Wednesday, April 21, 2010

Scream for a happy Coachella.

Eu gritei. Happy Coachella!!! E quão feliz... tão feliz que agora meu estado é deplorável. Minha cabeça dói e meu corpo renega acreditar que camas realmente existem. Três dias de cansaço extremo e o mais engraçado é pensar que eu passaria por tudo de novo. Parece que o vírus e a ressaca se juntaram para o último dia. Dizem que a festa é boa quando você chega de Marilyn Monroe e sai de Marilyn Manson. Bom, para mim, saí de Charles Manson. Hahaha. Acabada, destruída, cansada... mas muito feliz. O Coachella, sendo o maior festival de música do mundo, me surpreendeu em vários momentos. Não imaginava o quão grande o festival era. Não imaginava que mais de 75 mil pessoas se prestavam para assistir bandas no deserto por três dias seguintes. Creio que apenas quando você realmente chega no lugar, entende o que eu quero dizer. Esse ano foi o primeiro ano em que os organizadores resolveram colocar o camping justo com os carros, então acabou virando uma baderna. O festival começou muito mal para mim e minhas amigas. Perdemos todos os shows de sexta-feira por causa da mega fila de carros que se amontoava quilômetro por quilômetro. Aí está a prova que não tínhamos idéia do que realmente se tratava o Coachella. Quatro horas na fila, depois de dirigir 9 horas de San Francisco até Indio, que é do lado de LA(deus me pague, ano que vem morarei em LA só pra poder ir pro Coachella). As marias loucas dentro do carro esperando o momento de conseguir entrar pelos portões do acampamento, deixar nossas bugigangas e sair correndo pros shows. Infelizmente, só conseguimos ouvir as baterias e guitarras lá de fora, perdidas e sem saber para onde ir. Finalmente estacionamos o carro às duas da manhã e montamos nosso acampamento. Um pão com queijo e cama nelas, pois o sol não deixaríamos dormir passando das oito. Sábado e domingo foi um sorriso no rosto que eu não acreditei. Alegria pra cá e pra lá. Sol, festa, calor, música, bambolês, amigas, joints perdidas pelo chão, biquini, ventiladores de água e gente bonita(dava até medo) por todo o lugar. Assistimos a mais de quinze shows, todos válidos. Hoje vou postar todos os shows que vi no sábado, dia 17 de abril, aniversário da minha mamãe. Em homenagem a ela, dedico o show do Muse, que foi o melhor do festival inteiro. Lá vão os monstros:

Camera Obscura.

Começamos por Camera Obscura, uma banda de Glasgow, na Escócia. Sempre tive vontade de conhecer Glasgow, pois dizem que é um dos melhores lugares para morar na Europa, em questão de cultura e pessoas, então resolvemos dar uma escutada e o resultado foi muito bom. Os caras mandam muito bem no indie pop e fazem um rock muito suave, que acaba virando mellow pros ouvidos. Aqui está uma foto dos bonitos, pra ter uma idéia do estilo. Recomendo escutá-los, assim como estou fazendo diariamente. Muito boa a banda.




Edward Sharpe and the Magnetic Zeros.

Pulando para o próximo palco, acabamos parando em Edward Sharpe and the Magnetic Zeros. Não os conhecia antes, mas fiquei apaixonada, principalmente pelo hit deles, "Home". A banda é de Los Angeles mesmo. Uma mistura de folk rock alternativo com indie experimental psicodélico. Uma pira... às vezes lembra Belle and Sebastian, às vezes lembra até Los Hermanos. Muito interessante. Recomendo pra deitar na rede ou andar de bicicleta.


The Raveonettes.

Depois de Edward Sharpe, fomos pro The Raveonettes. As meninas não conheciam, mas eu os guardava no meu Ipod há muito tempo. Eles são da Dinamarca. Tenho uma paixão muito grande por eles, principalmente porque a Sharin Foo me arrepia de tão fodástica que é. A banda toca um rock alternativo misturado com shoegaze, uma pitada de surf rock e noise pop. Eles são tão bons que até hipnotiza. E tudo isso sem uma bateria. É mole? Tocaram vários hits(que nem são hits porque eles não são famosos) que eu sempre costumava cantar no banheiro de casa. Foi um show imperdível. Eles mandam muito bem.


