Made my skin a little bit thicker.
Thursday, December 31, 2009
Vamos nos permitir.
Eu vejo a vida melhor no futuro.
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste em nos rodear.
Eu vejo a vida mais farta e clara,
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão.
Eu quero crer no amor numa boa.
Que isto valha pra qualquer pessoa
Que realizar
A força que tem uma paixão.
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não.
Hoje o tempo voa amor,
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir.
E não há tempo que volte, amor.
Vamos viver tudo que há pra viver.
Vamos nos permitir.
Minha carta para 2010.
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Interpretações usuais na cartomancia | ||||||
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New Year's Eve is not about drinking the best champagne or dressing in white clothes. That is just what the man decided it's right to do. It's not about sparkles or fireworks. It's about love and being together with those we care about. It was only in December 31st, 2009, at 5:22 that I realized what New Year's Eve is about. And after living 19 years of magic and beauty of the glass of champagne every December 31st, I now pronounce: I do not need anything but love for my new year. I do not need extreme parties or falling into the pool after being drunk. The only thing I really need for the new year is the ones I love, so I can be truly and entirely happy.
Você me faz chorar. Sentada nessa cama, me faz chorar.
Você não me quer mais e nem quer meu amor como queria antigamente.
Minhas lágrimas rolam formando uma poça em minha volta e eu não acredito que o amor possa ser tão injusto e entediante às vezes.
Às vezes, depois de muito tempo, com o costume, o tédio simplesmente toma conta de ti. Mas não de mim. Eu não sou assim e nem quero ser. Eu sempre te escrevo letras de amor, sempre tiro fotos tuas nem que seja em um lugar onde já tirei foto sua antes, eu te assumo como minha paixão, não só como meu marido. Meu chato marido que não me filma, não me deixa mordê-lo, não me deixa subir em um carro e gritar ao mundo inteiro que eu o amo porque não quer pagar mico.
Uma garota deveria esperar que o seu amor, sua paixão fizesse essa loucura. Não ela ter vontade de fazer e não fazer porque é anti-ético e foi assim que o meu marido me ensinou.
Dá-me vida, pelo amor de deus. Dá-me gritos, choros, escândalos, beijos molhados.
Que monotonia.
Já as lágrimas secam e eu vejo que o realismo chega a mim e eu não digo mais nada.
Porque é só quando a gente chora que põe pra fora o que sente.
E você não pode falar nada porque isso é um texto e um texto não responde tuas defensas tediosas.
Faz o que quiser com elas.
Eu vou usar isso aqui para algo que me ajude.
-Vi as ruas de San Francisco entupirem de gente pulando de alegria e gritando: Obama! Obama! Obama! Chorei e gritei com todos. Uma nova era começou e eu vi tudo acontecer.
-Peguei com as minhas próprias mãos o meu Green Card. E a foto ficou bonita.
-Cinco minutos antes de ganhar minha carteira de motorista, um esquilo pulou no meu carro, para trazer boa sorte. E trouxe. Aliás, a foto da habilitação também ficou bonita.
-Deixei o queixo cair até o chão quando ouvi a notícia da morte de Michael Jackson. E me senti mal, fato que não sabia que aconteceria.
-Fiz dezenove anos e continuei na abstinência do álcool(legalmente). Não morri.
-Esquiei pela primeira vez na vida e não vou parar nunca mais.
-Aprendi a gostar de correr e também não paro nunca mais.
-Cuidei mais de mim mesma e perdi 6 quilos.
-Entendi que o meu lugar não é onde nasci, mas sim o mundo.
-Ganhei o melhor presente de aniversário que poderia existir. Minha Canon.
-Decidi ir passar alguns anos na Alemanha e conhecer a Europa.
-Consegui ficar no meu trabalho e gostar dos meus companheiros. Além de comer comida brasileira todo dia.
-Gostei tanto do meu trabalho que me sujeitei à vestir uma fantasia de mamãe-noel só para fazerem os outros rirem.
-Comi neve.
-Começei a fazer teatro no Belrose Theater e comprovei como improvisação me persegue.
-Finalmente assisti Wicked e achei ótimo!
-Acho que esse ano foi o que mais fui em shows.
-Aproveitei minhas férias conjugais para ver que eu existo sozinha. E também para aproveitar meus amigos.
-Tive que me separar de volta do Klaus. Mas em menos de um mês, estarei com ele.
-Aprendi a jogar sinuca do jeito americano.
-Fiz duas amigas que sei que será de tempos. Lilica e Kora.
-Joguei bastante boliche.
-Fui em todas as festas de rua que pude em San Francisco.
-Conheci Alcatraz e vi que dinheiro nenhum paga liberdade.
-Fui para Las Vegas e não gostei. Mas quero voltar.
-Assisti Cirque du Soleil e fiquei extremamente apaixonada. Não sei se porque era dos Beatles ou se era simplesmente alucinante.
-Vivi como hippie no meio da floresta por três dias. Tenho saudades até hoje.
-Me interessei mais e mais por vinhos e prometi que nunca mais tomo tequila.
-Tomei meu primeiro porre. E chega.
-Fui para Death Valley e me senti a Uma Thurman no Kill Bill.
-Me graduei. Segundo ano completo. Estranho pensar, mas eu já fiz o terceirão.
-Cantei na minha graduação. Cantei com a Lau em alguns restaurantes. Cantei em casa. Pratiquei violão. Bastante.
-Joguei golf com amigos. Foi legal.
-Recebi dois convites para ir ao Prom, mas o garoto que eu queria que me levasse não podia. O importante é que apesar de não poder, ele queria. Enfim, acabei me divertindo. Foi uma festa de amigos.
-Fiz uma viagem legal para Santa Cruz só com o Klaus e acabou sendo super legal e romântico.
-A Kora pintou meu cabelo de vermelho e eu adorei.
-Fiz uma lista das minhas realizações e perdas de 2009.
-Tive mais realizações que perdas e espero que só melhore em 2010.
Assuntos de Cinéfilo.
Sherlock Holmes.
