Thursday, April 1, 2010
"E onde a sorte há de te levar"
Eu queria me sentar em uma praia do Rio de Janeiro. Eu pediria uma Bohemia bem gelada e uma porção de camarões com alho. Comigo, estariam meus amigos mais próximos. Eu estaria com o meu chapéu branco de praia anos 60, com uma flor do lado, um óculos escuro preto, um biquini com a estampa Copacabana, uma saia vermelha e uma regata branca solta e molhada porque acabei de sair do mar. Acenderia um cigarro, daria muitas risadas com as piadas dos palhaços que são meus amigos e depois de um bom dia na praia, falaria que vou pra casa tomar um banho e encontro com eles mais tarde em um barzinho para podermos continuar nosso belo dia. Então os pegaria em casa com meu fusquinha, ouvindo Los Hermanos dentro do carro e cantando alto, sempre com um cigarro na mão. E depois de estacionar o carro, entraríamos no meu bar favorito do Rio e eu encontraría mais amigos queridos lá dentro e até mesmo alguns meninos bonitos que se interessam por mim. Mas eu não ficaria com ninguém, porque eu estaria tão concentrada em mim mesma e nos meus amigos, que homens seriam muito dispensáveis. Depois de beber um pouquinho demais, eu voltaria para a praia com meus amigos ao nascer do sol e veria ele subir no céu, tão belo quanto uma bailarina dançando sozinha em um palco de grande tamanho. E dormiríamos todos juntos na praia, cada um deitado na perna do outro, cheios de amor e irmandade. E eu seria a única acordada, tocando notas dispersas em um violão velho.
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