Thursday, May 27, 2010

San Francisco PopFest 2010.

It was time already. I've been waiting for this weekend for a while now and finally it is the time to listen to some fresh new music. This year in San Francisco, the Popfest is holding the concerts in two of my favorite places in the city: Bottom of the Hill and Rickshaw Stop. And happy for those who are underage, because they are accepting the "children of the revolution". No more 21 and over logos for this weekend(at least). But who cares when you have a fake ID, right? So get tuned in the bands playing in many different places and times, people. And don't forget to purchase your tickets, because it's going to be crowded. For more information, access http://sfpopfest.moonfruit.com/

Here we go!



Thursday May 27th.

Location: Rickshaw Stop.
Bands: Tune-Yards, Eux Autres, Social Studies, Knight School.




Tune-Yards.




The different sounds mixing of this Lo-fi, R&B and experimental group from Oakland, California make your mind blow up and it seems like you go to another planet and come back. It seems to have a CocoRosie influence, but without the high-pitched voices, even though eventually you can find them in some songs.

Eux Autres.



Eux Autres can sound very french, but it's just good alternative rock with intelligent lyrics and members that like other cultures. The band is my favorite from tonight. Really good indie pop-rock.



Friday May 28th.

Location: Bottom of the Hill.
Bands: Casiotone for the Painfully Alone, Nodzzz, Antarctica Takes It!, English Singles.



Casiotone for the Painfully Alone.



This indietronic solo-project invented by Owen Ashworth is a very magnificent work of music. This "group" was the only one I really knew before seeing the ad for the Festival. I am very excited to see his concert tomorrow night.
Nodzzz.



Me gusta mucho. The name " Nodzzz" can soung a little appealing at first. You would probably imagine something strong and funky(I would), but the truth is that Nodzzz doesn't pass the soft string guitars and the suave voices. It is a great little band.


Saturday May 29th.
Location: Hotel Utah.
Bands: The Orange Peels, Dream Diary, Leaving Morning Crescent, The Corner Laughers.



The Orange Peels.



The group uses standard rock instrumentation to produce soundscapes that are at once sweeping and jarring, giving them a unique place between orchestral pop, rock and indie-pop. It's not my favorite band from the festival, but it's always good to see a new concert.



Saturday, May 19th.

Location: Rickshaw Stop.
Bands: All Girl Summer Fun Band, Still Flyin', Cars Can Be Blue, The Art Museums.



All Girl Summer Fun Band.









All Girl Summer Fun Band is a twee indie pop created in Portland, Oregon. They're gonna be playing in the city this saturday and I highly recommend it.



Still Flyin'.






Still Flyin' is the term for Indie Pop. The band started in 2004 in San Francisco and have interesting backing vocals and guitar notes, normally played fast. I recommend for those who like Indie Pop. It's not my favorite type, but it's okay.



Cars Can Be Blue.






Cars Can Be Blue is a type of Indie Rock with an influence of Indie Pop. It is considered rock because it's harder than any indie pop band, for example, Still Flyin', that is playing the same night. I like it a lot, mainly their videos, which are very interesting.




Sunday, May 30th.
Location: Rickshaw Stop.
Bands: Cats On Fire, The Tyde, Math and Physics Club, My Teenage Stride, Devon Williams.

I'll talk about the bands later, since it's the only day I'll be able to come and watch them.

She's leaving home.

Wednesday morning at five o'clock,
as the day begins.
Silently closing her bedroom door.
Leaving the note that she hoped would say more.
She goes downstairs to the kitchen,
clutching her handkerchief.
Quietly turning the back door key,
Stepping outside, she is free.

She (we gave her most of our lives)
is leaving (sacrificed most of our lives)
home (we gave her everything money could buy).
She's leaving home after living alone for
so many years.

Father snores as his wife gets into her dressing gown.
Picks up the letter that's lying there,
Standing alone at the top of the stairs.
She breaks down and cries to her husband,
Daddy, our baby's gone.
Why would she treat us so thoughtlessly?
How could she do this to me?

She (We never thought of ourselves)
is leaving (never a thought for ourselves)
home (we struggled hard all our lives to get by).
She's leaving home after living alone for
so many years.

Friday morning at nine o'clock she is far away.
Waiting to keep the appointment she made
Meeting a man from the motor trade.

She (what did we do that was wrong)
is having (we didn't know it was wrong)
fun (fun is the one thing money can't buy).
Something inside that was always denied for
so many years.
She's leaving home, bye bye.

Wednesday, May 26, 2010

Entertain us.



Geographer.

O resultado de entrar em bares de rock desconhecidos de San Francisco é ou conhecer pessoas muito interessantes e bonitas ou descobrir uma banda muito boa. No último sábado à noite, a segunda opção foi a mais concreta. Saí com uma amiga em busca de um barzinho alternativo e achamos um chamado Uptown, onde muita gente alternativa vai assistir shows de bandas undergrounds. Chegando lá, ouvimos o som da banda "Geographer". Posso dizer que fiquei assustada com a qualidade musical dos caras. Com uma influência nítida de Radiohead, eles jogam bastante com o eletrônico e ao vivo, o som fica alucinante, pois eles realmente fazem todos os sons ao mesmo tempo e acredite, são muitos sons para três pessoas darem conta. Bato palmas de pé para os caras e deixo aqui um resquício do som deles.

Entertain us.

Birth of Impressionism: de Young Museum of San Francisco.

