Wednesday, December 17, 2008
Sonhos Disparates.
Me encontrava na minha cidade natal, na rua onde vivi a maior parte da minha curta vida. Carlos de Carvalho. O sol estava alto e o calor era forte. Precisava tomar algo, mas estava confusa pois havia muito tempo que não passava por ali. Fui procurar um bar, um lugar para sentar e contemplar aquela rua em que eu andava de bicicleta e levava a Kawaii para passear. Vi um bar que tinha aberto há pouco tempo e entrei. Lá, tinham todas as coisas mais brasileiras possíveis. Coxinhas, empadas, sucos de todos os tipos. Pedi um risóles de carne, uma Bohemia e me sentei. Estava só, mas muito feliz. De repente, surge minha amiga, Olívia. Ela me olha, eu olho pra ela e depois de lembrar que faziam quase dois anos que não nos víamos, as lágrimas rolaram sem ao menos pedir licença. Ela correu à minha direção e me deu aquele abraço que ela sempre dá, com os braços por cima do pescoço, mesmo sendo mais alta. Ficamos abraçadas falando "não acredito, não acredito" por minutos que pareceram segundos. Enchi-a de beijinhos na bochecha e engolimos várias lágrimas, uma da outra. Os cabelos se bagunçavam e as mãos então se encontraram. Nos afastamos e ela me falou sobre a vida dela, sentada na cadeira à minha frente. Ríamos, nos tocávamos. Como se fosse necessidade tocar, pois faziam dois anos que não tínhamos o toque, uma da outra. Me falou sobre suas aventuras e desventuras e vice-versa. Chorei ao contar o quanto sentia falta da nossa infância juntas e dos nossos amigos. Ela chorou junto quando ouviu e concordou. Em um momento, durante nossa conversa animada, apareceu o Alexandre Dana, louco, com uma fatia de laranja grudada na testa. Nos abraçamos, os três. "Mas que que você...?" perguntei. "Ah, isso é um método de tatuagem muito antigo que usávamos para pintar a cara. Fica muito interessante, veja." As duas riram e deram um leve tapinha nele, sem acreditar no que ouviam. O Alexandre precisava ir. Se despediu com um monte de beijinhos, disse que morria de saudades de nós e foi-se embora. Então a Olívia me contou: Bru, minha mãe está grávida! Eu a abraçei, emocionada e falei "Que máximo, Oli! Agora você terá mais uma irmãzinha!". Ela disse que sua irmã se chamaria Bruna, pois a menina era eu, a irmã dela, a Bruna. Ela decidiu o nome e a mãe gostou. Chorei como uma pateta e nos abraçamos mais ainda, como que quase nos sufocando. Falei: "Que bom, agora não preciso mais ter inveja da Betina... agora você é literalmente minha irmã, né?"
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