Outra terça-feira noturna.
Caem flores no quintal.
Observo da janela a pouca luminosidade que cai da lua sobre o pedaço de jardim.
Meu olhar tristonho faz pesar as partes cor-de-rosa das flores, tornando-as um bordô um pouco morto.
Imagino-te.
Deitada comodamente em seu peito, ouço histórias de quando eras pequeno.
Inconscientemente, ajeito e desajeito a barra da sua blusa.
Você enrola nos dedos, meus cachos morenos.
Exalas uma fragrância singular que me causa uma nostalgia de alguma época da minha vida já enterrada. Não lembro de como ou onde, mas tua presença me trazia memórias ocultas.
Ainda sentindo seu cheiro, abro os olhos e as flores do quintal são agora de um vermelho vivo.
''O telefone está logo ao lado.''
Tuesday, July 15, 2008
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