Melhor que ver obras de arte seculares que representam o movimento do impressionismo é vê-las em um dos melhores museus de San Francisco, sendo que foram trazidas diretamente de um dos melhores museus da França(Paris, para ser mais específica), o Musée d'Orsay. Sempre com as exposições mais preciosas de San Francisco, o de Young é o meu museu favorito. Posso dizer que tenho uma forte paixão pelo MOMA(Museum of Modern Art) também, mas o de Young abrange tantas eras artísticas que faz meu mundo mais feliz. Além do mais, o museu em si, criado pelos arquitetos Herzog e de Meuron(nascidos e criados na Suíça) é uma obra de arte da arquitetura. É muito interessante ver a reação da minha amiga que presenteou comigo as obras do impressionismo, pois ela é arquiteta e mora no Brasil(está visitando a Califórnia). A cada passo que ela dava no museu, seus olhos brilhavam com a forma confusa e muito bem elaborada do prédio criado pelos famosos arquitetos. Para mim, seria a mesma sensação entrar na casa de algum diretor como Fellini ou Kubrick e descobrir o mundo interior das mentes genuínas desses artistas, aonde viveram, aonde criaram seus mundos imaginários do cinema. Enfim, deixando por aqui o que o museu nos faz sentir, recomendo altamente uma visita ao nosso descolado de Young(até o nome não nega a modernidade).

Difícil explicar são os quadros que presenciei na terça-feira à tarde, na exposição chamada Birth of Impressionism - Masterpieces from the Musée d'Orsay. O coração pula só de ver a propaganda. A garganta seca, a vontade cresce, os olhos não crêem. Mas é claro, para todos aqueles que amam o Impressionismo. No meu caso, foi isso que aconteceu. Eu estudei o Impressionismo na minha aula de francês por muito tempo. Fiz trabalhos sobre variados pintores e artistas da época e do movimentos. Manet foi um dos trabalhos que eu mais gostei de fazer, mas antes de apresentar o trabalho, nunca tinha experenciado o contato ao vivo com um quadro dele, nem de nenhum impressionista. Gostava muito do visual, mas não entendia o que era o verdadeiro contato com a arte, crua e nua na sua frente. Quando vi "La Naissance de Vénus", de Bouguereau, meus olhos não conseguiram conter as lágrimas. É mais que emocionante. Como disse a Fer, minha amiga arquiteta, as cores são "sinistras", com sotaque carioca bem forçado. É exatamente essa a palavra para explicar. Parecia que a Vênus sairia do quadro e viria me abraçar. Isso não seria problema nenhum, pois ela é tão linda que abraçá-la é o que você mais tem vontade de fazer quando está em frente ao gigantesco e, se posso dizer, perfeito quadro.

Por toda a minha visita, meu coração não conseguia acreditar em quanta emoção cada quadro me trazia. Impagáveis obras de arte de Monet, Manet, Bazille, Morisot, Renoir, Cézanne, Sisley, Pissaro, Caillebott e outros impressionistas, na grande maioria, franceses. Era um fato que eu estava muito emocionada, mas o meu ponto fraco foi a última sala, aonde estava estendido um dos meus quadros favoritos de todos os tempos(e eu realmente não sabia que ele estaria lá). Quando virei minha cabeça para procurar minha tia e comentar sobre o quão suaves eram as cores de "La Balançoire", de Renoir, meu corpo estremeceu e eu fixei meus olhos no que parecia não estar na minha frente. Pois era mais que verdade. "La Classe de Danse", de Edgar Degas, pendurada na parede laranja do museu, me olhava lá da outra sala. Esqueci de todas as outras e me direcionei para o quadro imediatamente, sem tirar os olhos, sem nem piscar. Quando cheguei perto e imaginei Degas pintando aquela obra-prima bem de onde eu a via, eu chorei. Chorei com um sorriso no rosto, por ter presenciado essa obra que tanto me marcou por anos e que sempre amei. Degas é meu impressionista favorito, mesmo que não admitisse ser um impressionista. Um realista, então, que seja. Foram poucas as vezes que chorei vendo um quadro. Tenho certeza que Degas ficará para a minha história, mais ainda que já tinha antes.

Para aqueles que estão em San Francisco ou pretendem aparecer por essas bandas até o dia 6 de setembro, por favor, não perca essa oportunidade. Não há nada mais belo que ver uma boa seleção de quadros impressionistas. E acredite: essa seleção está de fazer a moçoila de calcinha rosa desmaiar. Não percam.

Sunday, May 23, 2010

From here to eternity.

Na minha vitrola.



The Dead Weather - Horehound.

The Dead Weather é uma banda que, no futuro, sentirei orgulho de dizer que era da minha época. Se eu pudesse escolher cinco bandas que começaram a carreira em menos de dez anos para colocar no meu patamar das melhores, The Dead Weather estaria entre elas sem sombra de dúvida. Na minha opinião(e sei que posso ser escoltada por isso), essa é a melhor banda que o Jack White já criou antes. Creio que sou mais apaixonada por eles que por White Stripes, que é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos. The Dead Weather entrou na minha vida como uma bala perdida que estoura os miolos, exatamente por ter sido algo tão imediato, rápido, forte. Depois que vi o show deles no Coachella, me apaixonei. Foi amor à primeira vista. Ou melhor, à primeira escuta. Nunca tinha ouvido os caras antes e assim que eles começaram a tocar eu não acreditei. Enfim, tive que sair correndo para comprar o LP. Duvido muito que ele saia da vitrola... será difícil encontrar algum que me faça vontade de tirar os caras das paredes do meu quarto. Até meu estilo de se vestir mudou um pouco por causa dos caras. Me apaixonei. Mesmo. E agora eu só torço para o próximo cd chegar logo. Ansiosa para mais músicas. E principalmente, ansiosíssima para o show dos caras, dia 22 de julho, no Warfield, um dos meus teatros favoritos, no centro de San Francisco, minha cidade amada. Agora é só preparar o skinny jeans preto, a jaqueta de couro, o cigarro na mão e ir pro show escutar um rock n' roll. De verdade.

