Sunday, January 10, 2010

Sonhos meus.

Eu vestia um chapéu amarelo que refletia ao sol e balançava com a ventania que o mar trazia. O barco corria pela água como um foguete, fazendo-nos chegar rápido neste encanto de lugar. Ao pisar na areia, meus dedos do pé afundaram, trazendo a sensação gostosa de maciez e conforto. Assim que levantei minha cabeça para admirar a praia, me deparei com o que não esperava. A areia e o mar se tranformavam hora em uma praia, hora em uma relva. Era como se eu estivesse em alguma parte perdida de Madagascar ou Comoros. No barco, me acompanhavam meus melhores amigos. Vários deles, todos os que mais gostam desembarcavam na ilha, junto comigo. Foi quando de repente, vi de relance, algo a boiar no mar. Algo brilhante, colorido. Subi nas pontas do pé, me apoiando em um de meus camaradas e meus olhos viram o que eu achava impossível verem. No mar, nadavam sereias. As mulheres mais lindas que havia visto na face da Terra. Pareciam feitas de pano, como bonecas que vovó bordava. Acenavam e logo mergulhavam para a profundeza marítima. Pretendíamos ficar por uma semana. Enfim achamos uma civilização e paramos para tomar uma bebida. Neste lugar, meio praia, meio relva, brincamos com cipós e aviões que saíam da praia, mergulhavam no mar e voltavam para seu lugar. Eu era a mais velha do grupo, por isso, deveria pilotar o avião, tendo o privilégio de ver, todas as vezes, o fundo do mar com suas sereias de pano. Era a Terra dos Sonhos, a Terra da Fantasia, Neverland, assim como em Peter Pan. Assim era meu sonho mais agradável que tive nos últimos tempos. Eu, descendo na Terra do Nunca, com um chapéu amarelado.

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