Assim como nunca fui muito fã de filmes muito extravagantes, também nunca fui muito fã de Arthur Conan Doyle. Nunca me interessei por histórias de mistérios, mas também nunca fui atrás. Hoje, a vontade de ler Sherlock Holmes despertou em mim. Não porque gostei do filme... as cenas e as atuações em si são bem comuns, nada que não tenha visto antes. Mas a história foi genial! E claro que quem criou a história foi o próprio Arthur. Portanto, prometo deixar de lado minha completa ignorância de assumir que não gosto de mistérios sem nunca ter lido um que tenha sido bom. Vou atrás dos Sherlock Holmes. E se gostar, prometo visitar o café do próprio em Londres(que sempre tive curiosidade de ver, sem razão alguma). E ah, só pra dizer: eu tenho um amor platônico bem conciso pelo Robert Downey Jr. Mas principalmente quando ele faz o Iron Man. Ô homemzinho charmoso!
ps bem pequenininho: Jude Law! Jude Law! Jude Law!
Wednesday, December 30, 2009
Se tem uma coisa que eu não gosto é generalização. Vulgarizar todo mundo vulgariza, até eu, até você. Mas ouvir opiniões sem fundamentos e cheias de difusões gerais, é difícil. Na maioria das vezes, é melhor deixar passar. Mas tem vezes que não dá para se calar.
-Homem só pensa em sexo!
-Americano é tudo burro!
-Mulher dirige mal!
-Unha vermelha é coisa de puta!
-Gente que bebe não se pode confiar!
-Filho único é estranho!
-Baiano é tudo folgado!
-Homem com voz fina é gay!
-Francês é antipático!
-Quanto mais escuro for, mais cheiro de catinga!
Quanta caretice. Um dos meus planos de ano novo é tentar generalizar frases e exemplos o mínimo possível. Se eu conseguir, vou deixar esse hábito na lona. Ignorância arde os olhos.
Foi bonita a festa, pá.
Fiquei contente.
Ainda guardo renitente um velho cravo para mim.
Já murcharam tua festa, pá.
Mas certamente
esqueceram uma semente em algum canto de jardim.
Sei que há léguas a nos separar.
Tanto mar, tanto mar.
Sei também quanto é preciso, pá
navegar, navegar.
Canta primavera, pá.
Cá estou carente.
Manda novamente algum cheirinho de alecrim.
Tuesday, December 29, 2009
Viva 2010!
2009 foi o ano mais rápido que eu já vi passar. Nem deu para respirar, e já estávamos batendo na porta de 2010, com as mãos abertas e o coração cheio de esperança que esse novo ano par seja tão bom como foi o último. Tantas resoluções, tantas alegrias, tantas novas idéias, tantas novas esperanças. Para mim, esse foi o ano das conquistas e tenho medo de deixá-lo ir, pois a sorte não parou de batucar o tambor. Com muito mais alegrias que tristezas, 2009 vai deixar uma saudade no coração e um sorriso no rosto. Mas sem lamentar, entraremos em uma nova fase, uma nova era. Boa ou ruim, não podemos dizer. Até porque o que é o bom e o ruim, não, meus caros? Pois o que desejo para esse ano novo é o movimento, a mudança, a transformação. É isso que nós todos precisamos. É isso que o universo precisa. E consciência! Amor à nós mesmos, aos próximos e à o que nos dá vida. Meus planos para 2010 são grandes, espero que vocês tenham os seus preparados na manga. Não esqueçam de amar. O amor move o mundo e o nosso mundo precisa de mudança. Precisamos ajudar mais a nossa terra-mãe, nossa natureza e principalmente, precisamos cuidar de nós mesmos. Tudo que somos, toda a energia que nos compõe é universal. Nós somos o mundo. Vamos cuidar bem dele. E que seja bela a vida sempre. Que todos saibam se respeitar, que todos saibam amar ao próximo, assim como diz o lendário livro. Vou colocar minha calcinha vermelha para atrair amor ao mundo. Boa sorte, terráqueos! Muita boa sorte.
Para alguém bem especial.
Eu nunca sento do seu lado.
Eu não agüento o seu papo.
Você não parece comigo,
E nem parece meu amigo.
Às vezes finjo não ouvir
Você falando.
Às vezes tenho que fugir,
Vou pra outro lado.
Você entende tudo errado,
E não escuta o que eu falo.
Até parece estressado.
Isso me deixa incomodado.
Às vezes finjo não ouvir
Você falando.
Às vezes tenho que fugir,
Vou pra outro lado.
Monday, December 28, 2009
In a very unusual way,
one time I needed you.
In a very unusual way,
you were my friend.
Maybe it lasted a day,
maybe it lasted an hour
but somehow it will never end.
In a very unusual way,
I think I'm in love with you.
In a very unusual way,
I want to cry.
Something inside me goes weak,
something inside me surrenders
And you're the reason why.
You don't know what you do to me,
you don't have a clue.
You can't tell what it's like to be me looking at you.
It scares me so that I can hardly speak.
In a very unusual way,
I owe what I am to you.
Though at times it appears I won't stay, I'll never go.
Special to me in my life
since the first day that I met you.
How could I ever forget you,
once you had touched my soul?
In a very unusual way,
You made me whole.
Assuntos de Cinéfilo.
O Caminho das Nuvens.
"O Caminho das Nuvens" é um filme muito humano e brasileiro. Wagner Moura atua como um nordestino que leva sua família pelas estradas do Norte até chegar ao Rio de Janeiro. Durante essa jornada, muitas coisas acontecem, desencadeando em uma trama dramática e às vezes engraçada. O filme é dedicado à Roberto Carlos, o rei. A trilha sonora é toda composta por suas músicas. O que eu mais gostei é que a maioria delas são da época da Jovem Guarda, o melhor tempo de Roberto, na minha opinião. O Wagner Moura representa exatamente como é um homem de fé nordestino. Um bom filme, uma história verdadeira.
Assuntos de Cinéfilo.
Broken Embraces.