Friday, May 21, 2010

Vazio.
Spinning around the room when I can't sleep.
Oh, your little girl wants to f----

Inside, outside.
Hoje é o último dia da nossa história. Quando acordei, vi teu casaco pendurado na cadeira e minha cabeça começou a rodopiar sobre as lembranças da noite anterior. Me lembro de pouco, pois o vinho tinha me subido à cabeça. Lembro de nós gritando, a vizinhança acordada, as luzes se acendendo, você pedindo para eu falar mais baixo. Depois de um estrondo da porta do quarto fechando, as luzes começaram a se apagar, inclusive a que eu desliguei, dentro do quarto. Precisava do escuro, precisava do negro, o inexistente. Conseguia ouvir os estalos dos seus dedos e joelhos na sala, mexendo desconfortáveis, como se pensassem em mil possibilidades definidas. Ouvi seus passos em direção ao quarto, a porta se abriu e de leve, você me abraçou, mas não era um abraço de reconciliação. Não dessa vez. Esse abraço era desesperado, triste, afogado. Entendi então do que se tratava aquele momento e me quebrei ao chão, bêbado em vinho, tentando tatear no escuro e te achar nas prateleiras, nos cadernos, na janela. Você estava ali, mas já não estava mais. Te abracei contido em meu silêncio tenebroso, com medo, com fúria, sabendo que tudo tinha se acabado. O silêncio permitiu o nosso último beijo, nosso último afeto, nossa última transa. Você me abraçava, sentada no meu colo, chorando, passando todas as mágoas para o meu corpo destruído, calejado. Me beijou no chão, deitou em meu peito nua e não disse mais nada. Esperou até a luz do sol matinal invadir o quarto, jogou o vestido por cima do corpo, tomou um gole da água em cima da cabeceira e passou pela porta, para nunca mais voltar. Acordei na ressaca, podre como uma fruta velha, ressecada e sem sabor. Você passou pela porta e nunca mais voltou.
Insônia.


I'll put a spell on you.
You'll fall asleep.
I'll put a spell on you
And when I wake you, I'll be the first thing you see.
And you'll realize that you love me.


Meu primeiro amor.

Deita aqui no meu colo. Vou te contar o que acontece. Não precisa se preocupar, eu sei que você fica nervoso, te conheço tão bem quanto você mesmo. Às vezes penso que melhor. Eu sei que teu coração está confuso. Sei que você está perdido e que pode não saber o que quer muitas vezes. Você sempre foi assim, sempre procurou o amor pra te ajudar na saída. Eu lembro quando nós nos conhecemos, há muito tempo atrás, que você passou de um menino tímido e nervoso para um homem apaixonado. Suas noites vazias no quarto já não eram mais vazias e isso tudo te fazia bem. Eu sei que você me amou incondicionalmente, até a condição chegar. E eu te amei de volta, assim como um grande amor tem de ser e foi. Enfim, o que eu queria te dizer... olha aqui pra mim. O que eu queria te dizer é que eu te quero bem. Quando você voltar a ser esse menino tímido e nervoso que tem dentro de você e às vezes desperta, pensa nos momentos bons que passamos juntos. Pensa que do outro lado do mundo, tem alguém que ainda te ama e que sempre vai te amar por quem você é. Esse teu velho eu que resmunga e que eu continuo gostando tanto, que sempre vou gostar. Você não sumiu da minha vida, muito menos do meu coração. E sei que qualquer outro amor que vier, para mim ou para você, será diferente do que nós tivemos. E esses nossos amores que se danem, porque na minha memória, você sempre será o homem da minha vida. O meu primeiro amor. Que nem no filme do Macaulay Culkin, mas sem as abelhas. Eu sei que não posso te abraçar, nem sentir o teu cheiro, mas saiba que eu queria muito. Eu sempre vou me lembrar de você. Não terá um dia que eu acordarei que você não estará nos meus pensamentos. E nada mais importa. Você me fez bem. Você me fez viver. Agora está na hora de fazermos o bem à outros. Lembre que o amor só cresce, nunca morre. Tanto o nosso amor quanto novos amores que surgirão. Você é meu menino. E será por um longo tempo.


The Swell Season - Low Rising.

Somebody once said that if
there are angels in heaven,
I'm pretty sure they sing like this.

Thursday, May 20, 2010

Quero brincar no teu corpo feito bailarina que logo se alucina, salta e te ilumina quando a noite vem.
Pleaded pleasures of the heart.
In my kitchen.
Some boys take a beautiful girl
and hide her away from the rest of the world.
I wanna be the one to walk in the sun.
Oh, girls just wanna have fun.

I'm just a girl, lucky me.
Twiddle-dum, there's no comparison.

Wednesday, May 19, 2010

So sentimental, not sentimental, no.
Fm C# G#
All her best years spent distracted
Fm C# G#
By these tired reenactments
Fm C# G# C#
With the right step she'll try her chances
Fm Bbm G#
Somewhere else


G# Cm C# Eb G#
There he is a step outside her view
Cm C# Eb Fm
Reciting the words he hoped she might pursue
Bbm Eb Fm
Night upon night a faithful light at shore
Bbm Eb
he'd only convince his legs across the floor
La Dolce Vita, Federico Fellini.
Me cansei de escutar opiniões.

Assuntos de Cinéfilo.



Revolutionary Road.

Um trabalho maravilhoso. Tanto para a direção quanto para a atuação. A Kate Winslet e o Leonardo DiCaprio juntos novamente, depois de terem desabrochado no cinema. Revolutionary Road é um filme à flor da pele, com muito sentimento, muita emoção e muita sutileza. Mais que bonito, mais que real e ao mesmo tempo, triste. Palmas para os atores que fizeram um trabalho magnífico, dez estrelas. Quem me dera um dia ser tão boa quanto a Winslet. É engraçado pensar que eu não gostava de nenhum dos atores do filme e hoje, admiro-os completamente. Pode-se ver o crescimento deles, o amadurecimento. Lindo de morrer. A história é linda também. E o diretor, o Sam Mendez, que fez Beleza Americana, Away we go e Road to Perdition fez o filme tão bem que creio que virou meu favorito de sua coleção de jóias. Recomendo.

