipoca e um balde de cerveja e gritar: YANKEES!!!
-Visitar Alcatraz(PELO AMOR DE DEUS!).
-Tirar uma foto na Lombard Street, a rua mais sinuosa do mundo(PELO AMOR DE DEUS 2!).
-Começar aulas de alemão dia 30 de março. Ich komme aus Brasilien!
-Decidir se dou meus peixes para alguém ou se como eles de almoço, como uma declaração de amor e carinho eterna(você estarão sempre dentro de mim! ui.).
-Juntar bastante dinheiro, gastar menos possível nas viagens.
-Continuar trabalhando até o final de 2009.
-Escolher: Köln ou Berlin.
-Comprar as passagens pro meu destino e bye bye!

Indirections.





You're 
the 
only 
reason 
keep 
on 
coming 
home.
Eu escrevo e te conto o que eu vi.
E me mostro de lá pra você.
Guarde um sonho bom pra mim.

Rema.

Doce o mar, perdeu no meu cantar.

Sunday, March 22, 2009

Pá bô dedô, mê pá bá.

Saturday, March 21, 2009

I'm sticking with you,
Cause I'm made out of glue.
Anything that you might do,
I'm gonna do too.
                                     divagar
Ele põe gelo na sopa.

2 anos.


Sea Of love from Klaus Fuchs on Vimeo.

Escuridão.

Ela contava nos dedos da mão quantas pétalas mais haviam de cair.
Sentou-se no chão e ficou observando a rua lá fora.
-Oi. 
-Tá chovendo.
Seus olhos se encontraram no meio da sala, quando ela se virou ao vê-lo entrar. Virou-se novamente para a janela e sentiu braços a apertando por trás. Retribuiu. A luz tinha acabado, mas era de tarde.
-Achei que ia ficar sozinha à noite com velas acessas hoje.
-Quando soube que a luz acabou, vim pra casa te fazer companhia.
Ele sabia que ela ligaria quando o relógio desse sete da noite. Ela tinha medo do escuro.
-Fiz rabanadas. 
Ele sentou-se ao seu lado, deitou em seu colo e ficou observando a chuva cair, até dormir.

Friday, March 20, 2009

Estações.

Avistou um café do outro lado da rua.
Luzes vermelhas traziam uma imagem aconchegante do lugar.
Fechou seu guarda-chuva amarelo e adentrou, com o sobretudo preto molhado.
Um sininho tocou, avisando sua entrada.
Guidões de bicicleta enfeitavam o teto e em cima das mesas, flores de todas as cores faziam o tom amadeirado do lugar ficar um pouco mais vivo. 
-Deseja alguma coisa?
-Ah... sim, um chocolate quente, por favor.
Seus saltos vermelhos faziam um barulho aguçado.
Sentou-se na mesa mais perto da janela, que cobria toda a parede e podia-se ver de dentro, pessoas correndo das gotas de água de caíam do céu.
-Obrigada.
Ela se sentia bem naquele lugar. Reparava cada detalhe. A coloração das paredes, as cabeças de bonecas penduradas ao lado da geladeira dos anos sessenta e os sapatos de salto de variadas cores enfileirados em uma prateleira à sua frente. Tirou seu livro de sua bolsa e começou a ler, tentando fingir que não tinha percebido a ausência de uma alma viva naquele lugar.
-Você tem alguma bebida alcoólica?
-Rum.
-Martini, não?
-Apenas rum.
-Pode colocar um pouco em meu chocolate?
Ela pegou uma garrafa que parecia ter sido guardada por quinhentos anos e abriu, servindo um pouco do líquido à sua cliente. Pode perceber suas cicatrizes assim que ela se aproximou, cobrindo levemente a bochecha esquerda. Era uma mulher bonita, mas carregava na pele, muitas marcas da vida. Ela abaixou os olhos e tomou um gole do chocorum.
-Muito bom.
-Você é dessa cidade?
-Não, estou de passagem. Amanhã vou embora.
-Tem lugar para ficar?
A mulher tinha-se sentado agora em sua mesa, mostrando um sentimento que era claro desde a primeira vez que a tinha avistado, solidão. Seu avental cobria-lhe as pernas brancas e os cabelos loiros caíam-lhe pelo rosto. Devia ter entre trinta anos. 
-Vou dormir em algum albergue.
Ela a indicou uma placa com os olhos. "Lara's Café e Albergue".
-Vou preparar sua cama. Você prefere lençóis ou cobertores?
-Os dois, por favor.
                                            Bruca.


