Saturday, January 31, 2009

Today I understood.
You know when you feel pathetic for years, for many days without noticing how really wonderful life is, with all its winds, suns and waters. It's just a day to make you understand. And today was it.

Thursday, January 29, 2009


...e aí dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou...
Deixa a tristeza pra lá, vem comer, vem jantar.
Sarapatel, caruru, tucupi, tacacá.

O Ritmo da Chuva.

Eu tô grávida de uma nota musical.
She could spit in the eyes of fools.

Wednesday, January 28, 2009

Ya no sé que hacer conmigo.



Ya tuve que ir obligado a misa.
Ya toque en el piano para elisa.
Ya aprendí a falsear mi sonrisa.
Ya camine por la cornisa.

Ya cambie de lugar mi cama.
Ya hice comedia.
Ya hice drama.

Fui concreto
y me fui por las ramas.
Ya me hice el bueno 
y tuve mala fama.

Ya fue ético
y fui errático.
Ya fui escéptico 
y fui fanático.

Ya fui abúlico 
y metódico.
Ya fui púdico. 
Fui caótico.

Ya leí Arthur Conan Doyle.
Ya me pase de nafta a gas oil.
Ya leí a Bretón y a Mollier.
Ya dormí en colchón y en sommier.

Ya me cambie el pelo de color.
Ya estuve en contra y estuve a favor.
Lo que me daba placer ahora me da dolor.
Ya estuve al otro lado del mostrador.

Y oigo una voz 
que dice sin razón: 
vos siempre cambiando, 
ya no cambias más.
Y yo estoy cada vez más igual.
Ya no sé que hacer conmigo.

Ya me ahogue en un vaso de agua.
Ya plante café en nicaragua.
Ya me fui a probar suerte a USA.
Ya jugué a la ruleta rusa.

Ya creí en los marcianos.
Ya fui ovolazo vegetariano, sano.
Fui quieto y fui gitano.
Ya estuve tranqui, 
y estuve hasta las manos.

Hice el curso de mitología 
pero de mi los dioses se reían.
Orfebrería la salve raspando 
y ritmologia aquí las estoy aplicando.

Ya probé. 
Ya fume.
Ya tome. 
Ya deje.
Ya firme.
Ya viaje.
Ya pegue.
Ya sufrí.
Ya eludí. 
Ya huí.
Ya subí.
Ya me fui.
Ya volví.
Ya fingí.
Ya mentí.

Y entre tantas falsedade 
muchas de mis mentiras ya son verdades.
Hice fácil adversidades 
y me complique en las miniedades.

Y oigo una voz 
que dice con razón: 
vos siempre cambiando, 
ya no cambias más.
Y yo estoy cada vez más igual.
Ya no sé que hacer conmigo.

Adentro.
Ya me hice un lifting.
Me puse un piercing.
Fui a ver al dream team.
Y no hubo feeling.

Me tatué al Che en una nalga
arriba de mami para que no se salga.
Ya me reí y me importo un bledo
de cosas y gente que ahora me dan miedo.
Ayude por causas al pedo. 
Ya me empache con pollo al spiedo.

Ya fui al psicólogo. 
Fui al teólogo.
Fui al astrólogo. 
Fui al enólogo.

Ya fui alcohólico 
y fui lambeta.
Ya fui anónimo 
y ya hice dieta.

Ya lance piedras y escupitajos 
al lugar donde ahora trabajo.
Y mi legajo cuenta a destajo
que me porte bien 
y que arme relajo.

Y oigo una voz 
que dice sin razón: 
vos siempre cambiando 
ya no cambias más.
Y yo estoy cada vez más igual.
Ya no sé que hacer conmigo.
Quero rede e tangerina.
Quero o peixe desse mar.
Quero o vento dessa praia.
Quero azul, quero ficar.

Tuesday, January 27, 2009

Porque que a gente não tem sono quando quer desmaiar?

No sono.

Nas horas vagas que eu me pego pensando em você.
Disfarço, escondo os cílios entre os travesseiros dos meus dedos.
Dou a suposta razão da minha insônia para o mundo: é... stress.
E não me adianta carneiros, leite quente, banho morno, maracujá.
É como uma anfetamina que grudasse em meu corpo e levantasse minhas pálpebras quase que como de castigo.
E até quando elas se fecham, devagar e espontâneas, é você que aparece antes da noite me balançar em sua rede de sonhos.
Doutor, o que é isso na minha barriga? Você vê, doutor? É uma mancha, uma mancha enorme, doutor. A cada dia ela se alastra, viu. Veja só, doutor. Tá ficando maior, enxerga? Tá crescendo, crescendo, crescendo, que nem barriga de grávida, doutor. Será que vai ficar do meu tamanho, essa mancha, doutor? Doutor, doutor, tira essa mancha de mim, doutor. Eu não quero a mancha, doutor. Me ajuda, doutor. Tira, tira, doutor. Ela dói, arde, come minha pele, doutor. Pelo amor de Deus, doutor. 
Me alcança o veneno?

