Thursday, January 21, 2010

O mundo me vê.


Sobre quando o mundo ainda era pequeno, com seus mínimos detalhes. Hoje vejo tudo como um turbilhão de informações. Não tenho mais um filme favorito. Nem um livro. Nem uma peça. Nem escritor. Já vi tantas coisas que tudo fica confuso. Em mim, já não existe a necessidade de formar opiniões sobre tudo. Tudo é tão grande. Tudo é maior que eu imaginava e ainda assim, quase não imagino. Se eu soubesse o quanto a minha mente é pequena, me afogava em um mar de clorofórmico. Mas felizmente, não tenho esse tal conhecimento e não tenho vontade de me aniquilar. Assim como a maioria da raça humana, minha ignorância pára no estado em que não posso mais imaginar. E minha mente então elabora idéias malignas quando penso que quanto mais eu vejo, menos eu sei. Este mundo é tão grande que eu me surpreendo. E apesar de saber que nunca saberei de tudo, continuo a querer saber mais e descobrir que sei menos. Não quero ter nada mais favorito. Não quero mais fazer escolhas, pois as escolhas me fazem. É o mundo que me vê. É o mundo que sabe sobre mim. Eu não sei sobre o mundo.

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