Longe de meu leito,
deleitos em meu peito.

Thursday, March 19, 2009

Wednesday, March 18, 2009

Margarida.



A alegria não é difícil.
Fique atento no seu canto.
Basta uma margarida na sua fossa.

De amar em cantos.

Tem certeza que não quer ficar?
Tanta coisa pra dizer, tantos morangos pra comer.
Você não fica? Porque não?
Amanhã já vai nascer, assim que o sol se levantar na linha do horizonte.
Fica, por favor. Teu cheiro faz falta quando partes.
É melhor. Tudo vai melhorar, você sabe, não sabe?
Eu vou melhorar. Você entende?
Fica, por favor.

You're golden, man.

I took the Polaroid down my room, I'm pretty sure you have a new girlfriend.
It's not as if I don't like you, it just makes me sad whenever I see it.
Cause I like to be gone most of the time, and you like to be home most of the time.
If I stay in one place, I lose my mind. I'm a pretty impossible lady to be with.

Bye bye, Clodô.
                         Cary the news. 

Tuesday, March 17, 2009

Cansei de me esquivar.
Vou voltar a ser como era antes.
It's bitter baby,
And it's very sweet.
I'm on a rollercoaster,
but I'm on my feet.
Take me to the river,
Let me on your shore.
I'll be coming back baby,
I'll be coming back for more.
Mudei. Cortei o cabelo, comprei um novo batom. Estou saindo de casa, te deixando pra trás. Não pensa que é por falta de compaixão, carinho. A paciência acabou. A minha, a tua. Estou partindo amanhã para algum lugar da Europa. Também estou levando o LP do Cartola, para lembrar de você de vez em quando. Você me fez bem. Não tenho muito mais à dizer que um obrigada. Mas vou te deixar. Não te conto pra onde vou, não venha me procurar. Me deixe no passado, como um sonho bom que te atormentou em uma noite solitária. Procura um outro amor. De mim você não precisa mais. Eu não fui ninguém. Eu não sou. Tenho que me achar.

Ps: Não esquece de regar as plantas.

Monday, March 16, 2009

Papo de Bohêmio.



Pela voz de Elza, pela letra e pela batucada que causa arrepios.

Sunday, March 15, 2009

...when your twilight is red, purple and yellow...

If it's gray or blue, your sky is the prettiest, Gate.

Friday, March 13, 2009

Todo mundo virou gay.

Wednesday, March 11, 2009

Sadness.

I chose to quit elaboring stuff I don't understand about and stuff that makes me sad. I can't think of a better word than "sad" because there is no other. It's when my lower lips get thicker and my eyes always look down. Oh, and my eyebrows, of course, curve as if I was those Teddy Bears from the 80's. That's sadness, and people notice. The worst part is when they ask you why are you "like this". Sadness is a shame. You never want to say the word. Never want to explain what makes you that way. In fact, changing face would be perfect, but it's impossible to make the shadowed eyes go away. That's when you say: 
"It's nothing. I'm okay. Seriously."
Nobody believes. Nobody leaves you. Nobody gets their sights out of you. They want to know, to ask, to understand why is your "heart broken". And it's unecessary. It just happens that you don't feel like talking. You want to think and cry. Just be alone with a television in front of you, because televisions are the cure for instentaneal sadness. You criticize everything in it, because it is a bad resource of interesting facts. It's the best moment to watch it, only to put the world away and say: "fuck this shit, there are worst stuff in this world than myself, you know?".

Tuesday, March 10, 2009

But I won't regret
'Cause you can grow flowers
From where dirt used to be
Somos tão jovens...

Meninos e meninas.

Quero me encontrar mas não sei onde estou.
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo,
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita.
Tenho quase certeza que eu não sou daqui.
Acho que gosto de São Paulo.
Gosto de São João.
Gosto de São Francisco
E São Sebastião.
E eu gosto de meninos e meninas.
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre.
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente.
Estou cansado de bater e ninguém abrir.
Você me deixou sentindo tanto frio.
Não sei mais o que dizer.
Te fiz comida.
Velei teu sono.
Fui teu amigo.
Te levei comigo e me diz:
Pra mim o que é que ficou?
Me deixa ver como viver é bom.
Não é a vida como está e sim as coisas como são.
Você não quis tentar me ajudar,
Então a culpa é de quem?
A culpa é de quem?
Eu canto em português errado.
Acho que o imperfeito não participa do passado.
Troco as pessoas.
Troco os pronomes.
Preciso de oxigênio.
Preciso ter amigos.
Preciso de dinheiro.
Preciso de carinho.
Acho que te amava.
Agora acho que te odeio.
São tudo pequenas coisas.
E tudo deve passar.
Acho que gosto de São Paulo.
Gosto de São João.
Gosto de São Francisco
E São Sebastião.
E eu gosto de meninos e meninas.

