Friday, March 6, 2009
Esse palco.
Ah, esse chão.
Chão de choro, de riso, de sensações.
O meu chão de rodas, de pés aterrados e meus cachos em volta.
O chão que transcende, que transforma.
O chão dos corpos estendidos, das idéias espalhadas por si como um jogo de cartas e dos sentimentos à beira das línguas.
O chão marrom dos meus sonhos, o chão gélido.
Aquele chão que revela-se na mente em desventuras desditas.
O chão onde segredos são recitados e ocultos entre as cortinas negras.
O chão que ouve juras de amor, loucuras, promessas, choramingos de crianças e a nudez da índole humana.
O chão que abre o peito e trás os Deuses para assistirem as entranhas da arte.
O chão que sustenta aplausos.
O chão de amores, que suporta luzes coloridas de palco e camarim.
O chão das atrizes, dos atores, dos diretores, dos iluminadores, dos sonoplastas, dos maquiadores, dos artistas!
O chão que transborda sonhos e sensibilidade, sabor e fragâncias.
O chão das rosas vermelhas atiradas à sua bela incoveniência.
O meu chão. Aquele que um dia deixei atrás de mim, para poder relembrar.
Foto por Nina Antunes.
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