Wednesday, December 3, 2008

Au Revoir.

Eu nunca soube dizer adeus.
Abanar as mãos, como alguém que diz ''até logo'', mas pensa, ''até quando?''.
Sempre evitei aeroportos em horas de partidas, no portão de embarque, quando famílias e amigos se abraçam e choram de saudade antecipada.
Sempre evitei rodoviárias em horas de despedidas, onde os olhares se separam por uma janela de ônibus, que dá vontade de quebrar ao ver a tristeza nos olhos dos que vão e dos que ficam.
Evitava o peito apertado, aflito e incerto.
E também lágrimas de dor e tempestade, que só paravam de rolar assim que um outro corpo encurvado me apertava contra o dele, falando que tudo ficará bem.
Evito partidas, pelo bem do meu pobre coração.

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