Silêncio.
Vocês não entendem que aqui dentro são existentes bens muito mais importantes que suas perguntas contundentes e rudes e incultas e grosseiras?
Não vêem os sentimentos borbulhando dentro de vocês, querendo explorar o mundo e sair de suas casas antiquadas e sórdidas?
Observem seus dedos das mãos, dos pés. Vermelhos, encarnados, vivos. E os poros fechados, por pura intenção.
Calem as bocas!
Escutem o mundo.
Escutem os barulhos de cada máquina, de cada ser, de cada matéria.
Os átomos falam, deixem-lhes falar!
Calem a boca.
Crianças imundas de oitenta anos que intitulam-se mestres, maestros, madames.
Calem as bocas, os lábios, as vozes.
Abram o mundo.
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