Sinos.

Sai.
Vai embora e fecha a porta.
É mais fácil assim, não é? Não foi você quem falou que as coisas seriam mais fáceis na minha ausência?
Eu devoro teus favores, tuas palavras de mal-carinho.
Agora vai.
Sai, sem fazer barulho ou estardalhaço.
O trinco da porta já está bem roto das tuas andanças.

Monday, January 26, 2009

Perdi meus rios.

Eu não me aguento mais.
Não aguento mais as brigas, as chatices, as falações.
Meus ouvidos estão cheios, minha boca não silencia, meu coração quer se proteger.
E eles dizem que é melhor ter tudo isso por perto.
Quero meu pequeno pedaço de liberdade interior, onde meu coração bate mais devagar e sinto o cheiro e o som das coisas ao meu redor.
Não quero me preocupar com imagem, com o meu exterior, com meu status internacional e interessante.
Não quero ser interessante. Não quero mais você tão perto de mim.

Who you gonna call?

Sunday, January 25, 2009

Return I will.



Quando o coração bate mais forte que vitamina.

Friday, January 23, 2009

Era uma vez, uma Olívia.



Era uma vez uma Olívia. Uma vez que tornou-se infinita.
Uma Olívia que de irmã me chamava e que sentia a minha barriga, meus calos, meus sorrisos e meus choros à milhas de distância. 
Uma Olívia com o cabelo lisinho, unhas bonitas e olhos castanhos que eu sempre achei que fossem verdes, por ela se chamar Olívia. 
Uma Olívia sentada nos banquinhos coloridos, encostada nas colunas laranjas e comendo mousse de maracujá bem amarelinho com sementes por cima. 
Uma Olívia metidinha, que me virou a cara, foi grossa e fingiu que eu não existia. 
Uma Olívia que depois de uma semana começou a mexer nos meus cabelos nas aulas de teatro e comentar sobre minhas meias furadinhas.
Uma Olívia, existia, que tinha uma coleção imensa de terços de todas as cores, tamanhos e formatos e morria de orgulho dela... 
Uma Olívia de Cascavel! 
Uma Olívia, a que colocava pé com pé quando estávamos na roda do começo da aula. 
Uma Olívia que dava abraço com os braços por cima do ombro e ficava nas pontas dos pés, balançando para um lado e para o outro.
Uma Olívia que deitava ao meu lado no chão da Caixa Preta pra conversar, conversar, conversar com os joelhos dobrados e os olhos fixos no teto. 
Uma Olívia que dividia tapiocas de leite condensado e morango no domingo de manhã. 
Uma Olívia que tirava fotos lindas, com um ar antigo.
Uma Olívia que gostava de sentar de perna de índio na grama da Casa Lilás.
Uma Olívia que era apaixonada por rosas, sonhos e sorrisos. 
E mais uma Olívia que tinha tantos, tantos segredos e confissões contados no camarim, com luzinhas coloridas acesas. 
Uma Olívia que se apaixonou perdidamente e que não conseguia abrir os olhos, pois se jogava do abismo de olhos fechados, tentando aproveitar o máximo dele.
A Olívia de mudanças e choros, pois é difícil mudar.
Uma Olívia de macacões da companhia de Balé da Betina!
Uma Olívia de tantas meias coloridas e sapatos e saias e vestidos e cachecóis. 
A Olívia que formou uma nova família entre nós, com mãe e mil irmãos. 
A Olívia da risada absurda, pois ri com o corpo todo.
A Olívia que destrói palcos de tão boa atriz que é, com olhos brilhantes e expressões teatrais.
Uma Olívia que ama Brunas, Karóis, Boings, Thaíses, Flávias, Maíras, Fátimas, Chicos, Nicoles, Sols, Janas, Diegos, Renatas, Rafaéis, Éricas, Gius e inúmeros outros amores.
Uma Olívia dos três pratos de trigo para um tigre triste e do tagarelarei.
Uma Olívia que tem que comprar um colchão novo pras amigas dormirem na casa dela.
A Olívia da parede de mil e um ingressos.
Uma Olívia que ama Caio e Chico de paixão.
Uma Olívia que tem textos de teatro fixionados na sua cabeça e os fala quando está sozinha andando na rua.
Uma Olívia que reclama do nariz.
Uma Olívia que bebe muita Bohemia.
A Olívia das cores, flores e amores.
Uma Olívia que tem peitões!
Uma Olívia que foi puxada pela mão por uma tal de vida e foi vivê-la com maior intensidade, em outros lugares, em outros caminhos.
Uma Olívia que agora fala alemão!
Uma Olívia que vai pra Paris e vai trazer uma Torre Eiffel em miniatura pra mim, se não for muito caro.
Uma Olívia que ama comer petit gateâu e brownies.
Uma Olívia que gosta de fuscas e All Stars.
Uma Olívia que prefere muito mais música brasileira que internacional.
Uma Olívia que tem pernas tão grandes que enche o saco do Pedro pra colocar o banco mais pra frente quando pede carona.
Uma Olívia que fez solidões, pacientes, apaixonadas à beira de um telefone e meninas de favela.
A Olívia que é a Olívia, sem nenhum por acaso ou dá licensa.
Uma Olívia D'agnoluzzo.
Uma irmã.