Monday, March 9, 2009

Corpo em música.

Ando com passos de Gardel pra lá,
pés que batucam Cartola e bamba,
lábios da Bossa vermelha,
mãos agitadas do Bowie.

Me pegou uma salsa na cintura,
um Vivaldi na garganta,
e Radiohead nas lágrimas,
com cabelos de flamenco.

Minhas pernas se transformaram em frevo,
minha língua em Jesus and Mary Chain,
a barriga me carregou pra um forró
e a alma partiu em uma pitada de Tom Zé.

O Velho e o Moço.

Deixo tudo assim.
Não me importo em ver
A idade em mim.
Eu ouço o que convêm.
Eu gosto é do gasto.

Sei do incomodo.
E ela tem razão
Quando vem dizer que eu preciso sim
De todo cuidado.

E se eu fosse o primeiro
A voltar pra mudar o que eu fiz
Quem então agora eu seria?

Ah, tanto faz.
Que o que não foi não é.
Eu sei que ainda vou voltar
Mas eu quem será?

Deixo tudo assim.
Não me acanho em ver
Vaidade em mim.
Eu digo o que condiz.
Eu gosto do estrago.

Sei do escândalo.
E eles têm razão quando vem dizer
Que eu não sei medir
Nem tempo e nem medo.

E se eu fosse o primeiro
A prever e poder desistir
do que for dar errado?

Ah, ora se não sou eu quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão.
Ah, se o que eu sou é também 
O que eu escolhi ser,
Aceito a condição.

Vou levando assim.
Que o acaso é o amigo
Do meu coração,
Quando fala comigo.
Quando eu sei ouvir.
Me conta uma coisa... como você conseguiu esse teu temperamento tranquilo? Tirou daonde? Eu queria ter essa calmaria que você tem, sabe? Essa paz, esse sossego... sempre que olho pra você, imagino uma praia com uma cadeira de palha e um chapéu-côco, pra tapar o sol... uma água de côco do lado, um cigarro de tabaco natural, feito à mão e a água do mar todinha azul clara. As pessoas me dizem que eu remeto a idéia de um bueiro, uma valeta cinza e com muita água suja passando todo o tempo, sem conseguir serenar. Se água não passa, chuva cái. E quando transborda, é uma desordem, um caos. Eu gosto mais da idéia da praia, sabe? Será que dá pra fazer da valeta uma rede pra deitar?

Sonhos Disparates.

Eu era rica. Tinha uma casa com piscina, empregada, cachorros, gatos, sala com TV imensa, vídeo-games e lavanderia toda branca. Era uma casa de vidro, bem arejada e aberta. Pelo visto, tinha dinheiro pelo fato de ser famosa, pois assim que atendi o telefone que começou a tocar, percebi que era a voz da cantora Rihanna. Nunca gostei da sua música, mas a acho linda. Talvez foi por isso que apareceu em meus sonhos. Ao falar com ela pelo telefone, ela me disse que tinha dois convites para seu show e queria me presentear com eles, pois gostava muito do meu trabalho. Fui então com meu marido ao show, já que ela tinha sido tão simpática comigo e não custaria nada ver mais uma apresentação na minha vida. Lembro que era um lugar rosa, para 50 pessoas, um show particular. Estávamos sentados na primeira fileira, junto à outras pessoas desconhecidas. Rihanna entrou no palco e fez uma apresentação linda. Eu cochichava baixinho no ouvido do Klaus: " Essa música eu não gosto... será que vai tocar aquela mais legalzinha?." Ele me olhava com uma cara de espantado, como se quisesse sair dali rapidamente. Eram muitas cores, luzes e bundas mexendo. A Rihanna tinha um corpo magnífico e um cabelo que não dava para entender de tão lindo. Ela me olhava na platéia e acenava de cinco em cinco minutos. Eu começei a gostar do show, e me soltei, dançando na cadeira. Ela então me puxou e começamos a dançar juntas, e eu sabia todas as coreografias(coisa de filme)! Rihanna adorou e no fim, ainda me deu um selinho, como se fosse pra ficar sexy. O show foi ótimo e ela insistiu em ir pra minha casa conversar. Tínhamos virado amigas! Eu e Rihanna, imagine. Ela começou a morar na minha casa e pulava na piscina com os cabelos soltos, mas não podia pois o cloro não fazia bem ao cabelo. Mas ali, naquele lugar, ela soltava os cabelos na água. Estávamos na piscina quando ela me contou o porque de estar ali comigo e não querer ir embora. "Eu tô com medo do Chris Brown... ele me arranhou e me bateu... me protege?". Então eu disse que ela poderia ficar ali em casa quando quisesse e a minha família não se importava, até gostava dela. Ela me abraçou e agradeceu, ficando muito feliz. Fazia sanduíches na cozinha, andava pela casa descalça, nem parecia aquela Rihanna que a gente costumava ver na TV.
Quanto tempo dura o amor?