Então. Ontem eu saí correndo para o cinema para enfim ver a nova obra de Almodóvar. Estava esperando esse filme há um bom tempo, sendo que Almodóvar é um dos meus diretores de cinema favoritos. Quando os créditos começaram a aparecer, não estava sentindo o que normalmente sinto vendo os seus filmes. Ele pegou muito leve neste. É lindo, uma história bem elaborada como em todos os seus outros filmes, mas cenas leves, fatos leves. Eu encaro o Almodóvar como o Nelson Rodrigues espanhol com uma pitada de açúcar em cima(afinal, Nelson de açúcar não tem nada). Neste filme, tinha mais açúcar que amargo... e eu não esperava isso. Mas tudo bem. Gostei do filme, gostei da trama, das idéias, da elaboração. Tudo bonito. E Penélope está cada dia melhor, para variar. Mas não deixo de dizer que espero que o próximo me faça cair o queixo, pois com esse, ele não caiu.
Sunday, December 27, 2009
Assuntos de Cinéfilo.
Nine.
Faziam anos que eu não saia de uma sala de cinema com a sensação que senti hoje depois de ver essa obra-prima de Rob Marshall. Catarse é com certeza o sentimento que tive ao chorar em cenas que não eram tristes nem sentimentais, mas bonitas e fortes. Desde "Laranja Mecânica", não via um filme que tocasse tão profundamente o meu eu e me fizesse acreditar que a arte realmente existe. Que filme mais lindo, que espetáculo, que atrizes, atores, vozes, corpos, cenas, história. Tudo perfeito no meu jeito de ver o cinema. Um filme quase perfeito, por se dizer. Não tenho dúvidas que ei de assistir-lo muitas outras vezes, quem sabe até mesmo no cinema. Robert Marshall merece um troféu por ter convocado tantos atores de verdade e montado essa primorosa arte, esse filme, o "Nine".
Thursday, December 24, 2009
Have yourself a merry little Christmas,
Let your heart be light.
Next year all our troubles
will be out of sight.
Have yourself a merry little Christmas,
Make the Yule-tide gay.
Next year all our troubles
will be miles away.
Once again as in olden days,
Happy golden days of yore.
Faithful friends who are dear to us
will be near to us once more.
Someday soon
We all will be together,
If the Fates allow.
Until then, we'll have to
model through somehow.
So have yourself
A merry little Christmas now.
Wednesday, December 23, 2009
Assuntos de Cinéfilo.
Doubt.
Essa é a semana em que resolvi assistir filmes com o Philip Seymour Hoffman. Mentira, todos os que estou vendo são ocasionalmente, mas a cada filme, ele me ganha mais. Novamente, Philip se destaca nessa maravilhosa interpretação, mas dessa vez não brilha sozinho. Com a ajuda da mais que maravilhosa Meryl Streep e da linda Amy Adams, Philip faz de um filme com uma história simplória, muito bom. "Doubt" é um filme que tem o título como explicação para seu tema principal. A dúvida. É definitivamente um filme para prestar atenção nas atuações, não tanto no roteiro ou cenário. Mas passa rapidamente e é muito misterioso. Eu gostei, principalmente para ver os maravilhosos atores.
Tuesday, December 22, 2009
Fala, Pensador.
Existem mulheres que são uma beleza,
mas quando abrem a boca, que tristeza.
Não, não é o seu hálito que apodrece o ar,
o problema é o que elas falam que não dá pra aguentar.
Nada na cabeça, personalidade fraca,
tem a feminilidade e a sensualidade de uma vaca.
Produzidas com roupinhas da estação
que viram no anúncio da televisão.
Milhões de pessoas transitam pelas ruas
mas conhecemos facilmente esse tipo de perua.
Bundinha empinada pra mostrar que é bonita
e a cabeça parafinada pra ficar igual paquita.
Elas estão em toda parte do meu Rio de Janeiro
e às vezes me interrogo se elas estão no mundo inteiro.
À procura de carro, à procura de dinheiro,
o lugar dessas cadelas era mesmo no puteiro.
Só se preocupam em chamar a atenção,
não pelas idéias, mas pelo burrão.
Não pensam em nada, só querem badalar,
estar na moda, tirar onda, beber e fumar.
Cadelinhas de boate ou ratinhas de praia,
apenas os otários aturam a sua laia.
E enquanto o playboy te dá dinheiro e atenção,
eu só saio com você se for pra ser um Ricardão.
Não, eu não sou machista, exigente talvez,
mas eu quero mulheres inteligentes, não vocês.
Vocês são o mais puro retrato da falsidade.
Desculpa amor mas eu prefiro mulher de verdade.
Você é medíocre e ainda assim orgulhosa,
Loira burra, (é mole) não está com nada e está prosa.
O seu jeito forçado de falar é deprimente.
Já entendi seu problema, você está muito carente.
Mas eu só vou te usar, você não é nada pra mim.
-Ai, amor, foi bom pra você?
-Ah, deixa eu dormir.
Pra que dar atenção a quem não sabe conversar,
pra falar sobre o tempo ou sobre como estava o mar?
Não, eu prefiro dormir, sái daqui.
Eu já fui bem claro, mas vou repetir.
E pra você me entender, vou ser até mais direto:
Loira burra, você não passa de mulher objeto.
Escravas da moda, vocês são todas iguais.
Cabelos, sorrisos e gestos artificiais.
Idéias banais e como dizem os racionais:
Mulheres vulgares, uma noite e nada mais.
Loira burra, você é vulgar sim.
Seus valores são deturpados, você é leviana.
Pensa que está com tudo, mas se engana.
Sua frágil cabecinha de porcelana.
A sua filosofia é ser bonita e gostosa,
fora disso é uma sebosa, tapada e preconceituosa.
Seus lindos peitos não merecem respeito.
Marionetes alienadas, vocês não têm jeito.
Eu não sou agressivo, contundente talvez,
o Pensador dá valor às mulheres, mas não vocês.
Vocês são o mais puro retrato da falsidade.
Desculpe amor mas eu prefiro mulher de verdade.
E, não se esqueça que o problema
não está no cabelo, está na cabeça.
Nem todas são sócias da farmácia.
Tem muita Loira burra de cabelo preto e castanho por aí.
É, Loira burra morena, ruiva, preta, loira burra careca.
Tem a Loira burra natural também.
Cada Loira burra é de um jeito, mas todas são iguais.
Eu gosto é de mulher.
mas quando abrem a boca, que tristeza.
Não, não é o seu hálito que apodrece o ar,
o problema é o que elas falam que não dá pra aguentar.
