Eu, infelizmente, gosto de arriscar.
Ah, e também, se eu não arriscasse? Se eu ficasse no meu lugar, sem problema algum? Iria continuar no mesmo lugar até quando? Então me pergunto se me desloco para ir atrás do amor que talvez nem mais exista ou se me desloco porque sou aventureira. E acho que a segunda opção me convém muito. O amor é algo que pode nascer e acabar facilmente. Dizem até que o amor e o ódio são sentimentos muito próximos... então, se há de ser o fim, sê. Mas o que me sobra, além de escuridão completa? Talvez não exatamente o que eu acho ser a escuridão completa. Talvez me venham viagens, amigos, experiências, empregos, vivências, roomates, roupa suja, roupa limpa, mãe pra lá, mãe pra cá. Talvez me sobre o contentamento.
Eu, infelizmente gosto de arriscar.
E o que me faz mais pensar em tudo isso é que se houver ainda o amor, é só o tempo que vai decidir. Eu já fiz minhas pazes com o relógio... nada acontece se o tempo não passar. E a cada dia mais, o tempo me revela novas descobertas, novos destinos. Tem horas, que acho um tédio esperar o tempo passar. Mas tem outras horas, que não quero que o tempo passe, para poder aproveitar. E eu sei que no futuro eu saberei o que é pra acontecer. Eu estou começando a clarear meus pensamentos sobre algo que há muito tempo, andava confusa sobre. Eu fiz minhas pazes com o relógio. Tem coisa melhor?
Eu, infelizmente gosto de arriscar.
Então se o tempo me jogar na cara que eu devo então seguir o amor, que lindo! Aproveitarei cada segundo desse amor, até os momentos em que não o queira mais. E se for pra acabar, acabou. E fecharei tudo com reticências, porque nunca se sabe o que o futuro nos trará. Outra coisa que a mudança me ensinou é de nunca dar um ponto final às coisas, pois elas sempre voltam em algum momento da vida. Afinal, a vida é longa e cheia de acasos. E quando eu olhar para a cara do tempo e ele rir da minha cara, vou saber tirar uma carta da manga. Sabe porque?
Porque mais que felizmente, eu gosto de arriscar.
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