Tuesday, December 22, 2009
As borboletas voltaram.
É triste ver a nostalgia se dissipar em seu rosto. A sensação é de como se um frio estranho tomasse conta do meu estômago e revirasse minhas entranhas e minha mente, fazendo com que ela não pare quieta. Você um dia me disse que eu não te queria mais. Que não parecia fazer diferença você estar ou não presente. E eu concordei, sem pensar. Assim que consegui tirar isso de mim, um espaço enorme se abriu no meu peito, por eu ter falado a verdade. E como tenho o coração de carne, aquele vazio do alívio teve que ser preenchido por outro sentimento, que antes era tomado pela dúvida. O alívio por si só não bastava, não era suficiente. Até porque quem disse que o alívio é um sentimento? Creio que seja mais um estado de espírito, que não preenche espaço nenhum, apenas paira sobre a mente humana por um breve momento. Então, como dizia anteriormente, eu não sabia exatamente o que eu sentiria, que sentimento preencheria meu coração cheio de alívio. E para minha surpresa, não veio o contentamento, não veio a raiva, nem o ódio, nem a nostalgia, nem a indiferença. Para meu espanto, o que preencheu meu coração foi o estúpido amor, que se repetiu como há anos atrás. E por não acreditar nos meus olhos e no meu sentimento, não quis que aquilo estivesse acontecendo, afinal, o teu coração tem um pouco de cada coisa, não esse insensato amor perdido que toma a maior parte do meu coração. E toda vez que o escuto bater, sofro por ter voltado a uma fase que você já largou, que você não volta mais. Não por não sentir o amor que sente por mim, mas por não sentir o que eu sinto novamente. Mas sabe o que? Apesar de ser sofrido te olhar com os olhos de uma garotinha de quinze anos apaixonada pelo professor e não receber esse mesmo olhar em troca, eu sinto. E isso é o amor, a paixão. Eu sinto. Você não. Nã-nã-nã-nã-nã-nã! Pois eu ei de aproveitar, pois esse sentimento é só meu. E foi a minha sorte ele ter saído no sorteio dos sentimentos que poderiam tomar conta de mim. Meu coração bate por você como quando te vi pela primeira vez. E eu não me importo se é recíproco. Eu só quero sofrer bem. E te olhar com as minhas mãos segurando o meu queixo.
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