Nada na cabeça, personalidade fraca,
tem a feminilidade e a sensualidade de uma vaca.
Produzidas com roupinhas da estação
que viram no anúncio da televisão.
Milhões de pessoas transitam pelas ruas
mas conhecemos facilmente esse tipo de perua.
Bundinha empinada pra mostrar que é bonita
e a cabeça parafinada pra ficar igual paquita.
Elas estão em toda parte do meu Rio de Janeiro
e às vezes me interrogo se elas estão no mundo inteiro.
À procura de carro, à procura de dinheiro,
o lugar dessas cadelas era mesmo no puteiro.
Só se preocupam em chamar a atenção,
não pelas idéias, mas pelo burrão.
Não pensam em nada, só querem badalar,
estar na moda, tirar onda, beber e fumar.
Cadelinhas de boate ou ratinhas de praia,
apenas os otários aturam a sua laia.
E enquanto o playboy te dá dinheiro e atenção,
eu só saio com você se for pra ser um Ricardão.
Não, eu não sou machista, exigente talvez,
mas eu quero mulheres inteligentes, não vocês.
Vocês são o mais puro retrato da falsidade.
Desculpa amor mas eu prefiro mulher de verdade.
Você é medíocre e ainda assim orgulhosa,
Loira burra, (é mole) não está com nada e está prosa.
O seu jeito forçado de falar é deprimente.
Já entendi seu problema, você está muito carente.
Mas eu só vou te usar, você não é nada pra mim.
-Ai, amor, foi bom pra você?
-Ah, deixa eu dormir.
Pra que dar atenção a quem não sabe conversar,
pra falar sobre o tempo ou sobre como estava o mar?
Não, eu prefiro dormir, sái daqui.
Eu já fui bem claro, mas vou repetir.
E pra você me entender, vou ser até mais direto:
Loira burra, você não passa de mulher objeto.
Escravas da moda, vocês são todas iguais.
Cabelos, sorrisos e gestos artificiais.
Idéias banais e como dizem os racionais:
Mulheres vulgares, uma noite e nada mais.
Loira burra, você é vulgar sim.
Seus valores são deturpados, você é leviana.
Pensa que está com tudo, mas se engana.
Sua frágil cabecinha de porcelana.
A sua filosofia é ser bonita e gostosa,
fora disso é uma sebosa, tapada e preconceituosa.
Seus lindos peitos não merecem respeito.
Marionetes alienadas, vocês não têm jeito.
Eu não sou agressivo, contundente talvez,
o Pensador dá valor às mulheres, mas não vocês.
Vocês são o mais puro retrato da falsidade.
Desculpe amor mas eu prefiro mulher de verdade.
E, não se esqueça que o problema
não está no cabelo, está na cabeça.
Nem todas são sócias da farmácia.
Tem muita Loira burra de cabelo preto e castanho por aí.
É, Loira burra morena, ruiva, preta, loira burra careca.
Tem a Loira burra natural também.
Cada Loira burra é de um jeito, mas todas são iguais.
Eu gosto é de mulher.
Assuntos de Cinéfilo.
The Princess and The Frog.
Ah, eu pulei da cadeira quando vi que a Disney tinha acabado de lançar um novo desenho animado desenhado a mão. Depois de tantos anos fazendo tudo digitalizadamente, resolveram voltar à antiga e confortável maneira de se fazer desenhos. A princesa, o príncipe, o vilão, o feitiço, os amigos coadjuvantes e engraçados e claro, as músicas. Que lindo foi ver esse novo clássico da Disney em plenos anos modernos. A Disney tem realmente uma mágica fantástica, um jeito de fazer um adulto voltar a ter olhos inocentes de criança e querer ver a vida de um jeito melhor. E assim como todos os outros clássicos, "The Princess and The Frog" tem esse mesmo propósito. Fazer-nos sonhar. Gostei também de ver a Disney incluindo uma princesa negra à coleção. Tudo muito mágico e infantil. Ótimo para a época do natal, com a família. Adorei.
Assuntos de Cinéfilo.
Avatar.
Eu não sou uma cinéfila muito ligada aos filmes mainstreams de Hollywood, principalmente os de ficção científica. Mas quando qualquer estilo de filme me pega pelo lado das cores e da natureza, eu não consigo aguentar e acabo gostando. Principalmente quando a moral é a de salvar a natureza, a floresta, o ambiente natural. Este filme, "Avatar", estava com muita fama de ser um bom filme antes de sair ao cinema, então fui provar se na minha opinião, ele caía bem. E caiu. Com um pouco de prazer culpado, mas caiu. A imaginação para criar algo tão bonito foi muito grande e o filme trás uma evolução da espécie humana em descobertas fantásticas. Eu gostei e admito. Para ficção científica, "Avatar" foi o filme do ano, na minha opinião.
Eu não sei. Não sei se você quer me deixar, se quer me abraçar, se quer me amar ou me afastar de seus braços. Não sei porque estou cega. Estou cega porque fiz a besteira de me apaixonar por você. Me apaixonei por você por sua culpa. Sua culpa porque mexe com o cabelo daquele jeito que mexe. Mexe o cabelo daquele jeito que mexe pra me provocar. Me provoca porque talvez goste de mim.
Não! De novo.
Eu não sei. Não sei se você quer me sacudir os ombros, me jogar na cama ou me expulsar da tua vida. Da nossa vida. Nossa porque estamos juntos há muito tempo. Estamos juntos há muito tempo porque somos opostos. Somos opostos porque nascemos para sermos um do outro. Nascemos para ser um do outro porque nos amamos.
Não... de novo?
Eu não sei. Não sei se você quer me agarrar no aeroporto, me levar para Paris, me virar a cara. Virar a cara seria rude. Seria rude porque não se vira a cara para uma mocinha. Não se vira a cara para uma mocinha porque foi assim que a mãe te ensinou. A mãe te ensinou assim porque você é menino de família. É menino de família porque é pra ser um bom pai um dia. É pra ser um bom pai um dia porque meus filhos tem que ter um pai legal.
Não...
Será que tudo que passa na minha cabeça é realmente só sobre você?
Não! De novo.