Te amo, guria. Seja muito feliz.
A primeira sensação, comichão interno.
Coriza distribui-se, as narinas se abrem.
Os lábios se afastam levemente, deixando um fio franzinho e transparente por entre os dois beiços. As pálpebras dos olhos começam a se aproximar, como se fossem cerrar-se. Nesse momento, vê-se a leve silhueta dos cílios e com um movimento brusco, o corpo até então muito leviano, rompe em uma sinfonia imprevista onde pés, panturrilhas, lábios e fios de cabelo deslocam-se brutamente.

Desculpe, espirrei.

El Mundo.

Thursday, January 22, 2009

À uma petite amie.


Karol dos parques de diversões,
da vida dividida,
de segredos,
de mãos.

Karol dos anéis que separam a vida,
dos sorrisos com leves covinhas,
das olheiras profundas,
das blusas verdes.

Karol das reclamações de sombrancelhas,
dos elogios extremamente espontâneos,
das opiniões formadas,
das fitas vermelhas.

Karol dos cachecóis coloridos,
dos ótimos abraços,
de coração
e só.

One of us!

Calem-se.

Calem as bocas!
Silêncio.
Vocês não entendem que aqui dentro são existentes bens muito mais importantes que suas perguntas contundentes e rudes e incultas e grosseiras?
Não vêem os sentimentos borbulhando dentro de vocês, querendo explorar o mundo e sair de suas casas antiquadas e sórdidas?
Observem seus dedos das mãos, dos pés. Vermelhos, encarnados, vivos. E os poros fechados, por pura intenção. 
Calem as bocas! 
Escutem o mundo.
Escutem os barulhos de cada máquina, de cada ser, de cada matéria.
Os átomos falam, deixem-lhes falar! 
Calem a boca. 
Crianças imundas de oitenta anos que intitulam-se mestres, maestros, madames.
Calem as bocas, os lábios, as vozes.
Abram o mundo. 

Aulas de espanhol com Quino.

Quero genitais todas as nossas superfícies.

e às vezes sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho,
lágrimas.

Por fora.


Os marcadores de página se tornaram agora, cartões postais.
Vivem e revivem em cores, trazendo lembranças de lugares conhecidos.
Em si, viveram histórias, com amores que pisaram em seus chãos e olhos arregalados por ver tanta beleza natural, urbana, cortês.
Alguns mostram lembranças próximas, outros lugares breves. 
Pelo mundo foram, com o título:
"Marcador de páginas. Não use-o para outros fundos."

Diagnóstico: Paixão.

Preparei uma roda de samba só pra ele,
Mas se ele não sambar, isso é problema dele.
Entreguei um palpite seguro só pra ele,
Mas se ele não jogar, isso é problema dele.

Isso é problema dele.
Isso é problema dele.
Isso é problema dele.
Esse problema é só dele.

Tô cansada de andar por ai curtindo o que não é.
Preocupada em pintar uma jogada que da pé.
Só que tem que eu to numa tão certa que ninguém me diz
Quem eu sou o que devo fazer o que eu não fiz.

Separei um pedaço de bolo só pra ele,
Mas se ele não provar, isso é problema dele.
Inventei na semana um domingo só pra ele,
Se ele for trabalhar, isso é problema dele.

