Saudade.

Minha terra dá saudades.
O cheiro, a sensação, o tempo chato.
O chocolate quente no Café, os shoppings lotados nos fins de semana, as pessoas com um espírito de cidade pequena enquanto vivem em uma metrópole.
Os amigos, os telfonemas, os abraços e carinhos.
Os estudos, os passeios, o ''não preciso de GPS''.
O ônibus, o teatro, a casa.
A família, os cachorros, a casa da vó na Padre Anchieta.
A rodoviária, a boa sensação de viajar e voltar, o aeroporto.
A coca.com.gelo e os bolinhos de queijo na Fnac.
O jeitinho brasileiro de entrar em bares e shows.
O poder beber uma cerveja com os amigos.
O dar gargalhadas no meio da rua sem ter preocupações.
O não poder usar salto pois os paralelepípedos são fora do lugar.
O pisar no chão e sentir-me segura.
O cheirinho no pescoço dos amigos e amigas ao chegar no Pé de surpresa.
O camarim, a mãe, as irmãs.
A pintura, o falar português no palco.
O ir a casa do meu pai comer batata frita com bife bem caseiramente.
O Kharina no batel nos dias que se está acordado de madrugada.
A Phill e as patricinhas.
O ir para casa de ônibus, passar por todos os lugares tão bem conhecidos.
As feirinhas lotadas com acarajé e mandioca voando pra tudo quanto e lado.
O Largo, o Festival de Teatro, o frio.
O calor, os dias passados em Morretes, com barreado e tobogã que dava pro rio gelado.
O sorvete e chips de banana.
Doce de leite, creme de leite, leite condensado.
As brigas no meio da praça e os reconcilhiamentos no fim do dia.
Os sapatos gastos de tanto andar.
O chegar em casa cansada e deitar na cama.
O telefone tocando antes de ir dormir e a reclamacão já automática: quem tá ligando a essa hora?
O atender do telefone.
O ouvir: Tem feira amanhã, vamos?