Eu não sei. Não sei se você quer me sacudir os ombros, me jogar na cama ou me expulsar da tua vida. Da nossa vida. Nossa porque estamos juntos há muito tempo. Estamos juntos há muito tempo porque somos opostos. Somos opostos porque nascemos para sermos um do outro. Nascemos para ser um do outro porque nos amamos.
Não... de novo?
Eu não sei. Não sei se você quer me agarrar no aeroporto, me levar para Paris, me virar a cara. Virar a cara seria rude. Seria rude porque não se vira a cara para uma mocinha. Não se vira a cara para uma mocinha porque foi assim que a mãe te ensinou. A mãe te ensinou assim porque você é menino de família. É menino de família porque é pra ser um bom pai um dia. É pra ser um bom pai um dia porque meus filhos tem que ter um pai legal.
Não...
Será que tudo que passa na minha cabeça é realmente só sobre você?
Assuntos de Cinéfilo.
Ballet Shoes.
Peguei para filmes que me identifico. Lembrei dos camarins, dos espelhos, depisar no palco. Que filme lindo. As atuações das meninas também são bem marcantes, mas ainda assim, é um filme leve, para dar boas risadas e torcer por cada uma das personagens tomando um chá e embaixo das cobertas. A história é muito bonita, assim como as atrizes e os figurinos. O filme é romântico sem ter um romance. É triste sem ter motivo para chorar. E por fim, é engraçado sem ter motivo para rir. Belo, como o ballet, forte, como o teatro e livre, como a aviação. Me senti muito parte dele.
Assuntos de Cinéfilo.
Synecdoche, New York.
O Philip Seymour Hoffman é realmente inacreditável. Que ator brilhante. Neste esplendoroso filme, Philip atua como um diretor de teatro muito solitário e problemático que não consegue ter uma relação alegre com nenhuma mulher de sua vida. A história é maravilhosa e trás uma intelectualidade incrível ao filme. Caden é o nome do protagonista, que durante sua vida, cria uma peça baseada em sua própria história. Para isso, ele monta sua própria cidade como o cenário e contrata atores para interpretar as pessoas que passaram em sua vida. O filme é muito sagaz, com ótimas interpretações e texto magnífico também. Recomendo com cinco estrelinhas.
Chorei, chorei
Até ficar com dó de mim.
E me tranquei no camarim,
Tomei o calmante, o excitante
E um bocado de gim.
Amaldiçoei
O dia em que te conheci.
Com muitos brilhos me vesti
E depois me pintei, me pintei,
Me pintei, me pintei.
Cantei, cantei.
Como é cruel cantar assim.
E num instante de ilusão
Te vi pelo salão
A caçoar de mim.
Não me troquei.
Voltei correndo ao nosso lar.
Voltei pra me certificar
Que tu nunca mais vais voltar,
Vais voltar, vais voltar.
Cantei, cantei.
Nem sei como eu cantava assim.
Só sei que todo o cabaré
Me aplaudiu de pé
Quando cheguei ao fim.
Mas não bisei,
Voltei correndo ao nosso lar.
Voltei pra me certificar
Que tu nunca mais vais voltar,
Vais voltar, vais voltar.
Cantei, cantei.
Jamais cantei tão lindo assim.
E os homens lá, pedindo bis.
Bêbados e febris
A se rasgar por mim.
Chorei, chorei
Até ficar com dó de mim.
Adeus você.
-Eu estraguei tudo, não é?
-Não inventa coisa.
-Eu não devia ter deixado você pegar aquele táxi.
-Você está me deixando mal.
-Se você ao menos não tivesse falado sobre ela...
-Eu não falei, você sonhou.
-Pára.
-Eu estou falando a verdade.
-Pára de mentir! Você é louco por essa puta.
-Eu não sei nem o sobrenome dela...
-CALA A BOCA!
Julia começa a choramingar com as mãos segurando a testa.
...pausa...
-Olha...
-Porra, Paulo. Porra.
-Eu não sei da onde você tira as tuas idéias, teus sonhos.
-Porra, porra...
-Eu só sei que você tem que se tratar, Julia. Você não está bem.
-Eu não acredito.
-(sussurrando)O que?
Dessa vez, Julia levanta a cabeça, olha profundamente nos olhos de Paulo e vacilando, levanta-se do sofá.
-Eu não consigo acreditar que você está falando que eu preciso me tratar. Eu não consigo acreditar que depois de todos esses anos aguentando teus atrasos de seis horas para chegar em casa do trabalho você consegue olhar na minha cara e falar que eu preciso me tratar.
-Você está delirando, menina!
-(Julia começa a aumentar o volume de voz)Há! Você conta os teus telefonemas no meio da noite como delírio? E o teu cheiro de perfume barato depois de uma "cervejinha com os amigos", eim, Paulo? Isso é tudo delírio? Eu estou delirando?
-Está, está louca.
-Saia da minha casa agora.
Paulo levanta-se também, estufa o peito e encara Julia de frente.
-Eu não vou para nenhum lugar.
-Pois bem. Então eu saio.
-Julia... Julia, não faz isso... eu te amo!
-Filho da puta!
-Eu te amo, Julinha... você sabe que eu quero você comigo, pra sempre...
-Pois eu não te quero mais, Paulo. Eu não quero mais isso. Eu tô cansada de te ver olhando para outras mulheres enquanto jantamos em restaurantes, enquanto andamos no parque, enquanto estamos na fila do cinema. Eu desejava que você olhasse para mim só um quarto do que você olhava para elas. Só um quarto. Você sabe que nós não estamos bem. Não tenta fingir que é diferente, Paulo.
-Eu sei, eu sei... eu ferrei com tudo mesmo.
-Não, eu que ferrei. Eu degradei a nossa relação por ter te visto e me apaixonado por você. Não tem jeito e nunca terá. Você sabe disso. Eu espero que você ache alguém que consiga aguentar as tuas infidelidades. Talvez isso te faça mais feliz.
-Mas...
-Eu vou, Paulo.
-Eu nunca te traí, Julia.
-Eu vou.
-Não inventa coisa.
-Eu não devia ter deixado você pegar aquele táxi.
-Você está me deixando mal.
