Tuesday, January 12, 2010
Sonhos meus.
Eu corria nua pela floresta. A chuva caía sobre o meu corpo e eu ouvia barulho de passos, mas não como se estivessem me seguindo. Como se uma cavalaria viesse atrás de mim, mas não sabiam da minha existência. Eu estava livre de olhares, livre de julgamentos. Só me encontrava comigo mesma, nua, na floresta. Enquanto corria, me deparei com um lago imenso que surgiu à minha frente. Parei antes, sem tocar os pés na água. A cavalaria vinha depressa, corriam. Eu não temia-os. Esperei. Milhares de corpos começaram a mergulhar naquele lago de repente. Tão nus quanto eu, tão livres. Lindos, todos. Com um sorriso, mergulhei de cabeça na água cristalina e senti meu corpo protegido pelo desassombro. Eu dançava na água, era meu novo lar. Os outros corpos faziam cambalhotas e danças, felizes e sadios. Meu coração então começou a bater forte. Todos podiam escutá-lo, pois pararam de dançar e se movimentar. Eu não entendia... não sabia se havia algo errado com o meu batimento, mas parecia algo forte e positivo. Foi quando te vi mergulhar na água. Nu, como todos nós. Lindo como nunca, com o rosto límpido e sereno. Veio nadando em minha direção com astúcia e coragem. Chegou perto de mim, tocou meus pés, minhas pernas, meus quadris, minha barriga, meus seios, meus braços, meu rosto. Todos parados, olhavam-nos com expressões neutras. Você então me abraçou e com o toque dos nossos corpos, uma luz amarela iluminou toda a água, fazendo todos os seres sentirem o nosso amor, juntos, como um só. Então compreendendo-nos, deixaram-nos sozinhos, à meia-luz, para nos tocarmos, conversarmos, amarmos e vivermos, para sempre, naquele lago que um dia foi o lar de um antigo grande amor.
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