Assuntos de Cinéfilo.



Letters to Juliet.

Algumas coisas me chamaram atenção no trailer desse filme, antes de eu ter sentado na cadeira do cinema e me decepcionado ao extremo. Eu não esperava muito do filme, mas foi muito pior que as minhas pequenas expectativas. Depois de ter visto que o cenário era Verona, um dos atores era o Gael García Bernal e o nome do filme sugeria um toque Shakesperiano, decidi assistir com amigos no cinema. Catástrofe. Queríamos nos esconder embaixo da cadeira e nunca mais sair de lá. O filme não tem só um número elevado de estrogênio abandonado e jogado no lixo, como também era brega, infantil e falso. Até o Gael me decepcionou. E olha que isso nunca aconteceu antes. Não sei porque ele escolheu fazer parte deste elenco, afinal, todos os filmes que vi com ele até hoje foram muito bons. Enfim, não preciso falar muito, pois acho que já passei a mensagem geral e não acho bom criticar demais certos filmes porque não sou super experiente cinematogramente falando. Mas não gostei. A cada segundo o filme ficava pior. O final é detestável. Bom seria se o filme copiasse a literatura e o casal morresse no final.

Assuntos de Cinéfilo.


Bride Wars.

Rápido feedback para Bride Wars. O famoso clássico "água com açúcar" ou "chick flick". Fácil de entender, fácil de interpretar, fácil de se comover. Dois toques, o filme acabou e você passou duas horas sem aprender nada, além de como casamentos são realmente insignificantes. A festa em si, não digo o matrimônio. Nada mais bonito que dois seres se completando. Mas em relação ao filme em si, não recomendo. A não ser que você esteja com uma larica de filme leve e... bem... inútil, na minha opinião. Se esse for o caso, boa sorte.
"Talvez ainda faça um monte de gente feliz."

Saturday, May 15, 2010

E acabou o marasmo.

Friday, May 14, 2010

Minha infância!

Spreading the word for friends.



A Súbita Companhia de Teatro entra em sua segunda temporada com o espetáculo 'Coração de Congelador', e você está convidado a vir nos assistir, do dia 14 ao dia 23 de maio, no Espaço Pé no Palco.

“Por um instante resolveu tirar seu coração do congelador. Tirou.”

O espetáculo Coração de Congelador busca compreender nas relações humanas cotidianas o encontro sutil ou bruto entre a dor e o amor. Trata-se deste lugar do meio, do entre, onde há amor, mas ainda assim dói, ou dói porque o amor é demais, onde falta amor e dói, onde dói e continua amando, enfim, onde dor e amor convivem juntos.


Coração de Congelador
De 14 a 23 de Maio | Sextas, sábados e domingos - 20h.
Ingressos R$20,00 e R$10,00 (meia entrada e bônus).
Espaço Cultural Pé no Palco - Rua Conselheiro Dantas n.20, Rebouças (em frente à Churrascaria Paiol).
Informações: 3029-6860 | 9996-4100

Thursday, May 13, 2010

Pergunte ao Pó.

Aqui começo mais um quadro do meu blog, que eu mais vejo como um diário onde escrevo tudo que me interessa e o que sinto. Assim como "Assuntos de Cinéfilo" é sobre o cinema, "Entertain Us" é sobre shows e peças, "Na Minha Vitrola" é sobre os meus próprios LPS e "Literatura" é sobre os meus livros, começo uma nova saga chamada "Pergunte ao Pó". Semana passada eu começei a fazer cinema, como meus próximos sabem. Durante as aulas, nunca pensei que algo iria me interessar tanto quanto a maquiagem cinematográfica. Uma das coisas que sempre me interessou sobre o backstage do teatro era a maquiagem, mas como a arte teatral requere que ela seja marcante, forte, não gostava de me maquiar tanto e ficar com a cara empapada. Eu começei a me interessar em maquiagens profissionais há pouco tempo, então sempre acabava usando porcarias que faziam meu rosto ficar extremamente falso, mas funcionava para o palco. Além do mais, no Brasil, era impossível comprar maquiagens maravilhosas, a não ser que eu as ganhasse da minha tia ou da minha avó, mas daí, usava-as para o pessoal, não para a cena. Como vocês sabem, o teatro e o cinema são formas de atuação e entrega emocional completamente diferentes. No cinema, o maquiador deve prestar muito mais atenção na maquiagem que no teatro, afinal, a câmera captura absolutamente tudo que está acontecendo no rosto do ator. Cinema é olhar. Teatro é corpo. Quando começei a estudar a maquiagem no meu curso de cinema nessas duas semanas passadas, meus olhos começaram a brilhar e eu fiquei extremamente animada para começar minhas próprias maquiagens para o set de filmagem. E antes de fazer meu primeiro filme, fiz minha própria maquiagem e fui elogiada. Eu acho que a maquiagem é parte do personagem tão inteiramente que acaba virando uma bengala imensa sentir cada traço e linha no rosto e saber que eles representam o jeito do personagem. De falar, de andar, de se mover. Então resolvi começar o tal do "Pergunte ao Pó", um quadro que fala sobre a maquiagem, não só cinematográfica, mas casual, para o dia a dia também. Afinal, no cinema, muitos personagens são extremamente casuais. A cada personagem que eu vivenciar no teatro ou no cinema, postarei aqui minhas aventuras coloridas. Portanto, por hoje, começarei com uma maquiagem que inventei para hoje à noite.



Metallic Green Mustang Babe.