Sunday, March 8, 2009

Saturday, March 7, 2009

Lençóis e mãos.

No quarto a meia luz as suas pernas misturavam-se ao lençol florido, os braços dele se perdiam por entre sombras e penumbras e seus corpos confundiam-se em ausências e presenças... De olhos fechados, ela sentia que as linhas do seu próprio corpo o guiavam numa dança infinita e não precisava de mais nada, apenas desse eterno bailar que por entre toques e cheiros fazia com que todos os sons se perdessem em loucoscompassos.

Olívia D'Agnoluzzo.

Meu ode.

Ela é única
O aroma, luz e sabor
Tudo dela, só dela
Imprevisível, carinhosa
Beleza pura e despreocupada
Que faz rir, que faz sofrer

Única
No céu de uma só estrela, ela brilha
Faz-se de sol, se faz de lua
Da minha janela eu observo
E espero pela sorte de no outro dia ainda tê-la

Em um dia de rosas colombianas na porta do teatro.

Deixo tudo assim.

Adeus.

Roberto usava um terno social pois tinha acabado de voltar do trabalho. Estava molhado, pois a chuva era tão forte que atrapalhava até mesmo os que tinham carro. Tinha recebido uma ligação aquela tarde. Esperava por ela há sete anos. Já em casa, percebeu que era o momento de ele entrar por aquela porta cor de vinho e dizer à ela o que sentia, finalmente.
-Eu nunca gostei de você.
-O quê?
-Fiquei por que devia. Era minha solução para fugir do mundo e de mim mesmo. Você era algo totalmente diferente do que sou e era disso que eu precisava.
(Marilu era uma mulher linda, com lábios carnudos e pernas salientes e morenas. Tinha medo do abandonamento e era bipolar e depressiva).
-Roberto, para com isso. Você adora fazer piadas sem graça.
-Não é piada, Marilu. Dessa vez não é.
-O teu tom de voz...
-Você sabia que esse dia chegaria. Sabia que eu nunca te amei. E eu entendo teu lado, Marilu. Todo mundo têm o coração na mão um dia. Eu sei...
-Não, você não tem idéia, Roberto.
(Os olhos de Marilu se enchiam de lágrimas agora, mas o soluço continha-se. Ela sentou-se no sofá sem encosto de cor bege e pôs a cabeça para baixo. Roberto se aproximou da porta.)
-Eu tenho que ir. Meus livros eu busco depois. Não queima nenhum deles, por favor.
-Roberto, pelo amor de Deus...
-Esse não é meu lugar. Você sabe disso, você sabe que nunca foi e que um dia isso tudo aconteceria. Não sabia?
-Porque você tem que fazer isso comigo hoje, Roberto? E a tua sensibilidade?
-Eu não escolhi o dia pra vomitar meus sentimentos.
-Você esperou sete anos pra me abandonar e faz isso no nosso aniversário? Então é isso que durou? Sete anos? Posso fechar a conta e mandá-la pra tua nova casa?
-Não durou sete anos, Marilu. Não durou nem um segundo. Você sabe quem- o que- eu quero.
-É alguém, né?
-Não... Sim.
-Sempre foi?
-Não...
-Sempre foi, Roberto?
-Sim.
-Então vai.
-Marilu...
-Vai embora e me deixa sozinha com meu pranto.
-Eu queria poder explic...
-VAI EMBORA.
-Eu busco meus livros semana que vem.
(A porta tinha sido cerrada. No fundo do apartamento, "A Outra" tocava na radiola e Marilu tratou de não chorar, limpando as lágrimas anteriores. Levantou-se com seu salto preto e sua roupa vermelha que tinha comprado para a ocasião, soltou os cabelos negros amarrados em um coque e dirigiu-se à janela. Olhou para fora como se o mundo fosse asqueroso e não aguentou muito tempo ali. Foi até a sala, ascendeu as chamas da lareira, se dirigiu até a estantes de livros, pegou um Gabeira, um Fante, um Goethe e lentamente, como alguém que matasse um amor com uma faca de aço, colocou página por página entre as labaredas de fogo fraco. Marilu aumentou o fogo, se aproximando cada vez mais. Já não se importava em deixar o braço cada vez mais perto do fogo. Quando tocava "... que não demora pra essa dor sangrar", Marilu se posionou levemente dentro da lareira, e não se preocupou em chorar. As chamas secavam suas lágrimas.)