-Se você ao menos não tivesse falado sobre ela...
-Eu não falei, você sonhou.
-Pára.
-Eu estou falando a verdade.
-Pára de mentir! Você é louco por essa puta.
-Eu não sei nem o sobrenome dela...
-CALA A BOCA!
Julia começa a choramingar com as mãos segurando a testa.
...pausa...
-Olha...
-Porra, Paulo. Porra.
-Eu não sei da onde você tira as tuas idéias, teus sonhos.
-Porra, porra...
-Eu só sei que você tem que se tratar, Julia. Você não está bem.
-Eu não acredito.
-(sussurrando)O que?
Dessa vez, Julia levanta a cabeça, olha profundamente nos olhos de Paulo e vacilando, levanta-se do sofá.
-Eu não consigo acreditar que você está falando que eu preciso me tratar. Eu não consigo acreditar que depois de todos esses anos aguentando teus atrasos de seis horas para chegar em casa do trabalho você consegue olhar na minha cara e falar que eu preciso me tratar.
-Você está delirando, menina!
-(Julia começa a aumentar o volume de voz)Há! Você conta os teus telefonemas no meio da noite como delírio? E o teu cheiro de perfume barato depois de uma "cervejinha com os amigos", eim, Paulo? Isso é tudo delírio? Eu estou delirando?
-Está, está louca.
-Saia da minha casa agora.
Paulo levanta-se também, estufa o peito e encara Julia de frente.
-Eu não vou para nenhum lugar.
-Pois bem. Então eu saio.
-Julia... Julia, não faz isso... eu te amo!
-Filho da puta!
-Eu te amo, Julinha... você sabe que eu quero você comigo, pra sempre...
-Pois eu não te quero mais, Paulo. Eu não quero mais isso. Eu tô cansada de te ver olhando para outras mulheres enquanto jantamos em restaurantes, enquanto andamos no parque, enquanto estamos na fila do cinema. Eu desejava que você olhasse para mim só um quarto do que você olhava para elas. Só um quarto. Você sabe que nós não estamos bem. Não tenta fingir que é diferente, Paulo.
-Eu sei, eu sei... eu ferrei com tudo mesmo.
-Não, eu que ferrei. Eu degradei a nossa relação por ter te visto e me apaixonado por você. Não tem jeito e nunca terá. Você sabe disso. Eu espero que você ache alguém que consiga aguentar as tuas infidelidades. Talvez isso te faça mais feliz.
-Mas...
-Eu vou, Paulo.
-Eu nunca te traí, Julia.
-Eu vou.
As borboletas voltaram.
É triste ver a nostalgia se dissipar em seu rosto. A sensação é de como se um frio estranho tomasse conta do meu estômago e revirasse minhas entranhas e minha mente, fazendo com que ela não pare quieta. Você um dia me disse que eu não te queria mais. Que não parecia fazer diferença você estar ou não presente. E eu concordei, sem pensar. Assim que consegui tirar isso de mim, um espaço enorme se abriu no meu peito, por eu ter falado a verdade. E como tenho o coração de carne, aquele vazio do alívio teve que ser preenchido por outro sentimento, que antes era tomado pela dúvida. O alívio por si só não bastava, não era suficiente. Até porque quem disse que o alívio é um sentimento? Creio que seja mais um estado de espírito, que não preenche espaço nenhum, apenas paira sobre a mente humana por um breve momento. Então, como dizia anteriormente, eu não sabia exatamente o que eu sentiria, que sentimento preencheria meu coração cheio de alívio. E para minha surpresa, não veio o contentamento, não veio a raiva, nem o ódio, nem a nostalgia, nem a indiferença. Para meu espanto, o que preencheu meu coração foi o estúpido amor, que se repetiu como há anos atrás. E por não acreditar nos meus olhos e no meu sentimento, não quis que aquilo estivesse acontecendo, afinal, o teu coração tem um pouco de cada coisa, não esse insensato amor perdido que toma a maior parte do meu coração. E toda vez que o escuto bater, sofro por ter voltado a uma fase que você já largou, que você não volta mais. Não por não sentir o amor que sente por mim, mas por não sentir o que eu sinto novamente. Mas sabe o que? Apesar de ser sofrido te olhar com os olhos de uma garotinha de quinze anos apaixonada pelo professor e não receber esse mesmo olhar em troca, eu sinto. E isso é o amor, a paixão. Eu sinto. Você não. Nã-nã-nã-nã-nã-nã! Pois eu ei de aproveitar, pois esse sentimento é só meu. E foi a minha sorte ele ter saído no sorteio dos sentimentos que poderiam tomar conta de mim. Meu coração bate por você como quando te vi pela primeira vez. E eu não me importo se é recíproco. Eu só quero sofrer bem. E te olhar com as minhas mãos segurando o meu queixo.
Monday, December 21, 2009
Assuntos de Cinéfilo.
En la cama.
"En la cama", de Matías Bize é um filme que pode ser classificado como erotismo intelectual. Entre milhares de cenas lindas de sexo, desvendam-se mistérios entre conversas de Bruno e Daniela. Depois de se conhecerem em uma festa, eles vão para um motel e ficam acesos por toda a noite, hora conversando, hora transando. O problema fatal é que as conversas com o passar da madrugada ficam mais intensas e profundas, diferente do sexo. Então eles caem em uma emboscada de não querer saber mais sobre o outro, com medo de se apaixonarem. Por si só, seria fácil se eles se aprofundassem um ao outro, mas suas vidas vão muito mais além de um simples quarto de motel. A vida lá fora não tem espelhos no teto nem rosas na banheira. E assim que eles pisarem no chão, o mundo acaba.
Assuntos de Cinéfilo.
Gran Torino.
Clint Eastwood dirige e atua nesta bela história sobre a cegueira moral e o preconceito conceituado na cabeça de cidadãos de um bairro pobre de alguma cidade em Michigan. Como protagonista, Clint não muda muito seu estilo de atuar, mas sendo bom no que faz, deixa o filme muito interessante e cheio de conteúdo. Trata-se de um veterano que voltou da guerra da Coreia, que mantém um contato degradante com seus filhos e perdeu sua mulher para o câncer. A maior parte de sua vida é um espelho para o ódio e o rancor, por isso este homem, Walt, não se prive de resmungar, descontentar-se, rabujar, teimar e o mais importante: julgar. Até o momento em que o destino dá-lhe uma chance de abrir os olhos e entrever as coisas de outras maneiras. Walt então aprende a compartir, a amar e a ter paz. Mas infelizmente, é um pouco tarde.
