Sunday, February 22, 2009

O samba, a viola, a roseira.

Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu? A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá.

Roda mundo, roda-gigante.
Roda moinho, roda pião.
O tempo rodou num instante,
Nas voltas do meu coração.

A gente vai contra a corrente até não poder resistir. Na volta do barco é que sente o quanto deixou de cumprir. Faz tempo que a gente cultiva a mais linda roseira que há. Mas eis que chega a roda viva e carrega a roseira pra lá.

Roda mundo, roda-gigante.
Roda moinho, roda pião.
O tempo rodou num instante,
Nas voltas do meu coração.


A roda da saia, a mulata não quer mais rodar, não senhor. Não posso fazer serenata, a roda de samba acabou. A gente toma a iniciativa. Viola na rua, a cantar. Mas eis que chega a roda viva e carrega a viola pra lá.

Roda mundo, roda-gigante.
Roda moinho, roda pião.
O tempo rodou num instante,
Nas voltas do meu coração.


O samba, a viola, a roseira um dia a fogueira queimou. Foi tudo ilusão passageira
que a brisa primeira levou. No peito a saudade cativa, faz força pro tempo parar. Mas eis que chega a roda viva e carrega a saudade pra lá.

Roda mundo, roda-gigante.
Roda moinho, roda pião.
O tempo rodou num instante,
Nas voltas do meu coração.

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