Hoje eu me inspirei em... bom... longa história. Tem um menino na minha vizinhança que tem um Mustang verde lindo. Ele sempre está por perto e acabamos virando amigos. Estou indo para a cidade com ele, à noite, em seu Mustang verde. Nada mais óbvio que um lápis de olho verde, mas apenas na parte inferior do olho, para não entregar o mistério que o verde faz. Aqui vão as partes mais detalhadas:



A Sombra.




A sombra é a "black tied velvet", da Mac. Comprei há alguns meses e posso dizer que é uma das minhas sombras favoritas, mas muito difícil de usar, por ser tão escura, ter brilho e requerir extrema cautela ao aplicar às palpebras, pois qualquer tremida é um borrão brilhante e preto no rosto. Daí lá vou eu com o demaquilante.



Os Lábios.






Os lábios foram recobertos com um covermark bege(sim, estranho, mas deixa a boca incolor e mais bonita ainda com brilho por cima - só com brilho por cima mesmo). Cobri a boca de bege feio, tirei o extremo excesso com o guardanapo e passei o brilho da Victoria's Secret, o Beauty Rush, por cima, que parece ser rosa, mas é incolor e tem gostinho bom, apesar de eu normalmente preferir os sem sabores. Mas no caso de hoje, um gostinho seria bom para a minha "personagem". Hehehehe.



O Lápis de Olho e o Rímel.






Esse lápis da Jordana é uma das piores maquiagens que eu tenho, mas ainda assim faço questão de continuar com ele por causa da cor alternativa. Eu gosto demais do verde cor de mar dele, então continuo usando. É da marca Jordana(wtf) e é o modelo seagreen. O rímel é meu tradicional Telescopic, da L'Oréal. Eu gosto muito dele, mas não é o melhor rímel que já tive. Gosto mais do meu da Lâncome. Acho que o Telescopic não separa bem os cílios. Mas é bonito, bem preto. Eu gosto.




As Unhas.


O esmalte da unha é da Sinfulcolors, o Ruby Ruby. Eu gosto muito da diversidade de cores deles, mas não dura muito. Para mim, fica dois dias e sái. Vagabundo mesmo. Minha próxima etapa é comprar esmaltes bons para as unhas, já que elas estão bem cuidadas. Dizem que o O.P.I é muito bom, mas tem milhares de marcas boas que conheço. É só passar na Séphora.



O Blush.


O meu blush é o básico three pieces da Clinique. Tenho outros, mas esse é o mais básico e claro, não chama muita atenção. Neste caso, a boca e o blush deveriam ser bem claros, afinal, o olho está bem destacado. Por isso passei o bege com brilho na boca e o blush rosa claro.



O Hidratante.


Esse hidratante da Lâncome que eu roubei da minha mãe há muito tempo atrás é maravilhoso. Espalho bem pouquinho no rosto antes de aplicar a maquiagem e como eu nunca uso base, ele hidrata e não entra em conflito com nenhum pó de arroz ou base líquida, que eu não gosto(só vou precisar quando estiver mais velha, realmente). Ele dá uma refrescada e ajuda a manter a pele feliz.



A Sombrancelha.




Esse é velho. Tenho este reparador de sombrancelha há muitos anos. Era da minha avó e ela me deu quando eu tinha uns quatorze anos. Uso raramente e quando uso, aplico pouquíssimo, por ser muito escuro. Minha sombrancelha é um problema, mas ele sempre ajeita bem. Nada mais bonito que uma sombrancelha feita, sem pêlos feios fora do lugar. Eu tomo extremo cuidado com a minha. Na verdade, a única coisa que faço no salão de beleza é a minha sombrancelha. O resto, é tudo em casa. Até cortar meu cabelo eu faço às vezes, dependendo do meu humor.



O Resultado.






O resultado é um rolê de Mustang pelas ladeiras de Tiburon e uma noite verde escura. Usei o espartilho rendado que minha avó me deu em Las Vegas. É da Duarteau, uma boutique de velha perua, mas esse espartilho era demais. Gostei da escolha da minha avó. Enfim, esse é o resultado. Agora é só ir pro vrum vrum. Bye!
Oh, baby.
You know you give me the chills.
I'm yours and... suddenly... suddenly... your mine!
Tá, então eu vou parar de fingir que não sinto sua falta e que não me importo contigo. Acho que já está na hora. Quando as coisas começam, eu acabo nunca mostrando o que sinto e isso às vezes atrái, às vezes espanta. Percebo que pra ti, espanta. Então vou mostrar, mas só um pouquinho, bem pequenininho assim. Um pouquinho bem tiquititinho. Um minimozinho bem ninininho. Um espéculozinho bem fedidinho. Um abracinho e um beijinho na bochecha quando te ver na quarta-feira, na sexta-feira, na segunda-feira. Nos nossos dias preguiçosos.


Yeah, I kind of miss you.
Finalmente tocou o telefone!


Rosto alvo, límpido. Boca aberta, olhos brilhando. Ela cai no tapete e à meia luz do palco, se estremece toda como uma boba apaixonada que é.

Wednesday, May 12, 2010

I'm a little bit Margot.



Has he lost his mind?
Can he see or is he blind?

Assuntos de Cinéfilo.


Iron Man 2.