Magnólias com leite.


O ácido tinha deixado meus lábios.
Reproduzia-se o doce gosto de você, invadindo minha boca.
Havia três meses que eu esperava teu gosto de magnólias atiradas ao leite,
e aquele toque leve de mel ou caramelo que nunca soube distinguir.
Tuas mãos feito algodão doce tocavam minha cintura e teus lábios de amêndoa tocavam meus lábios sedentos de açúcar. Já o acre que minha boca continha há tempos, desaparecia, dando espaço não à solidão, mas ao teu doce, doce gosto. Aos teus leves e agradáveis sabores.

Friday, March 6, 2009

Esse palco.


Ah, esse chão.
Chão de choro, de riso, de sensações.
O meu chão de rodas, de pés aterrados e meus cachos em volta.
O chão que transcende, que transforma.
O chão dos corpos estendidos, das idéias espalhadas por si como um jogo de cartas e dos sentimentos à beira das línguas.
O chão marrom dos meus sonhos, o chão gélido.
Aquele chão que revela-se na mente em desventuras desditas.
O chão onde segredos são recitados e ocultos entre as cortinas negras.
O chão que ouve juras de amor, loucuras, promessas, choramingos de crianças e a nudez da índole humana.
O chão que abre o peito e trás os Deuses para assistirem as entranhas da arte.
O chão que sustenta aplausos.
O chão de amores, que suporta luzes coloridas de palco e camarim.
O chão das atrizes, dos atores, dos diretores, dos iluminadores, dos sonoplastas, dos maquiadores, dos artistas!
O chão que transborda sonhos e sensibilidade, sabor e fragâncias.
O chão das rosas vermelhas atiradas à sua bela incoveniência.
O meu chão. Aquele que um dia deixei atrás de mim, para poder relembrar.

Foto por Nina Antunes.

Mister Jones and the bananas.

I went down to a party
and they told me to forget
about my last fucking boyfriend
'cause they knew a new kind of man.

That kind of guy they told me
made my eyes turn shining bright.
If I tell you, you won't believe
but yes, he had a huge and yellow car.

He has a playstation.
(yes, he does)
He loves ghostbusters.
(yes, he does)
he is pretty, pretty kind.
(tcha tcha tcha tcha)
But sorry, he's already mine.

Say hello to Mister Jones,
he's a really, really, really neat man.
Say hello to Mister Jones,
Ok, I'll let you shake his hand.

2005.

Alala.

She said call me now baby, and I'd come a running.
She said call me now baby, and I'd come a running.
If you'd call me now, baby then I'd come a running.

I'm on call, to be there.
One and all, to be there.
And When I fall, to pieces.
Lord you know, I'll be there waiting.

To be there.
To be there.

I'm on call, to be there.
One and all, to be there.
And When I fall, to pieces.
Lord you know, I'll be there waiting.

I'm gon' brawl, so be there.
One for all, I'll be there.
And when they fall, to pieces.
Lord you know, I'll be there laughing.

I'd come a running.
I'd come a running.
I'd come a running.

To be there.
To be there.

I'm on call, to be there.
I'm on call, to be there.
I'm on call, to be there.
I'm on call, to be there.

http://www.youtube.com/watch?v=6EA7-QANdxU
http://www.youtube.com/watch?v=z1n7LlsWrVk
Receita:
"Muro de Pedra" com o som de "On call".
Fica perfeito.

