Ela tirava a roupa, peça por peça. Despia-se como se pudesse tocar o próprio corpo. Levantava a camiseta que passava por seu rosto e fazia o cabelo preso balançar e jogava a peça no chão. Sua face neutra virava para um lado e para o outro, analisando, reparando. As meias três-por-quatro escorregavam de suas canelas quando uma perna acariciava a outra, fazendo gestos rápidos que poderiam ser confundidos com aqueles de paixão, se existisse alguém mais ali. Então ela se olhou, completamente despida depois de soltar os cabelos e jogar o prendedor ao lado e reparou que não necessitava de ninguém. Ela era grande, ela era o sol, ela era só mesma, por ela.
Thursday, March 11, 2010
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