Para todos aqueles seres que tem bom gosto neste mundo e se recusam a assistir Iron Man, por favor, reveja seus conceitos. Sei que só o nome do filme já dá agonia, mas eu mudei muito minha opinião quando vi o primeiro filme. Iron Man é com certeza meu super-herói favorito, principalmente porque ele não é super. Não tem poderes, só uma mega inteligência e capacidade de criar máquinas mirabolantes de aço e metal para combater o mal(aka US government). E não só por isso recomendo Iron Man e Iron Man 2. Primeiro que a trilha sonora é (desculpem o palavreado) de foder. Não tem melhor trilha sonora para filme de ação como essa. Rock n' Roll de verdade, tipo Black Sabbath, AC/DC... eu juro que compraria um vinil da trilha sonora do Iron Man, de tanto que gosto. Além do mais, tem tudo a ver com o filme. As cenas dele voando não poderiam ser melhores que com Highway to Hell tocando atrás. Muito, muito, muito bom... a vontade é de levantar da cadeira e começar a dançar o rock. Sobre as atuações, também não preciso me prolongar demais. Só vou citar os nomes: Robert Downy Jr., Gwyneth Paltrow, Scarlett Johansson, Mickey Rourke. Adorei a parte que o Tony Stark(Robert Downy) vira para a Pepper(Gwyneth Paltrow), que é considerada sua namorada, depois de ver a Natalie(Scarlett Johansson) espancar um cara e fala: "I want one". Eu não consigo pensar em ninguém mais perfeito que o Robert Downy Jr. para o papel do Iron Man. Adoro ele como ator, mas especialmente nesse, ele é brilhante. Concluindo, todos nós sabemos que Iron Man é o tipo de filme mainstream que a gente acha que nunca vai ser bom, mas até que juntando muitos detalhes do filme, ele é bom. Não recomendo para acrescentar nada em sua vida, mas para passar o tempo e ver efeitos especiais legais com músicas boas no fundo e gatas-garotas(sotaque carioca) como a Scarlett e a Gwyneth na telona. Iron Man é o super-herói mais rock n' roll que eu conheço.
Como uma criança com um brinquedo novo, a futura dançarina colocou os saltos de sapateado nos pés, deu uns passinhos para lá, outros para cá e imaginou-se em um palco italiano, dançando, cantando e representando. Cantou uns trechinhos de Spring Awakening, um dos seus musicais favoritos, cambaleou pelo chão da cozinha e caiu depois de um rodopio corajoso mas mal-sucedido. Levantou-se rapidamente e começou tudo de novo. Olhou para o relógio e soltou um grito com as mãos cobrindo a boca. "Atrasada pro ensaio de novo!". Saiu pela porta com suas unhas à francesinha, meia-calça rosa, colã preto, coque no cabelo e polâinas listradas. Saiu para seu primeiro ensaio de sapateado. E quem um dia disse que ela não podia ser uma atriz da Broadway, se enganou.
Estou conhecendo sentimentos que não conhecia antes. Era isso que eu queria.
Estou começando a sentir tudo aquilo que eu saberia que sentiria e me faz bem, porque sei que tudo é útil.
Eu sabia que precisava sentir muito mais que sentia para ser uma grande artista. E aqui estou, sentindo o coração pulsar forte, em carne viva. Meu coração tinha se esquecido que podia se apaixonar. Meu coração está pulsando e eu sinto e pesquiso.
Happy Birthday, pumpkin.
Come inside.

Tuesday, May 11, 2010

Assuntos de Cinéfilo.



Babies.

Nossa. Palmas em pé. Que filme lindo! A fotografia é absurda, a história é muito criativa, o tema é muito bonito e as atuações são as mais naturais que já vi. Hahahahahaha. Babies é um daqueles filmes que você sái sorrindo do cinema e antes de entrar na sala, fica todo ansioso para ver o que se passa, só porque viu o trailer. Se você estiver lendo isso mas não quiser ver o trailer, eu garanto: vale mais a pena ver o trailer que ler o que eu estou escrevendo. É muito demais. O filme em si mostra imagens de quatro bebês que crescem em ambientes completamente diferentes. Um dos Estados Unidos, um da Namibia, um da Mongólia e um do Japão. Quanta diferença cultural... uma bomba de informação o filme. E tudo muito, mas muito bonito. O mais interessante para mim foi o bebê na Namibia, na África. Achei muito diferente da minha realidade. Extremamente rústica, tribal. É até difícil acreditar que ainda existam tribos que criam os filhos de um jeito tão natural e tão animal. Muito bonito de ver... quem dera se todos nós ainda fossemos assim. A natureza estaria com certeza muito mais feliz. O bebê da Mongólia foi o mais estranho, na minha opinião. Ele vivia em uma mistura de tecnologia e tribalismo muito estranha. Como se um índio tomasse coca-cola. E é exatamente isso que mostra em uma das cenas. Os do Japão e Estados Unidos são os bebês que conhecemos, no meio da completa tecnologia e fora da natureza, mas ainda assim, uns amores. O filme todo é muito lindo e eu recomendo muito, principalmente porque bebês nos fazem sorrir. E foi assim que saí do filme. Com o sorriso atrás da orelha.

Literatura.




La Casa de Bernarda Alba.

Resolvi colocar o cartaz do filme, não a capa do livro. O filme tem uma participação de Pedro Almodóvar, um dos meus diretores de cinema favoritos. Seria muito óbvio ver o Almodóvar fazendo um filme com uma história de Federico García Lorca. Quando ele decidir dirigir um assim, eu estarei no primeiro lugar da fila, na pré-estréia, só esperando pra ver na telona essa verdadeira obra de arte. Mas não sei ao menos se ele considera essa façanha. Deve considerar, mas deve estar guardando para o seu triunfo cinematográfico, quando ainda estiver mais velho. Enfim, o livro é muito bom. Minha história favorita do Lorca até agora. Se eu pudesse escolher uma história para representar no palco, escolheria La Casa de Bernarda Alba. Não tem uma cena se quer que aparece um homem em palco e mesmo assim, o problema é extremamente masculino, a peça inteira. É muito bom. Bem escrita, nervosa. Quero fazer Lorca. Quero sentir suas personagens e vê-las com olhos de atriz, não só como de leitora.


Faz muito tempo que eu não sinto o que estou sentindo por uma banda que nem com esses caras. Eles vão tocar aqui de novo, em julho, e eu já comprei meu ingresso. Se eu pudesse escolher uma banda pra eu tocar, escolheria The Dead Weather.
"Os imbecis vão dominar o mundo... superioridade numérica!"