Breakout.

You can see this on my face,
It's all for you.
The more and more I take,
I break right through.
Therapy still scares me,
Putting me on my back again.
I may be crazy, little frayed around the ends.
One of these days I'll phase you out.
Burn it in the blast off watching me crawl away.
Try to get out. Try to get out!

Thursday, March 5, 2009

a você, todas as palavras que eu nunca vou conseguir dizer.

De Nina, pra mim.

Wednesday, March 4, 2009

Chinesa querendo beijar.

Eu fico mais bonita com você.

Ó, chuva.

Se acabar não acostumando.
Se acabar parado calado.
Se acabar baixinho chorando.
Se acabar meio abandonado.
Morreu na contramão atrapalhando o sábado.

Domingo no parque.


O rei da brincadeira (ê, José)
O rei da confusão (ê, João)
Um trabalhava na feira (ê, José)
Outro na construção (ê, João)
A semana passada, no fim da semana
João resolveu não brigar.
No domingo de tarde, saiu apressado
E não foi pra Ribeira jogar capoeira.
Não foi lá. Pra Ribeira, foi namorar.
O José como sempre no fim de semana,
Guardou a barraca e sumiu.
Foi fazer no domingo um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio.
Foi no parque que ele avistou:
Juliana foi que ele viu. Foi que ele viu,
Juliana na roda com João.
Uma rosa e um sorvete na mão.
Juliana, seu sonho, uma ilusão.
Juliana e o amigo João.
O espinho da rosa feriu Zé.
E o sorvete gelou seu coração.
O sorvete e a rosa (ô, José)
A rosa e o sorvete (ô, José)
Foi coçando no peito (ô, José)
Do José brincalhão (ô, José)
O sorvete e a rosa (ô, José)
A rosa e o sorvete (ô, José)
Oi, girando na mente (ô, José)
Do José brincalhão (ô, José)
Juliana girando (ô, girando)
Oi, na roda gigante (ô, girando)
Oi, na roda gigante (ô, girando)
O amigo João (ô, João)
O sorvete é morango (é vermelho)
Oi, girando e a rosa (é vermelha)
Oi, girando, girando (é vermelha)
Oi, girando, girando...
Olha a faca! (Olha a faca!)
Olha o sangue na mão (ê, José)
Juliana no chão (ê, José)
Outro corpo caído (ê, José)
Seu amigo João (ê, José)
Amanhã não tem feira (ê, José)
Não tem mais construção (ê, João)
Não tem mais brincadeira (ê, José)
Não tem mais confusão (ê, João)

Resignado e mudo.


Camélia ficou viúva.
Joana se apaixonou.
Maria tentou a morte por causa do seu amor.

Tuesday, March 3, 2009

O tempo vai passar.

Love me tender.

Monday, March 2, 2009

Nos ponteiros.

Te apressa, meu bem. Não tem muito tempo.

À primeira vista.

Quando não tinha nada, eu quis.
Quando tudo era ausência, esperei.
Quando tive frio, tremi.
Quando tive coragem, liguei.

Quando chegou carta, abri.
Quando ouvi Prince, dancei.
Quando o olho brilhou, entendi.
Quando criei asas, voei.

Sunday, March 1, 2009

Ela falava. Vomitava palavras de insegurança e desajeito sobre si mesma, de quem quer provar alguma substância de certeza sobre si mesma. Falava de suas experiências, amores, paixões. Lavava a alma fingindo ser tudo aquilo que é por si só, sem ajuda de ninguém. Mostrava ser mulher, com toda a inocência de uma criança na voz. Os olhos marejavam entre nervosismo e ansiedade para provar algo para alguém que detia tremores e batimentos cardíacos, sabendo que tudo que declarava era piegas e que na verdade, ela apenas seguia. Seguia o mar, assim como devia ser seguido. E o mar tinha seu próprio ritmo, suas próprias ondas. E a menina se desequilibrava nesses movimentos ao falar de suas lembranças que nunca existiram. Era dela, como Abigail. Acreditava nelas. E se sentia trôpega quando o mar lavava seu corpo com mais uma onda forte já destinada. Não entendia. Nunca entenderia, pois era assim. Era destinada simplesmente a ser assim, desnorteada. Querendo seguir o mar de gente ao seu redor.