Tô cansada de andar por ai curtindo o que não é.
Preocupada em pintar uma jogada que da pé.
Só que tem que eu to numa tão certa que ninguém me diz
Quem eu sou, o que devo fazer o que eu não fiz.

Comprei roupa, sandália e sapato só pra ele,
Mas se ele não usar, isso é problema dele.
Aluguei uma roda gigante só pra ele,
Mas se ele não rodar, isso é problema dele.
Minha metralhadora cheia de mágoas.

Sem engano.

I don't care if Monday is black.
Tuesday, Wednesday - heart attack.
Thursday, never looking back.
It's Friday, I'm in love.

Wednesday, January 21, 2009

Tuesday, January 20, 2009

Eu tive uma idéia.
Vaguei pelo mundo.
Perdi meu cordão.
Lavei minha alma.
E tive medo.
Teve medo?
Tive amores... amores vãos.
Loucuras, espasmos.
Pudera.
Um punimento,
dois.
Louvei seres de mera pureza.
E amei os que não eram recíprocos.
Vivi história,
ciência,
línguas,
álgebra.
De todas as coisas,
de todo o todo,
só carrego comigo uma bengala,
a morte.
Meus sentimentos?
Roleta Russa.

Monday, January 19, 2009

Hey, Bush!
Vai tomar no cu!
Along the way, you bump into people who make a dent on your life. 
Some people get struck by lightning. 
Some are born to sit by a river. 
Some have an ear for music. 
Some are artists. 
Some swim the English Channel. 
Some know buttons. 
Some know Shakespeare. 
Some are mothers. 
And some people can dance.
{                                             }

Palavras.

Ando por aí querendo te encontrar.
Em cada esquina paro, em cada olhar.
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar.
Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva. 
Quero poder jurar que essa paixão jamais será palavras, apenas.
Palavras pequenas.
Palavras ao vento.

Manchas.

Luiza andava pela estrada com suas manchas descobertas, tomando um banho de lua.
Tinha seus olhos impregnados de tristeza, dor e arrependimento. 
Mal sabia Luiza que quando seus ohos demonstravam desamor, seu aborrecimento sumia à luz da lua. Ela, grande e amarela, arrancava toda a angústia pelas suas manchas, expostas ao céu e às estrelas. Luiza já não tinha mais, os olhos úmidos.

Coisa mais linda.

Coisa mais bonita é você,
Assim,
Justinho você.
Eu juro, eu não sei porque você.
Você é mais bonita que a flor,
Quem dera,
A primavera da flor
Tivesse todo esse aroma de beleza que é o amor
Perfumando a natureza,
Numa forma de mulher.
Porque tão linda assim não existe, a flor.
Nem mesmo a cor não existe.
E o amor,
Nem mesmo o amor existe.
Porque tão linda assim não existe.
A flor,
Nem mesmo a cor não existe.
E o amor,
Nem mesmo o amor existe.

Logo de manhã.

Esquadros.



Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores. Passeio pelo escuro. Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve. E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora. Ai, Eu quero chegar antes prá sinalizar o estar de cada coisa. Filtrar seus graus. Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone. E vendo doer a fome nos meninos que têm fome. Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela. Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado. Remoto controle. Eu ando pelo mundo e os automóveis correm para quê? As crianças correm para onde? Transito entre dois lados. De um lado eu gosto de opostos. Exponho o meu modo, me mostro. Eu canto para quem? Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela. Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado. Remoto controle. Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço. Meu amor, cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado. Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela, Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado. Remoto controle. Eu ando pelo mundo. E meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço. Meu amor, cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado. Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela, Quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado. Remoto controle.

Sunday, January 18, 2009

O antigo me apetece.

Saturday, January 17, 2009

Girl, put your record on.
Tell me your favorite song.

Friday, January 16, 2009

De bicicleta, 
de bermuda, 
mutante, 
bonita, 
solta, 
decidida, 
cheia de vida, 
etc e tal.
Cantando o 
yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê.
De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo
E de que modo sutil
Me derramou na camisa
Todas as flores de abril

Quem lhe disse que eu era
Riso sempre e nunca pranto?
Como se fosse a primavera 
Não sou tanto
No entanto, que espiritual
Você me dar uma rosa
De seu rosal principal

De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo

Ya.

Ai, meu Deus, que medo, que medo.
Ai, meu Deus, que lindo.