Faith No More.

Os nossos nativos de San Francisco! Pra quem sabe do que eu estou falando, esse show era imperdível. Quando olhamos pro schedule, vimos que Hot Chip e Faith No More tocariam na mesma hora. Apesar de eu ser uma super fã de Hot chip, era impossível perder a volta de Faith No More aos palcos. A banda é muito lendária e apesar de não ser meu estilo, eu não podia perder a apresentação deles. E além do mais, eu escutava muito os caras quando era menor(na minha época Red Hot Chili Peppers). Por bom gosto musical, decidimos assistir Hot Chip uma outra hora e dedicar esse momento aos verdadeiros bons e antigos músicos. Isso sim que é música! Faith No More. Mike Patton é o cara mais foda que já vi cantar na minha vida, ao vivo. Nunca imaginei que alguém poderia fazer o que ele faz com a própria voz. Até assustava. Enfim, o show foi tão bom que no fim, ele fez até mosh na galera, com o microfone na boca e tudo. Palmas em pé para os velhos macacos da banda. Não tenho nada a reclamar, show maravilhoso. Hot Chip que espere a próxima. Aí vai uma foto de quando eles ainda eram crianças.


MGMT.


Me desculpem todos que amam os meninos de Brooklyn, mas eu não tive a menor paciência no show deles. Detesto banda que não toca hit só porque quer ser cool. Acaba ficando uma parada metida e ninguém gosta no fim. Eles não tocaram Kids, acredita? Não é minha música favorita deles, mas não gostei da atitude... todo mundo reclamou. O som não estava bom também... foi um show difícil, acho que o pior do Coachella que eu vi. Não gostei, mas entendo que às vezes foi uma vez. Acho que ninguém esperava que tanta gente iria no show dos caras, porque eles ainda não estão tão grandes assim. Mas eu gosto deles... acho uma boa mistura de neo-psicodélia com new wave. Vou tentar ir no próximo. Talvez eles mandem melhor em um teatro tipo o Warfield ou o Fox.


Muse.

Tenho orgulho de dizer que assisti um show do Muse. O melhor de todo o festival, sem dúvidas. Foi um show de trazer lágrimas aos olhos. O mais engraçado é que eu não sabia o quanto gostava deles. Sabia cantar todas as músicas e pulei e gritei muito. Fazia um tempão que não via um show tão bom. Muse é da Inglaterra, uma banda que mistura rock alternativo com space rock e new prog. O som é pesado e bom de ouvir. Aquele som que te faz fincar o pé no chão. Sou muito feliz em dizer que eles são uma banda da minha época... quando eu for mais velha, tenha certeza que vou muito falar sobre esse show com amor e carinho. Foi maravilhoso. Nota 10.


The Dead Weather.

Para tudo. Não consegui entender. Cheguei no Coachella não sabendo o que era Dead Weather e saí ouvindo os caras 24 horas por dia. Não imaginava que a Alison Mosshart do The Kills(que é uma das gurias mais fodas do rock n' roll) tinha montado uma banda com Jack White. Quer combinação mais perfeita que isso? Não tem. Simplesmente não tem. A banda toca um rock de garagem com um toque de Blues e um pouco de neo-psicodália. Quando vi os dois no palco, tipo uma sensação de tesão por toda aquela música que estava sendo feita. Que banda boa! E eles foram criados em Tennessee! Não deu pra aguentar, fiquei em catarse sem nem ao menos ter ouvido a banda antes. Hoje em dia eu faço o update no meu ticketmaster pra ver se eles vem tocar aqui em breve. Quero muito vê-los de novo, só que dessa vez, bem de pertinho.


2 Many Dj's.

Fomos comer um vegetarian wrap e acabamos perdendo a maioria do show do 2 Many Dj's, uma banda de dj's que mandam bem pra caramba da Bélgica. O que vimos, gostamos, porém. Eu sempre gostei do eletrônico criativo dos caras. Uma mistura de tudo, basicamente. Tem rock alternativo, grunge, dance, eletrônico, punk, pop... vários estilos juntos. Os caras tem a moral de misturar Genie in the bottle da Cristina Aguillera com o solo de Smeels like Teen Spirit e deixar a parada maneira.
Quero vê-los de novo com certeza. Em breve.

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