Nelson Rodrigues.

Monday, May 10, 2010

It was only a kiss. It was only a kiss.
Think of me, think of me fondly when we've said goodbye. Remember me once in a while - please promise me you'll try. When you find that once again, you long to take your heart back and be free - if you ever find a moment, spare a thought for me.

We never said our love was evergreen, or as unchanging as the sea - but if you can still remember, stop and think of me. Think of all the things we've said and seen - don't think about the way things might have been.

Think of me, think of me waking, silent and resigned. Imagine me, trying too hard to put you from my mind. Recall those days, look back on all those times, think of the things we'll never do - there will never be a day, when I won't think of you.

É pra ser assim. É pra terminar assim. Eu quero que termine assim.

Saturday, May 8, 2010

Por favor, pare.
Me deixe em paz.

Entertain us.




Los Campesinos!

Lá vem minha sorte para ver famosos. Decidi ir ao show da banda assim que os vi nas opções do ticketmaster. Gosto muito do som deles, então saí de casa e fui fotografá-los. Quando cheguei no local, peguei uma cervejinha e fui ao banheiro pra não dar vontade no meio do show. Eu lá, a única da fila esperando a próxima cabine e entra a Aleksandra, a tecladista/vocalista/flautista(uau) com uma cara de nervosa e apertada pra ir ao banheiro. Reconheci na hora, por causa do cabelo ruivo dela, que eu tanto invejo e a credencial no pescoço. Ela olhou pra mim e disse: "Oh, jeez... I really need to pee. I only have ten minutes before getting in stage!!! Shit!!!" com um sotaque super britânico que eu quase não entendi. Eu vi a cara de preocupada dela e disse: "Go ahead, take the next one." Ela insistiu pra que eu fosse, mas eu disse que a cara dela tava muito horrível e se ela não fosse, iria fazer xixi nas calças e isso a gente não queria mesmo. Ainda joguei uma brincadeira: "I don't wanna see you all yellow up there. Please, go ahead". Ela me deu um abracinho amigo, um sorriso, um joinha e entrou. Dentro da cabine, ela gritou: Thanks again! E eu: Break a leg! Adorei ela, linda e querida. Mas quando a vi no palco, me apaixonei mais ainda. Aliás, por todos eles. São super maneiros, vários na banda. Eu adoro banda que varia do usual, que normalmente é quatro pessoas. A música dos Los Campesinos tem muito som, muito barulho diferente, muita gente tocando. Isso é muito legal. E é legal quando é super básico também, tipo White Stripes. Admiro a coragem e a competência do Jack e da Meg para fazerem um som tão bom vindo de tão pouco. Mas enfim, o show foi muito colorido, muito bonito e super divertido. Tinha pouca gente, então eles desceram e tocaram no meio do público. Galera bonita na platéia... só gente do rock alternativo. Bem legal. Curti muito e voltei pra casa feliz. Bem feliz.
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais.
Assim será melhor, meu bem.

O retrato que eu te dei,
Se ainda tens, não sei
Mas se tiver, devolva-me.
Deixe-me sozinho
Porque assim eu viverei em paz.
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz.

O retrato que eu te dei,
Se ainda tens, não sei.
Mas se tiver, devolva-me.
Draculismo.
These days, it comes, it comes, it comes, it comes, it comes, it comes, it comes and goes.
Hoje eu consigo ver mil coisas que não via antes. Analiso-as de outros pontos de vista, de outras formas. Quando a vida muda drasticamente, o que é passado fica atrás, mas é possível enxergar coisas que quando o passado era presente, não podia. Hoje eu vejo com toda a certeza que nada era pra ter sido como foi. Essas coisas não se chamam arrependimento, mas aprendizado. Eu vivo agora no passado e no presente. Agora só me falta viver o futuro.

Friday, May 7, 2010

E o que que posse tem a ver com amor, menina? Você é muito nova para entender as coisas. Eu se fosse você, deixava o tempo passar pra poder entender o amor melhor.

Maria Eduarda levanta os olhos vermelhos e cheios de lágrimas.
Romilda segura seu queixo e olha para ela como quem quer confortar.

Nada dessa história de ficar choramingando pelos cantos da casa como se alguém tivesse passado um arpão pelo teu coração. Tão nova e sofrendo assim, onde já se viu?

Romilda pega um pano de prato e começa a esfregar o balcão da cozinha.

Sabe o que você parece? Aquelas meninas das histórias que passam na rádio... aquelas que sofrem por amor. Um dia eu ouvi uma história de uma moça novinha, assim, que nem você(arregala os olhos como se tivesse achado um tesouro)! Não, mais nova, até(coçando o queixo)... quatorze anos, se eu não me engano...

Maria Eduarda senta-se no banco da cozinha, interessada na história. Adorava ouvir as histórias de Romilda.

Ela era apaixonada pelo menino mais lindo do reino, mas as famílias se odiavam. Não podiam nem se olhar que já ficavam com fogo no rabo por uma bela briga de espadas(a mão protege as nádegas). O fim, só sei que acaba em tragédia. Acho que o moço se mata, a moça... não sei bem direito, mas sei que eles morrem por causa de amor.

Pausa. Maria Eduarda cai em si, enxuga os olhos que choravam há pouco e olha mais uma vez para Romilda. Ela sabia que Romilda falava sobre Romeu e Julieta.

Onde já se viu? Menina tão novinha assim, com o coração cheio de sede. Vai sofrendo assim por homem agora, minha filha, vai... quero ver como você vai estar daqui quinze anos.

Romilda ri alto e Maria Eduarda dá um sorriso tímido.

Minha mãe sempre dizia: homem não presta. Só faz falta na hora de trocar a lâmpada! Não ligue pra essas besteiras não, minha filha! Homem vai, homem vem.

