Todos os dias, convivia com o precipício de dizer, querer, amar. E não voava, decidia ficar.
Ficava nas pontas do pé, esticava o pescoço, esgueirava meus olhos para o fundo preto e com a insegurança de uma abelha, encostava os calcanhares no chão novamente. Mas não antes de cambalear entre o impulso de soltar-me como uma folha branca de papel, sem rabiscos ou lembranças.
No comments:
Post a Comment