Sunday, December 20, 2009
Meu quarto anda vermelho.
-O Uno, um script de teatro da peça "The Big Knife", a Betty Boop vermelha que você ganhou para mim naquele jogo de ver quem é mais forte em um parque de diversões, a mesa de cabeceira, meu roupão que você comprou na Alemanha jogado na cama, o cobertor vermelho que uso para ver filmes, meu fleece para esquentar o corpo em cima da cadeira, um chicletes de morango minha blusa listrada vermelha e cinza jogada ao chão, o colar de flores vermelhas que compramos no Havaí, a caixa que ganhei de presente de amigo secreto esse ano, o grampeador, o porta-caneta, a caixa do dominó, a colcha de penas, meu cachecol, alguns livros.
Minha comida anda vermelha.
-Picolé de romã(mesmo que no frio), pimenta malagueta, bife acebolado mal-passado, morangos com nutella, um chicletes de framboesa, uma salada com pimentão vermelho e tomate, sangue que eu chupei quando cortei meu dedo, beterraba fresca, yogurt de morango, sorvete de morango, bubbaloo de morango, suco de morango, torta de morango, morango, morango, morango, coração de galinha, sangria, vinho, salmão, cerejas de natal, melancia, até maçã, camarões, jujuba vermelha, cupcakes vermelhos e mais morangos.
Meu corpo anda vermelho.
-Alergia de correr na chuva, orelha inflamada, unhas com esmalte gabriela, olhos vermelhos, baton vermelho, meias vermelhas e brancas, All Star vermelho fosco, minha camisa listrada vermelha e cinza que joguei no chão do quarto, o sangue que escorreu do meu dedo quando em seguida o lambi, as marcas de unhas na minha perna por causa da alergia de correr na chuva, a minha luva, meu cachecol que ficou em cima da cadeira, meu sangue que lambi e que saiu do meu dedo porque pensando em você, roí minha unha, minha pinta perto do peito esquerdo, meu lábio rachado do frio.
Meu coração anda vermelho.
-Você em meu sonho bom, você em cima da minha cadeira com meu cachecol, você embaixo da colcha de penas, você com os olhos vermelhos, você me oferecendo um vinho, você beijando minhas unhas vermelhas, você lambendo meu sangue do dedo, você beijando minhas marcas de unha na perna, você analisando minha pinta vermelha perto do peito esquerdo, você beijando meus lábios rachados e vermelhos, você fazendo casas de dominó, você me dando a Betty Boop vermelha, você repassando minhas falas do "The Big Knife", você comendo meus morangos.
Friday, December 18, 2009
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
E agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?
Thursday, December 17, 2009
Assuntos de Cinéfilo.
Two Days in Paris.
A idéia de passar dois dias em Paris com o amor da sua vida é uma das idéias mais românticas de viagem. "Dois dias em Paris" quebra esse clichê quando Jack(Adam Goldberg), um americano hipocondríaco e individualista visita Paris ao lado de sua namorada francesa. Marion(Julie Delph) nasceu em Paris mas mora em Nova York com Jack há dois anos. Quando eles decidem fazer uma viagem romântica pela Europa, o romantismo acaba pelas praças de Paris, quando Jack tem que lidar com a estranha família de Marion e com os ex namorados que parecem aparecer em cada esquina parisiense. Paris mostra à Jack em dois dias o que Nova York não conseguiu mostrar em dois anos e quando Jack abre os olhos para a verdadeira Marion, o romantismo de Paris revela-se não em um beijo apaixonado em cime da Torre Eiffel, mas em um simples despertar interno de Jack em um apartamento fedido e bagunçado cheio de pistas de amantes e ex namorados de Marion. O amor não é clichê. O amor é estranho.
Wednesday, December 16, 2009
Fireflies.
You would not believe your eyes
If ten million fireflies
Lit up the world as I fell asleep.
'Cause they'd fill the open air
And leave teardrops everywhere.
You'd think me rude
But I would just stand and stare.
I'd like to make myself believe
That planet Earth turns slowly.
It's hard to say that I'd rather stay
Awake when I'm asleep
'Cause everything is never as it seems.
'Cause I'd get a thousand hugs
From ten thousand lightning bugs
As they tried to teach me how to dance.
A foxtrot above my head,
A sock hop beneath my bed,
A disco ball is just hanging by a thread.
I'd like to make myself believe
That planet Earth turns slowly.
It's hard to say that I'd rather stay
Awake when I'm asleep
'Cause everything is never as it seems
When I fall asleep.
Leave my door open just a crack
(Please take me away from here).
'Cause I feel like such an insomniac
(Please take me away from here).
Why do I tire of counting sheep
(Please take me away from here).
When I'm far too tired to fall asleep.
To ten million fireflies
I'm weird 'cause I hate goodbyes.
I got misty eyes as they said farewell.
But I'll know where several are
If my dreams get real bizarre
'Cause I saved a few and I keep them in a jar.
I'd like to make myself believe
That planet Earth turns slowly.
It's hard to say that I'd rather stay
Awake when I'm asleep
'Cause everything is never as it seems
When I fall asleep.
Tuesday, December 15, 2009
Eu ainda não te mostrei a beleza do Rio de Janeiro.
Você ainda não me beijou em Paris.
Ainda não dançamos um tango Argentino depois de termos bebido muito vinho no Caminito.
Também não te levei para ver as águas da Lagoa de Freitas subirem e descerem e enfeitarem a árvore de natal gigantesca que fica no meio daquele aguaçeiro.
Não faltamos trabalho para ficar sem fazer nada além de nos olhar a tarde inteira.
Eu ainda não te levei para o sítio da minha tia, onde acordaríamos apenas com o canto dos passarinhos e cataríamos vaga-lumes à noite.
E também não te aguentei bêbado, nem quero. Mas quero.
