Eu nunca soube dizer adeus.
Abanar as mãos, como alguém que diz ''até logo'', mas pensa, ''até quando?''.
Sempre evitei aeroportos em horas de partidas, no portão de embarque, quando famílias e amigos se abraçam e choram de saudade antecipada.
Sempre evitei rodoviárias em horas de despedidas, onde os olhares se separam por uma janela de ônibus, que dá vontade de quebrar ao ver a tristeza nos olhos dos que vão e dos que ficam.
Evitava o peito apertado, aflito e incerto.
E também lágrimas de dor e tempestade, que só paravam de rolar assim que um outro corpo encurvado me apertava contra o dele, falando que tudo ficará bem.
Evito partidas, pelo bem do meu pobre coração.
Wednesday, December 3, 2008
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