Monday, January 12, 2009

Minha pequerrucha:

Você nem imagina a felicidade que você me dá! Você é linda, Bruna!
Hoje é o primeiro dia que a gente passa fora da maternidade. Você é tão pequenininha... eu te amo tanto, minha linda... eu nem sei o que falar, só quero que você saiba que eu vou estar sempre ao seu lado, minha filhona querida! Eu tô deitada do teu lado, você hoje só quer saber de dormir e mamar, de vez em quando solta uma risadona, às vezes faz umas caretas lindas, espirra, soluça, você é linda!
O papai tá aqui do nosso lado, ele tá deslumbrado com você, não cansa de dizer que você é linda(você tem a boquinha dele!). Ele tá sendo um maridão, Bruninha, me ajudando muito, não dá nem pra explicar o que a gente sente por você!
Mamãe tá chorando, ao mesmo que tá escrevendo esta carta, mas é de felicidade filhona, você é nossa vida!
Eu e papai estamos muito felizes por você! Você nem imagina como você é importante pra gente. Minha linda, seja muito feliz!!!
Eu te amo eternamente.
Sua mãe e amiga,
Candice.

German Winter.


Olívia D'agnolluzo.

Friday, January 9, 2009

Eu te daria.

Ah, se toda flor fosse só minha,
Então, eu te daria esse meu jardim.
Ah, se todo sonho fosse meu,
Você seria o sonho que eu escolheria.
Ah, se esse céu fosse só meu,
As nuvens te daria e pra mim só restaria
Esse vazio que fica quando você se vai.

Klaus Fuchs.
Não é a solidão que se alastra aqui dentro.
É apenas o medo de oferecê-la aos outros.

Thursday, January 8, 2009

Nunca mais.

Hoje tive espasmos e agonias.
Vi cores que não desejava ver, ouvi sons que me arrepiaram a coluna.
Como em um pesadelo, pedi para parar. Choraminguei, deitei de lado. Respirei profundamente, como se estivesse em uma praia, relaxando. Os bichos da minha mente continuavam a perambular as paredes do quarto. Pedi ajuda, me agarrei a alguém. Via minhas mãos como estátuas geladas e seus rastros pairavam no ar, azuis, como espíritos gélidos. Nenhum lugar deixava minha mente em paz. Roía os lábios, sentia aranhas pelas costas. Gritava e falava com seres que não subsistiam. O medo me tomou completamente em seus braços e uma vez que tudo parou, marasmo. Tédio. Depressão.

Monday, January 5, 2009

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto.
Eu tô voltando.
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama.
Eu tô voltando.
Leva o chinelo pra sala de jantar que é lá mesmo que a mala eu vou largar.
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu tô voltando.
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor que eu tô voltando.

Dois Amores.

Hoje não me fiz lembrar.
Acho que é falta de asfalto;
de chão -melhor- de ar.
Hoje não pensei no que era ontem.
Juro.
Passei o dia, sobrevivi.
Rir é foda. Muito foda!
Minha barriga ainda dói
tem asfalto na minha meia.
Saudade, hoje, não.
Foi ontem.
Saudade!

Bom dia.


Por um querido amigo, Francisco Budny.

Com asfalto de estacionamento, utopias, corridas por dentre elevações amarelas e alecrim pendurado ao cabelo.

Sunday, January 4, 2009

Nos dias cotidianos é que se passam os anos.
Nenhum sono
sem sonhos
de amor
quer esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
ou por máquinas,
não pode ser amargo
não pode ser negado
não pode ser contido.

Saturday, January 3, 2009

Control your nerves, your brain, your cabs.
Control you veins, your heart, your head.
Control your feelings, your feet, your lips.
Control yourself and move on with life.

A primeira dedicatória.


Just make sure you don't tell on me
especially to members of your family.

We best keep this to ourselves
and not tell any members of our inner posse.

I wish I could tell the world cuz you're such a pretty thing
when you're done up properly.

I might want to marry you one day if you
watch that weight and keep your firm body.

THIS IS IT!

Friday, January 2, 2009

Acabou a luz.

Assim como quando a luz acaba.
Silêncio e um susto repentino.
As cortinas parecem que balançam com mais tenebrosidade e suas sombras se dissipam por uma sala que parece ser muito maior agora que em um dia comum.
No quarto escuro, só se vê as silhuetas de objetos estranhos que sabemos o que são, mas que naquele momento, nos esquecemos. À mente, trespassam os piores filmes de horror que já assistimos. O cheiro de vela prevalece à todos os outros, mesmo o chulé. E assim, todos se encolhem a um canto, querendo se proteger de algo que não sabem exatamente o que.
Sem luz, sem brilho, sem claridade perdemos a cabeça.
E dormimos até o tedioso amanhecer.

Nostálgico.


Na época da Casa di Bela, das boinas e dos motéis.