Romilda dá um salto de susto.

Mas vixi, Maria Eduarda, o peru vai queimar, abre o forno ali pra mim, menina! Ô, cabeça de vento!!!

Maria Eduarda pula da cadeira, pega um pano de prato e sai correndo para acudir a carne. Tinha se esquecido de Roberto. Por um instante, mas tinha.

-E não vá se queimar!!!!!!!!
Viaje!
De que vale toda essa merda sem paixão? Aqueles que perderam sua motivação - ou nunca ao menos a acharam - vivem como fantasmas perambulando a face terrestre, sem saber para onde ir, sem saber aonde ficar. Tentam sugar a paixão que outros encontraram, mas não sabem que cada um tem a sua inclinação, que o amor não pode ser escolhido. Ele simplesmente acontece àqueles que menos o esperam. O amor pelo palco, por uma câmera fotográfica, por um disco de vinil, por um pincel velho, por uma criança, por um homem, por facas, por chaves, por cadernos, por jornais, por figurinhas antigas, por sucos, por piscinas, por escadas, por culturas, por mentira, por verdade. O amor movimenta o mundo. A vontade faz a roda do tempo girar sem ter fim. Nós só estamos aqui por causa de grandes paixões que surgiram em grandes corações. Eu sinto pena daqueles que não tem o que ou a quem se apaixonar. Sei que já tenho a minha grande paixão. E essa eu sei que nunca perderei.

Thursday, May 6, 2010

Literatura.


Yerma - Federico García Lorca.

Eu cismei com Lorca agora. Depois de ler Bodas de Sangue, fiquei apaixonada pela escrita desse homem. Já tinha visto algumas peças dele, mas nunca tinha lido nenhuma. Pode acreditar: faz diferença. É mais nu, mais imaginativo. Terminei Yerma ontem, em um dia. Peças de teatro sempre descem como água para mim, pois leio tudo muito rápido, querendo saber logo o final. Ainda mais quando a peça é muito boa. Comecei outra obra do Lorca hoje... "La Casa De Bernarda Alba", uma tragédia sobre mulheres(séééério??? Lorca escreve muitas tragédias sobre mulheres??? Não sabia...rs). Até amanhã provavelmente terminarei, pois leio o dia inteiro no trabalho. Estou gostando muito, mas Yerma foi de tirar o ar. Queria muito fazer essa peça um dia. Me lembrou um pouco a Medéia, do Eurípides(uma das minhas peças de teatro favoritas). Não sei porque, mas lembrou. Sei que as histórias são diferentíssimas, quase que opostas, até. Mas de certa forma, as duas são dramas sobre a maternidade. E são muito dramáticas. Extremamente. Salve o drama, o que seria do teatro sem ele? Enfim... palmas para Lorca, de pé. Amo seu trabalho e lerei muito mais, pois a cada livro, ele ganha mais meu coração de mulher.

Wednesday, May 5, 2010

Assuntos de Cinéfilo.


It might get loud.

Jack White, The Edge, Jimmy Page. "It might get loud" mostra o encontro desses titãs da música com o propósito de discutir a guitarra e sua história em cada uma de suas vidas. Além de terem uma longa conversa cheia de diversas lembranças e memórias, eles tocam juntos, deixando o público com a boca aberta, afinal, os três tem algo em comum: o amor pela guitarra. "It's like touching a woman", diz Jimmy Page, "Softly touching a woman". Cada um dos músicos no filme tem suas histórias e seus caminhos, mas o amor pela guitarra os trazem ao mesmo ponto. Recomendo o filme altamente, principalmente para aqueles que gostam de música. Eu sou apaixonada pelo Jimmy e pelo Jack. Respeito o Edge muito, mas não gosto tanto do som que ele faz. Nunca gostei muito do U2, mas sei que eles tem muito amor pela música e é por isso que meu respeito vai diretamente para eles. Assistam o filme. Vale a pena.

The perfect pair.

Tuesday, May 4, 2010

Literatura.


Ao som do mar e à luz do céu profundo.

Esse é um dos meus livros favoritos e essa já é a segunda vez que o leio. Terminei ontem, em dois dias, de tão bom que é. Nelson Motta não é só escritor, mas compositor e produtor musical, o que o faz um grande connoisseur da boa música brasileira. No livro, ele usa muito de seu conhecimento para seguir o leitor à uma leitura leve e boa que passa como água de cachoeira: refrescante e ágil. O livro tem uma linguagem bem informal e até mesmo sexual e isso me faz gostar mais ainda, apesar de ser fã da formalidade literária também. A história do livro é de dar água na boca... parece um ecstasy, na minha opinião. Dá tesão de ler. E eu não falo tesão de admiração, mas tesão sexual mesmo. Tem momentos que chega a ser como aqueles contos eróticos que você encontra na internet, mas muito bem escritos e elaborados. Eu gosto de histórias de amor e sexo. Acho que fazem sentido, pois são as mais reais e puras. Sexo ocorre a todo momento, em todo lugar. Não acho que deve ser tratado como um assunto tabu. Creio muito na liberdade de expressão sexual, então o livro me fez muito feliz nesse ponto. E em vários outros. Nelson Motta tem idéias brilhantes. Nunca imaginei o final do livro como ele foi, realmente. Não esperava. Isso é uma característica muito boa para um escritor. Ser imprevisível é muito difícil hoje em dia, quando as pessoas tem suas mentes tão cheias de preocupações, preconceitos e idéias. A sociedade tem certas coisas estabelecidas e quando elas são quebradas, um lapso vem à mente e eu adoro sentí-lo. Tem gente que não gosta, mas eu gosto. Enfim, o livro em si é muito bom. Dica do meu melhor amigo, o Kramer. Muito bem dada, como a maioria das que me dá. Eu gosto dos escritores brasileiros que se chamam Nelson. Gosto mesmo.