Não procuramos por naves extra-terrestres no céu e nem contamos estrelas deitados na grama.
Você ainda não me levou para correr as maratonas da França onde a cada quilômetro, pararíamos para tomar um vinho e comer um queijo nos castelos de conto de fadas.
E ainda não me contou segredos que nunca contou à ninguém.
Ainda não fomos comer sushi no Japão.
Ainda não tiramos fotos nossas em lugares extraordinários como Marrocos ou Índia.
Ainda não casamos, não tivemos filhos e não contamos histórias para os nossos netos.
Ainda não tocamos Beatles Rock Band juntos.
Você ainda não me deu violetas roxas nem jasmins brancas.
Ainda não me pagou aquela cerveja alemã que prometeu no meu aniversário de 19 anos.
Não pulamos de pára-quedas.
Ainda não fizemos uma festa de arromba com direito à vestido branco, terno e gravata e docinhos à vontade.
Não te levei para a Guarda do Embaú para comer pastel de siri.
E você ainda não me apresentou ao vivo à sua família alemã.
Eu nem conheço a Luna, que já é minha irmã. Nem as loirinhas lindas que vejo nas fotos e fico ansiosa em conhecer.
Ainda não montamos a nossa banda.
Não corremos pelos campos de lavanda.
E não fomos ver como é a Grécia.
NUNCA vimos o sol nascer.
E ainda não ficamos a noite inteira acordados conversando e tomando cerveja.
Você ainda não me deu um labrador filhote de presente de natal.
E eu ainda não consegui fazer uma unha sua sem cortar um pedaço do teu dedo fora.
Ainda não me puxou para dentro de um banheiro de avião.
E eu ainda não te puxei pra dentro de um elevador.
Nós nem ao menos puxamos um ao outro para uma praia deserta.
Ainda não fizemos amigos em comum.
Ainda não te dei um iMac de 27 inches.
Não nos beijamos embaixo de chuva forte depois de uma briga.
Ainda não assistimos Baise Moi nem Last Tango in Paris.
Não imitamos nenhum dos dois filmes.
Nem comemos bolos de maconha em Amsterdã.
E ainda não fomos para a Ilha do Mel sozinhos.
Ainda não analisamos o Kama Sutra nem o sexo tântrico.
E também não fomos à Itapoã tomar cachaça de rolha.
Você ainda não passou o natal comigo na casa da minha tia.
Nem comeu as rabanadas da Sueli.
Ainda não te levei pra Nova York. Você nem sabe ainda a sensação de pisar na grama verde do Central Park, ver as exposições do Guggenheim e ver as mil e uma luzes da Times Square.
Nem ao menos vimos uma peça de alta produção da Broadway, como as que ficam na Rua 42.
Também não fomos à Praga e Londres.
E ainda não sentimos a sensação que é entrar em Auschwitz.
Não fomos ao show do Bowie, do Dylan e do McCartney.
Não escorregamos em tobogã juntos ainda.
Eu ainda não vi você fazer xixi!!!
Você ainda não me amparou quando alguém da minha família morreu.
E ainda não pulou de alegria ao meu lado quando eu passei em alguma audição.
Você ainda não me contou a novidade de ter entrado em uma empresa nova.
E nós ainda não passamos perrengue juntos em um novo começo de vida.
Ainda não tivemos nosso próprio estúdio.
E você ainda não me acordou com rosas vermelhas na nossa cama branca com uma janela gigantesca com vista para a torre.
Não tivemos um gato chamado Tango nem uma cachorra chamada Frida.
Você ainda não me levou para ver um jogo do Inter.
Não te levei para Punta de Diablo para vermos as gaivotas sobrevoarem o mar azul claro.
E também não te levei para comer um Chivito em Montevideo.
Eu ainda não te paguei tuas cinco massagens.
Não terminamos de ver inutilidades como Lost e True Blood.
Não comemos acarajé em Salvador.
Ainda não fomos para São Tomé das Letras e Ouro Preto juntos.
Você ainda não me levou para mergulhar com tubarões.
Não brigamos por várias coisas que ainda iremos brigar.
E você ainda não me amou o quanto ainda tem para amar.
Nem eu.
Eu já te disse que nunca te mostrei a beleza do Rio de Janeiro?
Preciso me encontrar.
Deixe-me ir, preciso andar.
Vou por aí a procurar.
Rir pra não chorar.
Quero assistir ao sol nascer,
ver as águas dos rios correr,
ouvir os pássaros cantar.
Eu quero nascer, quero viver.
Deixe-me ir, preciso andar.
Vou por aí a procurar.
Rir pra no chorar.
Se alguém por mim perguntar,
diga que eu só vou voltar
quando eu me encontrar.
Quero assistir ao sol nascer,
ver as águas do rio correr,
ouvir os pássaros cantar.
Eu quero nascer, quero viver.
Deixe-me ir, preciso andar.
Vou por aí a procurar.
Rir pra no chorar.
Sunday, December 13, 2009
I can be an asshole of the grandest kind.
I can withhold like it's going out of style.
I can be the moodiest baby and you've never met anyone
who is as negative as I am sometimes.
I am the wisest woman you've ever met.
I am the kindest soul with whom you've connected.
I have the bravest heart that you've ever seen
And you've never met anyone
Who's as positive as I am sometimes.
You see everything, you see every part.
You see all my light and you love my dark.
You dig everything of which I'm ashamed.
There's not anything to which you can't relate.
And you're still here.
I blame everyone else, not my own partaking.
My passive-aggressiveness can be devastating.
I'm terrified and mistrusting
And you've never met anyone as,
As closed down as I am sometimes.
You see everything, you see every part.
You see all my light and you love my dark.
You dig everything of which I'm ashamed.
There's not anything to which you can't relate
And you're still here.
What I resist, persists, and speaks louder than I know.
What I resist, you love, no matter how low or high I go.
I'm the funniest woman you've ever known.
I am the dullest woman you've ever known.
I'm the most gorgeous woman you've ever known
And you've never met anyone as,
As everything as I am sometimes.
You see everything, you see every part.
You see all my light and you love my dark.
You dig everything of which I'm ashamed.
There's not anything to which you can't relate
And you're still here.
And you're still here.
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